4.1.13

180 anos da invasão e ocupação das ilhas Malvinas pelos ingleses


 
Fora com os piratas
 
Fez ontem 180 anos  (3-1-1833),   que a armada e o exército inglês invadiram e ocuparam as ilhas Malvinas, que são reclamadas pela Argentina como fazendo parte do seu território.
 
A soberania sobre as ilhas é reclamada pela Argentina. Em 1982, os argentinos ocuparam pela força o território, dando expressão militar às sua reivindicações. Porém entre maio e junho do mesmo ano uma força naval expedicionária enviada pelos britânicos retomou o controle e soberania do arquipélago, naquela que ficou conhecida, no universo lusófono, como Guerra das Malvinas
Apesar da vitória militar britânica no conflito, o governo argentino mantém e reformulou recentemente junto das Nações Unidas as reivindicação de soberania, a que não será totalmente alheia a descoberta de importantes jazidas de crude.
As Ilhas Malvinas são um dos três territórios britânicos ultramarinos no Atlântico Sul, juntamente com as Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e o território de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha

MOB - espaço associativo no Bairro Alto (Lisboa) já tem programação para o mês de Janeiro de 2013

Clicar por cima das imagens para ler em detalhe


Programa para hoje, dia 4 de Janeiro, no MOB - espaço associativo ( na Travessa da Queimada, 33, no Bairro Alto,  Lisboa)
 
 
21h30 Filme: “Baraka”, de Ron Fricke.
Filme não-verbal, composto de imagens e sons articulados através de uma montagem expressiva. Cada espectador verá no filme um tema diferente. Pode ser sobre a força do planeta Terra, como sobre as diversidades que nos unem.
 
23h Concerto: Selam
Música Tradicional Islâmica
A música de origem muçulmana deriva de um processo de miscigenação continuada, onde as tradições de diferentes povos se enriqueceram com as respetivas religiões e culturas ancestrais. Os Selam trazem músicas de influência islâmica vinda de diferentes regiões. Com Marc Planells (robab, oud, saz, voz) e Baltazar Molina (zarb, lapstyle frame-drum, tar, riqq, darbuka, voz).
Depois, Mafia do Caril dj set! Dj Sahid e Dj Apu (hiphop, funk, soul, samba, bossa, rock, breakbeat).
 
 



CONSULTAR:

Mob é um espaço aberto à comunidade. Local de encontro, música e espetáculos, auto-organização e mobilização para o que o faz falta.
Surge da iniciativa comum de dois grupos, Crew Hassan e Precários Inflexíveis - Associação de Combate à Precariedade.
A Crew Hassan foi uma cooperativa que durante sete anos marcou a cena cultural e a vida cívica em Lisboa. Junto ao Coliseu, houve um teto para artistas, músicos e um espaço para exposições, reuniões, debates, festas e iniciativas de variadissimos grupos. É com este espirito que o colectivo Crew Hassan tem agora um novo arranque como co-fundador da Mob.
Os Precários Inflexíveis surgiram em 2007, na sequência do MayDay, o protesto que junta precários à manifestação do dia dos trabalhadores. Desde então, esta Associação de Combate à Precariedade é um ponto de apoio e um megafone contra abusos laborais cada vez mais generalizados. Os Precários estiveram no centro de momentos marcantes da luta social - da geração à rasca e as mobilizações em que a indignação ocupou ruas e praças até à Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o trabalho precário, recolhendo 35 mil assinaturas.
É a partir daqui que a Mob se põe em marcha.

Mob
Travessa da Queimada, 33
Bairro Alto - Lisboa
moblisboa@gmail.com
 
 

Entroikado (com o significado de tramado, lixado) foi escolhida a palavra do ano de 2012


Entroikado (adjectivo )
1 obrigado a viver sob as condições impostas pela troika (equipe constituída por responsáveis da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional e que negociou as condições de resgate financeiro em Portugal);
2 coloquial que está numa situação difícil; tramado, lixado; (Particípio passado de entroikar)
 
 
A realidade socioeconómica influenciou mais uma vez a escolha da “Palavra do Ano” 2012: entroikado
 
Na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures, foi anunciada a “Palavra do Ano” 2012 eleita pelos portugueses: “entroikado”. Ao contrário do que aconteceu na edição 2011, a escolha foi clara, uma vez que “entroikado” obteve 32% dos votos, tendo “desemprego” registado 14% e “solidariedade” 12%. Com base nestes resultados, poder-se-á dizer que “entroikado” traduzirá o sentimento geral que se vive no país: os portugueses sentir-se-ão “entroikados”, dadas as condições de austeridade impostas pela troika.
 
A crise socioeconómica que Portugal atravessa e o impacto da mesma no quotidiano dos portugueses, tema constante na agenda do ano anterior, conduziram ao registo deste neologismo no Dicionário da Língua Portuguesa online da Porto Editora.
 
O vocábulo “entroikado” é, também, um excelente exemplo da produtividade da língua portuguesa: juntando um elemento à esquerda e outro à direita da palavra “troika” nasce um novo vocábulo. A equipa de linguistas do Departamento de Dicionários da Porto Editora, responsável pela seleção das palavras candidatas, continuará a acompanhar de perto a vida evolutiva desta nova palavra no quotidiano dos portugueses.
 
A palavra “entroikado” sucede a “austeridade” como “Palavra do Ano”, sendo de referir que, em 2010, a palavra eleita foi “vuvuzela” e, em 2009, foi “esmiuçar”.
 
A “Palavra do Ano” é uma iniciativa da Porto Editora que tem como objetivo principal enaltecer o património da língua portuguesa, sublinhando a importância que as palavras e os seus diferentes sentidos representam no nosso quotidiano.
 

O filme «Deus, Pátria, Autoridade» será projectado no CCL em Cacilhas ( Almada) no dia 5 de Janeiro de 2012, às 17h30


Dia 5 de Janeiro no Centro de Cultura Libertária às 17h30
 
Projecção do filme Deus, Pátria, Autoridade de Rui Simões, 105min
 
Um filme que retrata os principais acontecimentos históricos desde a queda da Monarquia em 1910 até ao 25 de Abril de 1974, analisando a sociedade portuguesa do Estado Novo através dos grandes pilares da ideologia fascista: a religião, a nação e a autoridade.
 
20h Jantar vegano de apoio ao CCL
 
Centro de Cultura Libertária
 
O Centro de Cultura Libertária é um ateneu cultural anarquista, cujo funcionamento se baseia nos postulados libertários, organizando-se de forma assembleária, anti-autoritária e autogerida. Foi fundado logo após o 25 de Abril de 1974, por velhos militantes libertários que resistiram à ditadura. Tem por principal objectivo contribuir para a divulgação das ideias libertárias, promovendo periodicamente actividades culturais. Dispomos de uma biblioteca com especial incidência em temas sociais e libertários, e uma pequena livraria onde colocamos à disposição livros, revistas, fanzines e música. O nosso espaço está aberto a todxs xs que partilhem da ideia de uma sociedade alternativa, baseada na liberdade e autonomia dos indivíduos, sem opressores nem exploradores, ou que simplesmente queiram conhecer os ideais libertários.
 
 
Morada: Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto - Cacilhas - Almada
Endereço postal: Apartado 40 / 2800- 801 Almada (Portugal)

O filme de Wim Wenders, Até ao fim do mundo, será projectado na BOESG (dia 5 de Janeiro às 15h.)

 A BOESG (Biblioteca e Observatório dos Estragos da Sociedade Globalizada) apresenta amanhã, dia 5 de Janeiro de 2013, às 15h., o filme Até ao Fim do Mundo de Wim Wenders, que será seguido de tarde de Bricolage
 
15h-20h Bricolage e pequenas reparações, arrumações, catalogação e organização da Biblioteca decorrerá durante toda a tarde

BOESG | Rua das Janelas Verdes
n.º 13, 1.º esq. (Santos)

 


3.1.13

Declaração sobre a Liberdade das Sementes - por Vandana Shiva




Declaração sobre a Liberdade das Sementes  - por Vandana Shiva



1. A semente é a fonte de vida, é a urgência da vida de dar expressão a si mesma, de renovar-se, de multiplicar-se, de desenvolver-se de forma perpétua em liberdade.

2. A semente é a materialização da diversidade biocultural. Representa milhões de anos de evolução biológica e milénios de evolução cultural e o potencial para milénios de evolução no futuro.

3. A Liberdade das Sementes é o direito que toda e qualquer forma adquire desde nascença e é a base da protecção da biodiversidade.

4. A Liberdade das Sementes é o direito que qualquer agricultor e produtor alimentar adquire desde nascença. O direito dos agricultores de guardar, trocar, desenvolver, cultivar, vender as sementes é o âmago da Liberdade das Sementes. Quando esta liberdade lhes é retirada os agricultores ficam encurralados pela dívida e em casos extremos suicidam-se.

5. A Liberdade das Sementes é a base da Liberdade Alimentar, uma vez que a semente é o primeiro elo na cadeia alimentar.

6. A Liberdade das Sementes é ameaçada pelas patentes sobre sementes, que criam um monopólio de sementes e tornam ilegais a conservação e troca de sementes pelos agricultores. As patentes sobre sementes não se justificam, nem em termos éticos nem em termos ecológicos, uma vez que as patentes são direitos exclusivos concedidos sobre uma invenção. As sementes não são uma invenção. A vida não é uma invenção.

7. A Liberdade das Sementes de diferentes culturas é ameaçada pela Biopirataria e pelas patentes no conhecimento e biodiversidade indígenas. A Biopirataria não é uma inovação – é um furto.

8. A Liberdade das Sementes é ameaçada por sementes geneticamente modificadas, que estão a contaminar as nossas quintas, eliminando assim a opção por alimentos não geneticamente modificados para todos. A Liberdade das Sementes dos agricultores é ameaçada quando, depois de contaminarem as nossas culturas, as multinacionais processam os agricultores por "roubar a sua propriedade".

9. A Liberdade das Sementes é ameaçada pela transformação deliberada da semente de recurso renovável auto-gerado, em produto não renovável patenteado. Os casos mais extremos de sementes não renováveis são aquelas desenvolvidas através da "Tecnologia Exterminadora", que foi desenvolvida com a finalidade de criar sementes estéreis.

10. Comprometemo-nos a defender a Liberdade das Sementes enquanto liberdade de evolução das diversas espécies; enquanto liberdade das comunidades humanas de reclamar as sementes de fonte livre como bens comuns.

Para este efeito, guardaremos sementes.
Criaremos bancos de sementes comunitários e bibliotecas de sementes.
Não reconheceremos qualquer lei que de forma ilegítima faça das sementes a propriedade privada das empresas.
E vamos por fim às patentes sobre as sementes.




 



Declaration on Seed Freedom - by Dr. Vandana Shiva


1. Seed is the source of life, it is the self urge of life to express itself, to renew itself, to multiply, to evolve in perpetuity in freedom.

2. Seed is the embodiment of bio cultural diversity. It contains millions of years of biological and cultural evolution of the past, and the potential of millennia of a future unfolding.

3. Seed Freedom is the birth right of every form of life and is the basis for the protection of biodiversity.

4. Seed Freedom is the birth right of every farmer and food producer. Farmers rights to save, exchange, evolve, breed, sell seed is at the heart of Seed Freedom. When this freedom is taken away farmers get trapped in debt and in extreme cases commit suicide.

5. Seed Freedom is the basis of Food Freedom, since seed is the first link in the food chain.

6. Seed Freedom is threatened by patents on seed, which create seed monopolies and make it illegal for farmers to save and exchange seed. Patents on seed are ethically and ecologically unjustified because patents are exclusive rights granted for an invention. Seed is not an invention. Life is not an invention.

7. Seed Freedom of diverse cultures is threatened by Biopiracy and the patenting of indigenous knowledge and biodiversity. Biopiracy is not innovation – it is theft.

8. Seed Freedom is threatened by genetically engineered seeds, which are contaminating our farms, thus closing the option for GMO-free food for all. Seed Freedom of farmers is threatened when after contaminating our crops, corporations sue farmer for "stealing their property".

9. Seed Freedom is threatened by the deliberate transformation of the seed from a renewable self generative resource to a non renewable patented commodity. The most extreme case of non renewable seed is the "Terminator Technology" developed with aim to create sterile seed.

10. We commit ourselves to defending seed freedom as the freedom of diverse species to evolve; as the freedom of human communities to reclaim open source seed as a commons.

To this end, we will save seed, we will create community seed banks and seed libraries, we will not recognize any law that illegitimately makes seed the private property of corporations. We will stop the patents on seed



Consultar ainda:




Do campo para a mesa: comercialização campesina e comércio justo (documentário)


(Nota: esta é uma versão mais curta do documentário com o mesmo título. Mas tem legendas em português, o que é uma vantagem acrescida)

Nos últimos anos, as grandes cadeias de supermercados têm conseguido dominar a maioria dos espaços de venda dos produtos alimentares e bens de primeira necessidade. Esta expansão trouxe consigo graves problemas, tanto aos países do Norte como aos países do Sul do mundo. Face aos impactos deste modelo, as populações de muitas partes do mundo começaram a organizar-se e a construir alternativas.
 
 «Do campo para a mesa: comercialização campesina e comércio justo» é o título de um documentário que apresenta experiências do Equador, Nicarágua, México e Catalunha, canalizadas para um objectivo comum: democratizar o sistema de produção e distribuição de alimentos.

Estado social, estado providência e de bem-estar

O estado social é o resultado de um compromisso histórico entre as classes trabalhadoras e os detentores do capital. Este compromisso foi a resposta a uma dolorosa história recente de guerras destrutivas, lutas sociais violentas e crises econômicas graves. Este modelo de estado e de capitalismo começou a ser atacado a partir dos anos 1970 até a seu cume nos anos 1990 por um modelo alternativo, designado por neoliberalismo. É um ataque ideológico, ainda que disfarçado de uma nova racionalidade econômica. O artigo é de Boaventura de Sousa Santos
 
 
Estado social, estado providência e de bem-estar - texto de Boaventura Sousa santos

A designação “estado social” tem várias genealogias. Foi com esta designação que Marcello Caetano tentou rebatizar o Estado Novo. No virar do século XIX para o século XX foi a designação usada pelos socialistas para marcar a forma política do estado que faria a transição para o socialismo. É esta também a designação que consta da Constituição Portuguesa de 1976. Nas ciências sociais, e consoante as filiações teóricas, as designações mais comuns têm sido a de estado-providência ou estado de bem-estar. É tendo em mente estas últimas designações que falo do estado social, um tipo de estado cuja melhor concretização teve lugar nos países europeus mais desenvolvidos depois da segunda guerra mundial. O estado social é o resultado de um compromisso histórico entre as classes trabalhadoras e os detentores do capital. Este compromisso foi a resposta a uma dolorosa história recente de guerras destrutivas, lutas sociais violentas e crises econômicas graves.

Nos termos desse compromisso ou pacto, os capitalistas renunciam a parte da sua autonomia enquanto proprietários dos fatores de produção (aceitam negociar com os trabalhadores temas que antes lhes pertenciam em exclusividade) e a parte dos seus lucros no curto prazo (aceitam ser mais fortemente tributados), enquanto os trabalhadores renunciam às suas reivindicações mais radicais de subversão da economia capitalista (o socialismo e, para o atingir, a agitação social sem condições face à injustiça da exploração do homem pelo homem).

Esta dupla renúncia é gerida pelo estado, o que confere a este alguma autonomia em relação aos interesses contraditórios em presença. O estado tutela a negociação coletiva entre o capital e o trabalho (a concertação social) e transforma os recursos financeiros que lhe advêm da tributação do capital privado e dos rendimentos salariais em “capital social”, ou seja, num vasto conjunto de políticas públicas e sociais. As políticas públicas traduzem-se num forte intervencionismo estatal na produção de bens e serviços que aumentam a médio prazo a produtividade do trabalho e a rentabilidade do capital (formação profissional, investigação científica, aeroportos e portos, autoestradas, política industrial e de desenvolvimento regional, parques industriais, telecomunicações, etc., etc.).

As políticas sociais são as políticas públicas que decorrem dos direitos económicos e sociais dos trabalhadores e dos cidadãos em geral (população ativa efetiva, crianças, jovens, desempregados, idosos, reformados, “domésticas”, produtores autônomos). Traduzem-se em despesas em bens e serviços consumidos pelos cidadãos gratuitamente ou a preços subsidiados: educação, saúde, serviços sociais, habitação, transportes urbanos, atividades culturais, atividades de tempos livres.

Algumas das políticas sociais envolvem transferências de pagamentos de vária ordem financiados por contribuições dos trabalhadores ou por impostos no âmbito da Segurança Social (bolsas de estudo, abono de família, rendimento social de inserção, pensões, subsídios por doença e por desemprego). As transferências ocorrem, por via da solidariedade social institucionalizada pelo estado, dos mais ricos para os mais pobres, dos empregados para os desempregados, da geração adulta e ativa para as gerações futuras e os reformados, dos saudáveis para os doentes.

O conjunto das políticas públicas e sociais tem uma tripla função. Primeiro, cria condições para o aumento da produtividade que, pela sua natureza ou volume, não podem ser realizadas pelas empresas individuais, abrindo assim o caminho para a socialização dos custos da acumulação capitalista, razão por que a redução dos lucros a curto prazo redundará, no médio prazo, em expansão dos lucros. Segundo, as despesas em capital social aumentam a procura interna de bens e serviços através de investimentos e consumos coletivos e individuais. Terceiro, garante uma expectativa de harmonia social porque assenta na institucionalização (isto é, normalização, desradicalização) dos conflitos entre o capital e o trabalho e porque proporciona uma redistribuição de rendimentos a favor das classes trabalhadoras (salários indiretos) e da população carenciada, fomentando o crescimento das classes médias, em todos criando um interesse na manutenção do sistema de relações, políticas, sociais e económicas que torna possível essa redistribuição.

Enquanto gestor global deste sistema, o estado assume grande complexidade porque tem de garantir uma articulação estável entre os três princípios de regulação do estado moderno propícios a tensões entre si: o estado, o mercado e a comunidade. A estabilidade exige que o estado tenha certa primazia sem asfixiar o mercado ou a comunidade. Se, por um lado, o estado garante a consolidação do sistema capitalista, por outro lado, obriga os principais atores do sistema a alterarem o seu cálculo estratégico: os empresários são levados a trocar o curto prazo pelo médio prazo e os trabalhadores são levados a trocar um futuro radioso mas muito distante e incerto por um presente e um futuro próximo com alguma dignidade. O estado social assenta, assim, na ideia da compatibilidade (e até complementaridade) entre desenvolvimento econômico e proteção social, entre acumulação de capital e legitimidade social e política de quem a garante; em suma, entre capitalismo e democracia.

Este modelo de estado e de capitalismo começou a ser atacado a partir dos anos 1970 até a seu cume nos anos 1990 por um modelo alternativo, designado por neoliberalismo, que assenta na substituição da primazia do estado pela do mercado na regulação social. É um ataque ideológico, ainda que disfarçado de uma nova racionalidade econômica. São muitas as razões para a crescente agressividade deste ataque, mas todas elas têm em comum o serem fatores que favorecem a transformação da ideologia em pretensa racionalidade.

Eis algumas delas: o modelo neoliberal está centrado na predominância do capital financeiro (sobre o capital produtivo) e para ele só há curto prazo; ou o médio prazo é, quando muito, alguns minutos mais; com o tempo, os trabalhadores e seus aliados transformaram a opção socialista, de incerta e distante, em opção esquecida, e passaram a aceitar, como vitórias, perdas menores, que só são menores porque vão sendo seguidas por outras maiores; o trabalho assalariado alterou-se profundamente e transformou-se num recurso global, sem que entretanto se tenha criado um mercado globalmente regulado de trabalho; o “compromisso histórico” gerido pelo estado nacional transforma-se num anacronismo quando o próprio estado passa a ser gerido pelo capital global.

O estado social português nasceu em contraciclo, depois da revolução do 25 de Abril de 1974. Em parte por isso, nunca passou de um estado muito pouco ambicioso (quando comparado com os outros estados europeus), um quase-estado-providência, como o designei nos anos 1990, e nunca deixou de depender de uma forte sociedade-providência. Mas, mesmo assim, foi essencial na criação e consolidação da democracia portuguesa da terceira república. É este o sentido da sua consagração constitucional. E porque entre nós a democracia e o estado social nasceram juntos, não é possível garantir a sobrevivência de qualquer deles sem o outro.

Este texto foi originalmente publicado no Diário de Notícias

A privataria em curso ( texto de Boaventura Sousa Santos)

As privatizações não têm nada a ver com racionalidade econômica. São o resultado de opções ideológicas servidas por discursos que escondem suas verdadeiras motivações. No Brasil, o discurso foi o de transformar as privatizações numa “condição para entrar na modernidade”. Em Portugal, o discurso é o do interesse nacional, tutelado pela troika, em reduzir a dívida e ganhar competitividade.
 
O termo privataria foi cunhado por um grande jornalista brasileiro, Elio Gaspari, e popularizado por um dos mais brilhantes jornalistas investigativos do Brasil, Amaury Ribeiro Jr. O livro deste último “A Privataria Tucana” (São Paulo, Geração Editorial 2011), um best-seller, relata com grande solidez documental, o processo ruinoso das privatizações levado a cabo no Brasil durante a década de 1990.
 
A investigação, que durou dez anos, não só denuncia a “selvageria neoliberal dos anos 90” que dizimou o patrimônio público brasileiro, deixando o país mais pobre e os ricos mais ricos, como também estabelece de forma convincente a conexão entre a onda privatizante e a abertura de contas sigilosas e de empresas de fachada nos paraísos fiscais das Caraíbas onde se lava o dinheiro sujo da corrupção, das comissões e propinas ilegais arrecadadas pelos intermediários e facilitadores dos negócios.
 
Aconselho a leitura do livro aos portugueses que não se conformam com o discurso do “interesse nacional” para legitimar a dilapidação da riqueza nacional em curso, a todos os dirigentes políticos que se sentem perplexos perante a rapidez e a opacidade com que as privatizações ocorrem e aos magistrados do Ministério Publico e investigadores da PJ por suspeitar que vão ter muito trabalho pela frente se tiverem meios e coragem. As privatizações não são necessariamente privataria. São-no quando os interesses nacionais são dolosamente prejudicados para permitir o enriquecimento ilícito daqueles que, em posições de mando ou de favorecimento político, comandam ou influenciam as negociações e as decisões em favor de interesses privados.
 
 As privatizações não têm nada a ver com racionalidade econômica. São o resultado de opções ideológicas servidas por discursos que escondem as suas verdadeiras motivações. No Brasil, o discurso foi o de transformar as privatizações numa “condição para o país entrar na modernidade”. Em Portugal, o discurso é o do interesse nacional, tutelado pela troika, em reduzir a dívida e ganhar competitividade. Em ambos os países, a motivação real é criar novas áreas de acumulação e lucro para o capital. No caso português isso passa pela destruição tanto do sector empresarial do estado como do estado social.
 
No último caso sobretudo, trata-se de uma opção ideológica de quem usa a crise para impor medidas que nunca poderia legitimar por via eleitoral. Para termos uma ideia da carga ideológica por detrás das privatizações, supostamente necessárias para reduzir a dívida pública, basta ler o orçamento de 2013: a receita total das privatizações, de 2011 a 2013, será de 3,7 bilhões de euros, ou seja, menos de 2% da dívida pública… A privataria tende a ocorrer quando se trata de processos massivos de privatização.
 
Joseph Stiglitz cunhou um neologismo ácido para definir a onda privatista que avassalou as economias do Terceiro Mundo nos anos 80 e 90, “briberization”, um termo cujo significado se aproxima do de privataria. No caso português, a tutela externa e a dívida que o governo tem interesse em não renegociar, favorece vendas em saldo e, com isso, oportunidades de compensação especial em ganhos ilícitos para os que as tornam possíveis. Como a corrupção não tem uma capacidade infinita de inovação, é de prever que muito do que se passou no Brasil se esteja a passar em Portugal. É preocupante que alguns nomes conhecidos da corrupção do Brasil, alguns já condenados, surjam nas notícias das privatizações em Portugal.
 
A privataria ocorre por via da articulação entre dois mundos: o mundo das privatizações: conseguir condições particularmente favoráveis aos investidores; e o sub-mundo da corrupção: lavar o dinheiro das comissões ilegais recebidas. No que respeita ao primeiro mundo, alguns dos estratagemas da privataria incluem: criar na opinião pública imagens negativas sobre a gestão ou o valor das empresas estatais; fazer investimentos ou subir os preços dos serviços antes dos leilões; absorver dívidas para tornar as empresas mais atrativas ou permitir que as dívidas sejam contabilizadas sem criteriosa definição do seu montante e condições; definir parâmetros que beneficiem o candidato que se pretende privilegiar e que idealmente o transformem em candidato único; passar ilegalmente informação estratégica com o mesmo objetivo; confiar em serviços de consultoria, fazendo vista grossa a possíveis conflitos de interesses; permitir que os compradores, em vez de trazerem capital próprio, contraiam empréstimos no exterior que acabarão por fazer crescer a dívida externa; permitir que fundos públicos sejam usados para alienar património público em favor de interesses privados.
 
O sub-mundo da corrupção reside na lavagem do dinheiro. Trata-se da transferência do dinheiro das comissões para paraísos fiscais mediante a criação de empresas offshores (de fato, nada mais do que caixas postais) onde os verdadeiros titulares das contas desaparecem sob o nome dos seus procuradores. Aí o dinheiro pousa, repousa e, depois de lavado, é repatriado para investimentos pessoais ou financiamento de partidos.
 
Texto publicado originalmente no Público/Portugal (24 de dezembro de 2012)

2.1.13

Comemoração dos 91 anos da AIT (Associação Internacional dos Trabalhadores), associação anarco-sindicalista


Comemoração dos 91 anos da AIT (Associação Internacional dos Trabalhadores), associação anarco-sindicalista
 
5 de Janeiro na Casa Viva , às 15h. - Perfomance Tecnorevolucionária
 
6 de Janeiro no Terra Viva, às 15h. - Palestra: AIT, história e actualidade
 
 
O que é o SOV (Sindicatos de Ofícios Vários)?
Actualmente somos um grupo Anarco-sindicalista constituido por trabalhadores/as, desempregados/as,reformados/as e precários/as em sectores diversos na zona do Grande Porto. Estamos filiados na Associação Internacional de Trabalhadores -Secção Portuguesa
 
 

Ciclo de Cinema de Filmes Proletários na Casa da Horta ao longo do mês de Janeiro 2013

 
 

http://casadahorta.pegada.net/entrada/

 
Ciclo de Cinema Filmes Proletários todas as Quintas do mês de  Janeiro 2013
na Casa da Horta, Rua  de São Francisco, 12A, Porto ( à Ribeira do Porto)
Sessões de cinema começam às 21h30


3 de Janeiro : A Greve (Stachka)
Sergei Michailowitsch Eisenstein, União Soviética 1925, 82 min,
*mudo, legendado em inglês e russo

13 de Janeiro : Kuhle Wampe or: who owns the world?
(Kuhle Wampe oder: Wem gehört die Welt?)
Slatan Dudow, Alemanha 1932, 74 min

17 de Janeiro: O Pão Nosso de Cada Dia (Our Daily Bread)
King Vidor, (US 1934, 80 min)
*inglês, legendado portugês

24 de Janeiro: Felicidade (Schastye)
(Aleksandr Medvedkin, União Soviética 1935, 95 min)
mudo,
* legendado francais e inglês

31 de Janeiro: Ladrões de Bicicletas (Ladri di Biciclette)
Vittorio De Sica, Itália 1948 italiano,
*legendado portugês


Aparece e divulga! 

 


A GREVE

Realização: Sergei Michailowitsch Eisenstein,
União Soviética 1925, 82 min,
mudo, legendado em inglês e russo
Em 1924, o jovem Serguei Eisenstein, então com 26 anos, dirigiu o filme que mudaria a estética e a linguagem do Cinema Soviético, A GREVE é uma visionária experimentação de manipulação de imagem, recriando brilhantemente a greve que ocorreu em 1912 na Tsarist Rússia, num conflito entre operários e policia. A acção do filme desenrola-se dentro de uma das maiores fábricas da Rússia czarista, quando os operários decidem entrar em greve e sofrem violenta repressão por parte da direcção da fábrica. O filme é todo desenvolvido em cima da ideia da montagem de atracções. O herói do filme é colectivo, e a acção é de massas, não individual, batendo de frente com toda a tradição psicologista tanto do cinema quanto do teatro, que era apontada como a expressão mais acabada da arte burguesa, onde o indivíduo se vê desligado da colectividade.

Programação de Janeiro 2013 na Casa da Achada

Clicar por cima da imagem para ler em detalhe

 
A Casa da Achada é a sede do Centro Mário Dionísio.
Fica na Rua da Achada, nºs 11 r/c e 11B, em Lisboa, na Mouraria, na freguesia de S. Cristóvão e S. Lourenço, perto da Praça da Figueira, da Rua da Madalena, do Martim Moniz e do Castelo.

Dinheiro para que te querem - ciclo de cinema na Casa da Achada


CICLO DE CINEMA - DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM (Janeiro)

Segunda-feira, 7 de Janeiro, 21h30
O DINHEIRO (1983, 85 min.) de Robert Bresson quem apresenta é Gabriel Bonito

Segunda-feira, 14 de Janeiro, 21h30
CAPITALISMO - UMA HISTÓRIA DE AMOR (2009, 127 min.) de Michael Moore quem apresenta é António Loja Neves

Segunda-feira, 21 de Janeiro, 21h30
ESPLENDOR NA RELVA (1961, 124 min.) de Elia Kazan quem apresenta é João Pedro Bénard

Segunda-feira, 28 de Janeiro, 21h30 TRÁFICO (1998, 112 min.) de João Botelho apresentação a confirmar

Abre-se um jornal - quando ainda se faz esse gesto antigo - e parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado - a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora. Créditos e débitos. Dívidas. Bolsas, subsídios, descontos, taxas, impostos.
Greves e manifestações até pertencem agora às páginas de «economia». O preço pelo qual se compra e vende o quadro mais ou menos célebre - ou então o seu roubo - pode ser manchete, assim como o vencedor da lotaria, do totobola, do totoloto, do euromilhões. Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar.
 Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades... com o dinheiro ao centro.
Muitos - pobres e ricos - vivem para ter dinheiro, para o dividir ou multiplicar - e, os mesmos ou outros, para o gastar. Não se pode viver sem dinheiro. Pelo menos nesta nossa sociedade. O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores. E não veremos tudo o que valeria a pena ver. Alguns filmes que neste ciclo caberiam (por exemplo, A quimera do ouro, O quintero era de cordas, Stavisky) não os passamos agora porque entraram em ciclos anteriores.
Era impossível a 7.ª arte (a literatura, o teatro, antes dela...) não se ocupar do dinheiro. O dinheiro está no centro do mundo e no centro de muitas tragédias e de muitas comédias.
Este ciclo vai, assim, percorrer quase um século de cinema: Aves de rapina de Erich von Stroheim é de 1924, Capitalismo - uma história de amor de Michael Moore e Erro do banco a vosso favor de Gérard Bitton e Michel Munz (não passou nos cinemas em Portugal) são de 2009. Do mudo ao sonoro, do preto e branco à cor. São 24 filmes de 24 realizadores, produzidos em países vários: EUA, França, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal... E que, aliás, preciaram de dinheiro para serem feitos, distribuídos, vistos, transformados em DVD - independentemente dos seus maiores ou menores orçamentos e das muitas ou poucas receitas de bilheteira.
Chamados à atenção para uma sessão difícil de que não podíamos prescindir: um filme mudo de mais de três hors - Dinheiro de Marcel L'Herbier. E para todos os outros filmes, evidetemente, que nos farão (re)descobrir cinematografias sempre a (re)descobrir e nos farão pensar sobre aquilo em que vale a pena pensar. Filmes que, ao longo de seis meses, nos farão rir e chorar.

ENTRADA LIVRE

Lutas Sociais em 2012 pelos Precários Inflexíveis

 

O melhor de 2012: a reocupação da Es.CoL.A da Fontinha no 25 de Abril

No dia 25 de Abril de 2012, milhares de pessoas reocuparam a antiga escola primária do Alto da Fontinha, no Porto, depois de o movimento que a dinamizava ter sido despejado.

Novas dívidas fazem prosperar o capitalismo



Próspero capitalismo = novas dívidas
Merry capitalism  and Happy new debt

1.1.13

Mensagem de Ano Novo por Jorge Palma

 
Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças
 
Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças
 
 
 

28.12.12

Festival Geada 2012 em Miranda do Douro (27, 28 e 29 de Dez. )





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Um abraço à Casa da Música (30 de Dez., às 15h30)


É de 30% a redução do orçamento previsto pelo Governo para a Casa da Música. Um governo que retira a uma vasta região como é o Norte do país um dos seus raros pulmões de vitalidade cava fundo a desigualdade territorial. Um governo que desinveste na cultura não acredita no futuro. Um governo que não honra os seus compromissos não merece a confiança dos cidadãos e das cidadãs do país que governa.
 
A Casa da Música é a casa de todas as músicas e de todos os públicos, fazendo os trânsitos mais ousados entre géneros e referências, combatendo a elitização e o fechamento. A Casa da Música trabalha com comunidades desfavorecidas, abrigando o “som da rua”, magnífica orquestra de população sem tecto, ao mesmo tempo que acomoda a orquestra sinfónica do Porto. A Casa da Música desestabiliza os cânones conservadores e as hierarquias obsoletas, sem nunca descurar a procura da máxima qualidade. A Casa da Música acrescenta sonho e alento aos nossos dias.
 
A Casa da Música é hoje um ícone do Porto e o seu estrangulamento é um nó na garganta dos seus cidadãos. Se ficarmos quedos perante a afronta, outros machados se abaterão sobre as nossas instituições e o nosso inalienável direito a fazer da cultura uma das pedras basilares da vida quotidiana.
 
Porque não nos resignamos, porque nos indignamos, porque não desistimos nem damos o facto como consumado, chamamos os cidadãos do Porto e da sua região a um combate decidido pela Casa da Música. Contra mais este empobrecimento da nossa vida, chamamos-te
 
A DAR UM ABRAÇO À CASA DA MÚSICA, dia 30 de Dezembro de 2012, domingo, pelas 15:30.
 
SUBSCREVEM: João Teixeira Lopes – Professor FLUP; Soares da Luz – Dirigente Associativo; Ada Pereira daSilva – Professora /Produtora Cultural; António Capelo – Ator; Ana Luísa Amaral – Professora FLUP/ Escritora; Manuel Loff – Professor FLUP; Pedro Abrunhosa – Músico; Mário Moutinho - Ator/Diretor FITEI; Catarina Martins – Atriz/Deputada; João Semedo – Médico/Deputado; ReginaGu imarães – Escritora; Manuel Correia Fernandes – Professor FAUP/Arquiteto; Alda Sousa – Professora FCBUP/Eurodeputada; Conceição Nogueira - Professora FPUP; José Carlos Paiva –professor/artista/investigador; Rui Graça Feijó – Investigador; José Machado de Castro – Advogado; André Freire – Cientista Político; José Soeiro – Sociólogo; Eliseu Lopes Soares – Advogado; Maria José Magalhães – Professora FPUP /Presidente da UMAR; Ana Maria Brito – Professora FLUP; José Gigante – Arquiteto; Luís Valentim Monteiro (Dirigente Associativo na AE); Pedro Oliveira – Professor FCUP; Adriano Campos – Sociólogo; Rui Morgado – Engenheiro; Daniel Pires - Diretor dos Maus Hábitos; Ferreira dos Santos – Empresário; Carlos Costa – Ator/Diretor Visões Úteis; Sílvia Carreira – Pintora; Pedro Figueiredo – Arquiteto; Miguel Vital - F. Finanças;Luís Peres – Dirigente S. Bancários; António Alcino Simões – Médico; Renato Roque – Fotógrafo; Sérgio Cameira – Designer; Helena Castro - Designer; Gonçalo Nogueira – Estudante; Lúcia Ribeiro – Estudante; Teresa Cameira – Professora;S ofia Cameira – Designer; Jonas Leitão – Gestor; Rui Sá (engenheiro).

Loja livre na Casa Viva

 
 
 A lojalivre é um sítio onde podes tirar e deixar coisas.
 
Tira o que precisas e traz o que não usas.
 
É tudo sem dinheiro, num espírito de cada um conforme as suas possibilidades para cada um conforme as suas necessidades.
 
Queremos organizar-nos de formas diferentes daquelas que nos são impostas na sociedade capitalista.
 
Todas as pessoas estão convidadas a aparecer e a deixar a lojalivre do mesmo jeito (ou melhor) que a encontraram.
 
Espalha a palavra!