7.2.10

Edgar Morin e os sete saberes necessários à educação do futuro






Edgar Morin, pseudónimo de Edgar Nahoum (Paris, 8 de Julho 1921), é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês.
Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro.
Durante a Segunda Guerra Mundial, participou da Resistência Francesa.
É considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da complexidade.

Os sete saberes necessários

Morin afirma que diante dos problemas complexos que as sociedades contemporâneas hoje enfrentam, apenas estudos de caráter inter-poli-transdisciplinar poderiam resultar em análises satisfatórias de tais complexidades
No livro Os sete saberes necessários à ed.ucação do futuro, Morin apresenta o que ele mesmo chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa prática educacional.

1º Saber - Erro e ilusão
Não afastar o erro do processo de aprendizagem. Integrar o erro ao processo, para que o conhecimento avance.

2º Saber - O conhecimento pertinente
Juntar as mais variadas áreas de conhecimento, contra a fragmentação. Para que o conhecimento seja pertinente, a educação deverá tornar evidentes:
• O contexto
• O global
• O multidimensional – o ser humano é multidimensional: é biológico, psíquico, social e afectivo. A sociedade contém dimensões históricas, económica, sociológica, religiosa.
• O complexo – ligação entre a unidade e a multiplicidade.

3º Saber - Ensinar a condição humana
Não somos um algo só. Somos indivíduos mais que culturais - somos psíquicos, físicos, míticos, biológicos, etc.
A educação do futuro deverá ser um ensino primeiro e universal centrado na condição humana. O humano permanece cruelmente dividido, fragmentado, enuncia-se um problema epistemológico e é impossível conceber a unidade complexa do humano por intermédio do pensamento disjuntivo, que concebe a nossa humanidade de maneira insular, por fora do cosmos que o rodeia, da matéria física e do espírito do qual estamos constituídos, nem tão pouco por intermédio do pensamento redutor que reduz a unidade humana a um substrato bio – anatómico

4º Saber - Identidade terrena
Saber que a Terra é um pequeno planeta, que precisa ser sustentado a qualquer custo. Idéia da sustentabilidade terra-pátria.

5º Saber - Enfrentar as incertezas
Princípio da incerteza. Ensinar que a ciência deve trabalhar com a ideia de que existem coisas incertas.

6º Saber - Ensinar a compreensão
A comunicação humana deve ser voltada para a compreensão. Introduzir a compreensão; compreensão entre departamentos de uma escola, entre alunos e professores, etc.

7º Saber - Ética do gênero humano
É a antropo-ética: não desejar para os outros, aquilo que não quer para você. A antropo-ética está ancorada em três elementos:
• Indivíduo
• Sociedade
• Espécie


Edgar Morin. Um Pensador Planetário
















Não dêem cabo do mundo ( canção pelo grupo Quadrilha)




Já tenho a alma incinerada p’lo medo
Já tenho o espírito meio globalizado
E há tanta coisa complicada combinada em segredo
Que a gente quer-se virar e não sabe p’ra que lado

Dizem que o mundo anda doido
Mais doido anda quem o faz
Diz que disse mas não disse
E anda tudo ao abandono
Quem não acreditar é só espreitar
P’lo buraco da camada do ozono

Não dêem cabo do mundo ainda cá temos muito a fazer
Não dêem cabo do mundo se não como é que se há-de cá viver

É só atritos e detritos na alma
Terra quente, guerra fria, ambiente em cuidados
São marcadas as cimeiras da calma
Cessar fogo, fogo posto, mil acordos falhados

Quem te manda sapateiro tocar tão mal rabecão
Hemisférios divididos, não se apaga o lume
És igual ou diferente, és mouro ou cristão
Tio Sam, então... salamalecum
Não dêem cabo do mundo...

E as ribeiras a correrem aflitas
São descargas e descargas e ninguém faz caso
Frases feitas e desfeitas, muitas coisas ditas
E se algumas foram escritas foi só por acaso

Cada um faz o que quer e ninguém faz o que devia
Mina anti-pessoal, fome triste sina
A ajuda humanitária chega qualquer dia
Foi comprada em Israel, vendida na Palestina.

Não dêem cabo do mundo...


http://www.quadrilha.net/principal.html

O direito internacional e a ocupação israelita dos territórios palestinianos: Evidências e desafios ( mesa-redonda no ISCTE-IUL, a 11 de Fev.)


Mesa Redonda
“O direito internacional e a ocupação israelita dos territórios palestinianos: Evidências e desafios”


Intervenientes no painel:
Paula Escarameia (Professora de Direito Internacional no ISCSP-Universidade Técnica de Lisboa e Membro da Comissao de Direito Internacional de ONU )
José Manuel Pureza (Professor de Direito Internacional e Relações Internacionais na Universidade de Coimbra)
António Cluny (Vice-Presidente da MEDEL (Associação Europeia de Magistrados pela Democracia e as Liberdades)
Alan Stoleroff (Professor de Sociologia no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa )
Maria Eduarda Gonçalves (Professora de Direito no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa )

Data e hora:
11 de Fevereiro de 2010 às 18h30

Local:
Auditório Afonso de Barros, ISCTE-IUL
Av. das Forças Armadas, Lisboa

Patrocínio:
Secção Autónoma de Direito - ISCTE-IUL
Comité Nacional de Apoio - Tribunal Russell para a Palestina

http://todosporgaza.blogspot.com/




Sessão de lançamento do Tribunal Russel para a Palestina

Enterro do sistema (16 de Fevereiro): perfomance, máscaras e folia na Costa da Caparica

Dia 16 de Fevereiro, terça-feira de Carnaval, 16 horas. Começam as iniciativas no projecto270 que este ano aprofundará ainda mais o seu trabalho na busca de uma comunidade sustentável.

Simbólicamente começaremos com um enterro. É um acto trans-religioso que tem como base o respeito e a esperança. É um acto que nos transporta a uma realidade que é comum a todos os seres vivos: a transformação.

Convidamo-vos a participar, trazendo convosco borras de café e cartão, desperdicio esse que será transformado em solo pelas companheiras minhocas, e dará por fim lugar a um canteiro de flores.

http://projecto270.blogspot.com/


Situado na estrada florestal que liga a Costa da Caparica à Fonte da Telha, entre a praia da Riviera e Praia da Rainha, o projecto270 desenvolveu-se tendo como base a agricultura biológica.

Tendo começado em Maio de 2002, como forma de dar resposta à pergunta “que posso eu fazer?”, dois cidadãos começaram a trabalhar de forma a encontrar soluções para as várias questões que a globalização colocava.

“Think global, act local” (pense global, actue no local) foi o mote, numa freguesia onde se desenvolvia um projecto de requalificação de uma àrea que está às portas de uma das capitais mais antigas da Europa que concentra o grosso da população do país.

A agricultura biológica foi então a porta de acesso para uma fronteira que teria de ser vivida para reatar os laços que ligavam as pessoas à Natureza, como forma de criar novas perspectivas de desenvolvimento local susténtavel.

Tendo sempre presente a sombra do Programa Pólis, e a incerteza do que iria (irá) acontecer na àrea abrangida por este, o projecto270 foi desenvolvendo o seu método de acção, co-associando a produção agricola e com a cultural.

É certo que um projecto deste género que apela à imaginação, criação e trabalho, seja visto com relutância pelas autoridades institucionais, mas existirá outra forma de fazer o desenvolvimento local sustentável?

Sendo a alimentação a base da vida, a comunidade é o suporte que permite ao individuo realizar-se como Ser. Um programa de reabilitação do espaço público tem de, no caso da Costa da Caparica, incorporar estas duas permissas pelas razões históricas inerentes e pela sua geomorfologia. A procura do indivíduo por espaços que lhe permitam alcançar a sua realização como Ser-social, coadona-se com a Costa da Caparica.

Pelo projecto270 passaram inúmeras pessoas que têm contribuido e usufruido, quer do espaço quer dos produtos produzidos. Para além disso levam consigo o conhecimento e a experiência de uma vida em harmonia com a Natureza.

A sensibilização e educação dos visitantes e participantes nos diversos cursos, workshops e actividades desenvolvildos nos últimos sete anos, demonstrou ser uma das mais-valias deste espaço, das pessoas para as pessoas.

Num mundo que se vê envolvido numa das maiores crises de sempre, que embarca o ambiente, a economia, a alimentação, a energia e o aspecto social, o papel a desenvolver na Costa da Caparica é propocionar aos cidadãos o constatar de soluções para estes problemas. Contra uma homogenização de uma paisagem, que se quer pública, integradora e orgânica.

Entrudo Chocalheiro em Podence ( Macedo de Cavaleiros) de 14 a 16 de Fevereiro de 2010


Ainda resistem em Portugal algumas celebrações do Entrudo que mantêm a sua singularidade e tradição. Em Trás-os-Montes salientam-se pelo menos duas localidades em que a festa do Entrudo ainda é o que era: Podence e Santulhão.

Em Podence, pequena aldeia situada a poucos quilómetros de Macedo de Cavaleiros, ninguém se atreve a opor às iras dos Caretos. Apenas as Matrafonas (raparigas disfarçadas de homens e vice-versa) são poupadas à sumária justiça carnavalesca, assaz singular no caso da aldeia transmontana: os demónios mascarados lançam-se ao assalto das moças e encostando-se a elas, ensaiam uma dança um tanto erótica, agitando a cintura e fazendo embater os chocalhos que trazem pendurados contra as ancas das vítimas.


Na investida bárbara que faz ecoar por toda a aldeia o alarido dos chocalhos e o tropel surdos dos passos, os Caretos levam tudo pela frente, indistintamente. Não conhecem entraves ou proibições: subir às varandas, trepar aos telhados ou correr pelo Largo da Capela. Tudo vale para «chocalhar» e misturar o tilintar dos chocalhos com os risos das raparigas.

Já em Santulhão, aldeia do concelho de Vimioso, a tradição é outra e os mascarados desfilam pelas ruas da aldeia, atirando farinha uns aos outros inclusive aos transeuntes que tentam escapar a tamanha algazarra. A festa espalha-se por toda a localidade, cumprindo-se uma tradição antiga que vai passando de geração em geração. A rebeldia dos mascarados é consumada com um concurso de máscaras e com o julgamento e queima do Entrudo, que encerra as festividades do Carnaval.

Venha conhecer de perto as antigas tradições das aldeias transmontanas.


ENTRUDO CHOCALHEIRO - 2010 em PODENCE ( MACEDO DE CAVALEIROS)
14 a 16 de Fevereiro


PROGRAMA

Dia 14 de Fevereiro - Domingo Gordo
9h00 - Batida ao Javali.
10h00 - Barraquinhas, Mostra e Venda de Produtos Regionais
10h00 - Passeio de Burros – “Do Careto ao Azibo”.
11h00 - Inauguração da Exposição de Fotografia
14h30 - Leilão Chocalheiro.
15h00 - Animação de rua, vários grupos convidados
(Latos de Bagueixe, Mira Bornes e Bombos das Arcas)
15h30 - Caretos à Solta.
17h30 - Merenda à Transmontana.
18h00 - Bailarico Popular – “Diatónicos” (Grupo de Concertinas)

Dia 15 Fevereiro - Segunda-feira

10h30 - Passeio de Burros – “Do Careto ao Azibo”.
10h30 - Raid Fotográfico.
10h30 - Barraquinhas, Mostra e Venda de Produtos Regionais.
15h30 - Gincana de Burros
19h30 - Noite Gastronómica (Feijoada no Pote).
21h30 - Pregão Casamenteiro – Casamentos
22h00 - Noite da “Máscara Mágica” com desfile,
Teatro de Rua “Mandrágora”
22h30 - Queimada
23h00 - Baile do Entrudo - “Roncos do Diabo” (Grupo de Gaiteiros de Lisboa)

Dia 16 de Fevereiro - Terça Feira de Carnaval

10h00 - Barraquinhas, Mostra e Venda de Produtos Regionais.
10h30 - Passeio Pedestre - Trilho dos Caretos.
A Partir das 15.00 Horas - Caretos à Solta
- Desfile de Marafonas
- Animação de Rua: Grupo de Gaiteiros
“Roncos de Diabo”, “Trouxa Mouxa” e “Pauliteiros de
Miranda”.
17h30 - Queima do Entrudo.


http://caretosdepodence.no.sapo.pt/

Faça aqui o download do folheto dos Caretos de Podence para poder divulgar a nossa tradição

Carnaval de Santulhão 2010 ( em Vimioso) de 13 a 16 de Fevereiro


CARNAVAL DE SANTULHÃO 2010

DE 13 A 16 DE FEVEREIRO

Programa

DIA 13 - Sábado

21h00 - BAILE DE MÁSCARAS

Concurso de Máscaras – Prémio para a melhor máscara

DIA 14 -Domingo

15h00 - CORTEJO DE CARROS ALEGÓRICOS

Concurso do Carro Alegórico mais criativo – Prémio de 150,00 serpentinas

Nota: (O concurso só se realizará se houver mais de 20 participantes)

DIA 15 - Segunda-Feira

15h00 – Workshop - Vamos Fazer o Tradicional Entrudo

Local - Sede da Junta de Freguesia de Santulhão (GNR)


21h00 - ENTERRO DO ENTRUDO com o tradicional CORTEJO FUNEBRE

Pelas ruas da aldeia com animação do Grupo Os Latos de Bagueixe e com a participação da AEPGA e seus burros


DIA 16 – Terça-feira

14h30- CORTEJO CARNAVALESCO

Pelas ruas da aldeia com animação do Grupo de Gaiteiros

Participação da AEPGA e seus burros, os mascarados, os carros alegóricos, os entrudos e as entrudas, muita alegria, muita animação e muita, mas muuuuita.... FARINHA


17h00- JULGAMENTO DO ENTRUDO

Morte na fogueira no Largo da Fonte do Arco


O MAIS TRADICIONAL DO NORDESTE TRANSMONTANO !

CARNAVAL EM SANTULHÃO


http://www.santulhao.net/index.php?page=book

5.2.10

Memórias do Trabalho: processos de construção de uma identidade operária (seminário na Fac. Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto

Memórias do Trabalho: processos de construção de uma identidade operária"
Seminário internacional na FPCEUP ( 19 e 20 de Fevereiro)

Nos próximos dias 19 e 20 de Fevereiro vai realizar-se no auditório 1 da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) o seminário internacional "Memórias do Trabalho: processos de construção de uma identidade operária" - que visa a apresentação e o debate de resultados de investigação do projecto com o mesmo nome.

Participam neste Seminário não só os investigadores do Projecto, mas também Investigadores estrangeiros como Guy Berger (consultor CIIE/FPCEUP), Enzo Traverso, Victor Santidrián Árias, Fernando Fidalgo e investigadores portugueses como Manuel Loff e Isabel Galhano (FPLUP), Paula Godinho (UNL), Sérgio Vinagre (UPP).


A iniciativa é organizada conjuntamente pelo Centro de Investigação e Intervenção Educativas da FPCEUP, pela Universidade Popular do Porto e pelo Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores da Universidade do Porto.


Pretende-se, com este projecto (Memórias do Trabalho: processos de construção de uma identidade operária), produzir conhecimento ao nível de dois eixos fundamentais de elaboração teórica: o primeiro incidindo nos processos de inter-estruturação entre trabalho, participação social, formação e identidade pessoal e profissional, desenvolvidos no quadro das mudanças sociais e políticas da segunda metade do século XX, na sua relação dinâmica com a construção de uma identidade operária no Porto; o segundo eixo teórico refere-se às questões epistemológicas e metodológicas levantadas pela recolha da história oral e pelas condições e limites da sua utilização no âmbito da pesquisa científica, nomeadamente no que se refere à exploração das suas articulações com a abordagem da sócio-linguística (ver, em particular, o estado da arte, neste projecto).

A sua concepção emerge de uma reflexão relativa ao trabalho já desenvolvido pelo “Centro de Documentação e Informação sobre o Movimento Operário e Popular do Porto” pela Universidade Popular do Porto, uma das instituições participantes no projecto. Com efeito, a qualidade, diversidade e quantidade da informação recolhida e disponibilizada pelo CDI impõe-se como material de estudo a diferentes áreas científicas. É assim que se constitui uma equipa que reúne investigadores de diferentes áreas das ciências sociais (ciências da educação, história, documentação, sociolinguística) assim como de ciências da computação, mobilizados não só pelo interesse na pesquisa disciplinar, como também por uma abordagem multirreferencial dos processos de construção de uma identidade operária, procurando constituir o objecto de estudo na sua complexidade. Este carácter transdisciplinar implica o accionamento de dispositivos de análise, de validação e de vigilância metodológica que, ainda que construídos no interior de diferentes domínios das ciências sociais serão mobilizados de forma a permitir desenvolver linguagens cientificas, geradas pela heterogeneidade dos discursos disciplinares, mas encontrando vias de reflexão comum, bases de comunicação e de confronto teórico-prático mutuamente enriquecedor e cientificamente estimulante.
.
Este projecto permite, assim, esperar não só os resultados que em lugar próprio apontamos, como um efeito multiplicador do seu potencial de pesquisa tendo em conta a criação de dispositivos multimédia orientados para a difusão alargada dos produtos da investigação, a disponibilização da informação recolhida no sítio WEB do Centro de Documentação e Informação da UPP, a intervenção no âmbito da formação de jovens e de adultos.


http://www.seminariomemorias.blogspot.com/

http://cdi.upp.pt/

http://eetcetera.blogspot.com/

Programa do Seminário Internacional Memórias do Trabalho

19 de Fevereiro 2010

9h30 – Recepção aos participantes
10 h /10h30 – Sessão abertura
Carlinda Leite - Presidente do Conselho Directivo da FPCEUP
José Alberto Correia* - Presidente do Conselho Científico da FPCEUP e Coordenador do CIIE
Sérgio Vinagre - Presidente da Direcção da Universidade Popular do Porto
Natércia Pacheco* - Investigadora responsável do projecto “Memórias do trabalho”


10h30/12h30 – Discursos/ memórias – que sentidos?
Moderação: Manuela Terrasêca*
Natércia Pacheco* e Teresa Medina* (CIIE/FPCEUP, UPP)
“Memórias do Trabalho e construção de identidades operárias”
Joaquim Barbosa* (CLUP, UPP)
“Em busca de uma identidade operária pelos caminhos da linguagem”
Isabel Galhano (FLUP)
“Gestos da memória”

Manuel Matos* (CIIE/FPCEUP)
“Do discurso oral à reconstrução de si nas memórias do trabalho”

Debate

15h/17h30 – Memórias e identidades
Moderação: Carlos Nelson Amador (UPP)

Manuel Loff ** (FLUP, UPP)
“História e memórias”

Paula Godinho (FCSU/UNLisboa)
“Trabalhos da Memória”

Victor Santidrián Árias (Fundação 10 de Março /Santiago de Compostela)
“A experiência da Fundação 10 de Março”

Enzo Traverso (U. Amiens)
“Como se escreve a História do século XX: delineando as características da paisagem memorial europeia e a sua interferência na escrita da História”

Debate

18 h – “Tempos Modernos”, Charlie Chaplin
Comentário de Virgílio Borges Pereira (FLUP)

Debate


20 de Fevereiro

10h/12 h - Workshop Tecnologias da informação e trabalho com memórias
Moderação: Rogério Reis* (LIACC/FCUP, UPP)

Nelma Moreira* (LIACC/FCUP, UPP)
“Anotação e classificação de documentos”

Silvestre Lacerda* (IANTT, CIIE/FPCEUP, UPP)
“Memórias em Arquivo, preservar comunicando!”

Mário João Mesquita (FAUP)
“A Cidade do Trabalho; a invenção da imagem da cidade entre as Aldeias e o Capital”

Eloy Rodrigues ** (Serviços Documentação U.Minho)
Comentário

Debate

14h30/16h - Mesa redonda - Memórias do trabalho e participação sindical em discurso directo
Moderação - Teresa Medina*

Albano Reis (coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Construção do Norte e Viseu)
Amália Andrade (ex-dirigente do Sindicato das Conservas do Porto)
Palmira Peixoto (coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis do Porto)
Vítor Ranita (ex-coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Norte e da União dos Sindicatos do Porto)
Fernando Fidalgo (Universidade Federal de Minas Gerais)

Comentário
Debate


16h15 / 17h30 - Histórias de vida: trabalho, lutas sociais e formação
Moderação: Bruno Monteiro*

Teresa Medina* (CIIE/FPCEUP, UPP)
“Percursos de vida e formação: trabalho, sindicalismo e produção do saber”

Cristina Nogueira* (CIIE/FPCEUP, UPP)
“Formação e memórias da clandestinidade”

João Caramelo* (CIIE/FPCEUP)
“A formação de activistas sociais: biografias, contextos socioculturais, experiência e reflexão“

Debate

17h30 – Comentário final
Guy Berger *** (Professor emérito – Vincennes / Universidade Paris VIII)

18h15 – sessão de encerramento
José Alberto Correia* (CIIE/FPCEUP)
Natércia Pacheco* (CIIE, FPCEUP)

* Investigadores do projecto “Memórias do trabalho: processos de construção de uma identidade operária no Porto”
** Consultores do projecto
*** Consultor do CIIE

19 e 20 de Fevereiro
Exposição - “Memórias da Cidade do Trabalho”

Dias mundiais sem telemóvel ( 6, 7 e 8 de Fevereiro)




A 1ª jornada mundial sem telefones móveis aconteceu a 6 de Fevereiro de 2001 pelo escritor Phil Marso.

Este ano assinalam-se pois as 10ªs jornadas que, desta vez, prolongam-se por 3 dias. Até porque os perigos e as ameaças associadas às comunicações móveis são ainda maiores que há 10 anos atrás.

Na verdade, este meio de comunicação invade cada vez mais a nossa vida privada. Ao longo das 24 horas de um dia estamos permanente conectados, sem qualquer intervalo para a nossa própria intimidade que, assim, se vê ininterruptamente exposta às intromissões a qualquer hora e momento. Para piorar ainda mais as coisas apareceram novos dispositivos ligados à Internet, desde as redes sociais ( Facebook e Twitter) até à telerealidade em transmissão contínua ( Youtube, por exemplo), que sob a desculpa de se terem tornado indispensáveis ao dia-a-dia se têm revelado verdadeiros totalitarismos opressores para a vida humana.

Questões para lançar o debate:

a) o telefone portátil mudou os comportamentos humanos nas nossas sociedades contemporâneas?

b) com 4.600 milhares de milhões de assinantes em todo o mundo, segundo dados de Outubro de 2009, terá o telefone móvel e o electromagnetismo alguma incidência nas mudanças climáticas?

c) A associação entre telemóveis, Internet, facebook, twitter, etc, etc, condenar-nos-á ao grau zero da intimidade?

d) O telefone móvel não será as orelhas do Big Brother?

e) haverá mais stress e pressão sobre os trabalhadores dentro das empresas com o aparecimentos dos telemóveis?

f) o telefone móvel não favorecerá a adicção, a ansiedade do utente, ou seja, a insegurança?

g) será preciso instaurar uma carta de boa conduta nos locais públicos para o uso dos telemóveis?

h) Os telemóveis não se converteram em mais uma fonte de poluição sonora, a somar às outras já existentes?

i) Será que em 2010 é possível viver sem telemóveis?

j) Existe uma ditadura do telefone móvel sobre a nossa vida quotidiana?

l) serão os telefones móveis prejudiciais para a saúde?

m) Crianças com telemóveis não significarão uma geração futura de autonomia limitada?

n) Os SMS via telemóveis não serão nefastos para a língua protuguesa?

o) O uso dos telemóveis nos automóveis não constituem perigos suplementares para a circulação rodoviária?

p) Não será preciso urgentemente o reforço do princípio da precaução à volta das antenas de retransmissão das empresas operadoras de comunicações móveis, e uma regulamentação mais apertada e severa face aos riscos que aquelas antenas representam para a saúde pública?

q) Será necessário criar zonas silenciosas nos espaços públicos a fim de evitar os sons irritantes dos telemóveis?

r) não serão os telemóveis os principais cúmplices da aterradora tele-realidade?

s) Será necessário salvaguardar de forma mais eficaz o direito à imagem a partir do momento e que os telemóveis podem fotografar quem quer que seja, sem a autorização dos visados?

t) Como prevenir o spam SMS?

u) Estou agarrado ao telemóvel: isso é grave, doutor?

Coordenadora contra as linhas de alta tensão:

4.2.10

Reviver a revolta do 3 de Fevereiro de 1927 no Porto


A 3 de Fevereiro de 1927 eclodia no Porto uma revolta militar republicana -participada por sectores civis armados -anarco-sindicalistas da antiga CGT, anarquistas, comunistas e outros - contra o regime saído do "28 de Maio", de 1926. A cidade do Porto, cercada pelas tropas do governo, começou a ser bombardeada do lado de Gaia.


Sob a ameaça de bombardeamento ainda mais intenso e pesado, com obuses, esboçaram-se duas posições: uma, a dos chefes políticos e militares republicanos (o chamado "reviralho"), de RENDIÇÃO; outra, a dos sectores civis, sobretudo dos libertários e PC.s, de um ATAQUE à baioneta contra as baterias governamentais da Serra do Pilar (Gaia) que invertesse a situação –até porque o movimento estava a ser secundado em Lisboa.


A pretexto de que "isso seria um banho de sangue", os chefes republicanos do Porto decretaram a rendição...O que se seguiu foi a repressão violentíssima da revolta -com fuzilamentos sumários e deportações para as prisões em África - que naturalmente se abateu sobretudo sobre os sectores civis armados.
Assinalando os 83 anos destes episódios -que constituíram a primeira grande acção de resistência contra a ditadura saída do 28 de Maio - e no sentido de não deixar branquear a MEMÓRIA HISTÓRICA SOCIAL (e a LIBERTÁRIA tampouco), a TERRA VIVA! AES vai levar a efeito as seguintes ACTIVIDADES:

Sessão de Informação/debate "O 3 de Fevereiro de 1927: lições históricas libertárias” -com audição do registo de depoimento de um participante, o anarco-sindicalista Manuel Reis (falecido em 2000) quinta, 4 de Fevereiro,21 h. nas instalações do Terra Viva!AES ( R. Caldeireiros, 213 , à Cordoaria)

"Trilha Histórica do 3 de Fevereiro"- percurso guiado a pé, entre a R. 31 de Janeiro e as Fontaínhas, e c/ oferta de folheto-guia e mapa assinalando os vários pontos importantes do levantamento de 3/2/1927
sábado, 6 de Fevereiro 10.30 h. Praça da Liberdade - junto à estátua


-Iniciativa: OFICINA HISTÓRIA VIVA e Círculo de Estudos Sociais Libertários da TERRA VIVA!AES
-Apoio: PAJ/IPJ para o ano de 2010. R.Caldeireiros, 213 -PORTO

+informações: 967694816 à SEDE: TERÇAS, QUINTAS e SEXTAS -15-19.00 h.

Próximas plantações no âmbito do Projecto Criar Bosques são já no dia 7/2/2010 em Grândola e na Serra de Montejunto

Para o dia 07/02/2010 (Domingo) está prevista a plantação de espécies autóctones em Grândola e Serra de Montejunto no prosseguimento do Projecto Criar Bosques:

No site http://criarbosques.wordpress.com/plantacoes/ encontra-se informação adicional sobre a iniciativa.

Contacto:
Paulo Monteiro - tlm 93 999 21 88
criarbosques.@quercusancn.pt


GRÂNDOLA

Data: 07-02-2010 (Domingo) Hora: 10:00
Local: Herdade das Sesmarias dos Nobres (freguesia de Azinheira dos Barros; concelho de Grândola) – Mapa (
aqui)
Encontro: Local da plantação.
Contactos: Dário Cardador (967 023 095;
dariocardador@gmail.com).
Obs1: Para quem vem de Lisboa na A2: sair na portagem seguinte à de Grândola e continuar na direcção Sul pelo IC1 durante 1,2 Km, onde se desvia à direita para a Herdade. Para quem vem de Lisboa pelo IC1: passar por Grândola (sem entrar), Canal Caveira, nó da A2 (após Grândola) e após 1,2Km virar à direita para a Herdade.
Obs2: É obrigatória a inscrição prévia.


SERRA DE MONTEJUNTO
Data: 07-02-2010 (Domingo) Hora: 10:00
Local: Casa da Serra (Vila Verde dos Francos, Alenquer)
Encontro: Casa da Serra – Mapa (
Aqui).
Contactos: Paulo Monteiro (93 999 21 88)
Obs:É necessária a inscrição por SMS (93 999 21 88) indicando o número de
voluntários.

3.2.10

Dia de luta dos estudantes do Secundário e do Básico promove manifestações e concentrações de alunos em todo o país para o dia 4 de Fevereiro


A convocatória é da Delegação nacional das Associações de Estudantes do ensino secundário e básico




Lisboa - dia 4 de Fevereiro em frente ao Ministério da Educação às 10h.

Porto - dia 4 de Fevereiro na Avenida dos Aliados às 9h30

A Luta esta a crescer...!


Não te baldes à Luta!


A algumas horas do Dia Nacional de Luta dos Estudantes do Ensino Secundário e Básico marcado pela Delegação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Secundário e Básico (DNAEESB) para o dia 4 de Fevereiro (5ªfeira) a DNAEESB dá nota:

1.Da crescente expressão Nacional que este protesto descentralizado no dia 4 já tem e vai ter, tendo a DNAEESB contactado e sido contactada com e por muitos estudantes e Associações de Estudantes (AAEE) que garantiram a sua adesão em massa ao dia de Luta, vindo estas informações da marcação de momentos de protesto de todos os distritos do país (incluindo ilhas), dando a total confiança de que esta será uma grande jornada de Luta dos estudantes, que vai levar às ruas de todo o país muitos milhares de estudantes em luta pelos seus direitos.

2. A preparação desta e de outras lutas tem sido acompanhada por um ataque aos direitos e liberdade dos estudantes e das suas AAEE, pondo em causa a já escassa democracia das escolas.

A DNAEESB tem informação do impedimento da realização de muitas Reuniões Gerais de Alunos (RGA) pelas direcções das escolas, um pouco por todo o país. Bem como tentativas de impedimento da distribuição de propaganda e entraves à actividade das AAEE.
Face a estes ataques os estudantes e as AAEE têm sido firmes na defesa dos seus direitos e da liberdade, levando a liberdade de reunião e de expressão mais longe, contribuindo para a organização, discussão e reflexão dos estudantes.
A DNAEESB alerta para que no dia 4 de Fevereiro a Liberdade de Manifestação seja salvaguardada por todos os intervenientes (Artigo 45º da Constituição da Republica Portuguesa) e que nenhum estudante, protesto ou manifestação seja impedido, reprimido ou silenciado.

3. A certeza de que esta jornada de Luta dos estudantes do Ensino Secundário e Básico vai trazer muitos milhares às Ruas de todo o país e certos de que a Luta pela Escola Pública, Gratuita, de Qualidade, Democrática e para todos vai continuar! E que os estudantes estão prontos para continuar!

http://dnaeesb.blogspot.com/




ESCOLAS que saíram à RUA com a LUTA dos Estudantes:


AE EB António Augusto Louro (Seixal)
AE EB Pinhal de Frades (Seixal)
AE EB2,3/S de Valença (Viana do Castelo)
AE ES Albergaria à Velha (Aveiro)
AE ES Alfredo da Silva (Barreiro)
AE ES Almeida Garrett (Porto)
AE ES Alves Redol (Lisboa)
AE ES Amora (Seixal)
AE ES André de Gouveia (Évora)
AE ES António Gedeão (Almada)
AE ES Arouca (Aveiro)
AE ES Cacilhas-Tejo (Almada)
AE ES Camilo Castelo Branco (Lisboa)
AE ES Carolina Michaellis (Porto)
AE ES Castêlo da Maia (Porto)
AE ES Clara de Resende (Porto)
AE ES Cristina Torres (Coimbra)
AE ES D.João II (Setúbal)
AE ES Daniel Sampaio (Almada)
AE ES de Ferreira do Alentejo (Beja)
AE ES de Mora (Évora)
AE ES de São João da Madeira (Aveiro)
AE ES Diogo de Macedo (Porto)
AE ES Dr. Pascoal de Melo (Leiria)
AE ES Emidio Navarro (Almada)
AE ES Esmoriz (Aveiro)
AE ES Fernão Mendes Pinto (Almada)
AE ES Filipa de Vilhena (Porto)
AE ES Fontes Pereira de Melo (Porto)
AE ES Francisco Simões (Almada)
AE ES Gabriel Pereira (Évora)
AE ES Gil Vicente (Lisboa)
AE ES Ginestal Machado (Santarém)
AE ES Gonçalves Zarco (Porto)
AE ES Henriques Nogueira (Torres Vedras)
AE ES Jorge Peixinho (Montijo)
AE ES José Afonso (Seixal)
AE ES João de Barros (Seixal)
AE ES João de Deus (Faro)
AE ES Leal da Câmara (Sintra)
AE ES Madeira Torres (Lisboa)
AE ES Manuel Cargaleiro (Seixal)
AE ES Manuel Teixeira gomes (Portimão)
AE ES Maria Lamas (Santarém)
AE ES Mem Martins (Lisboa)
AE ES Miraflores (Lisboa)
AE ES Moita (Setúbal)
AE ES Monte da Caparica (Almada)
AE ES Ourém (Santarém)
AE ES Padre António Vieira (Lisboa)
AE ES Pinhal do Rei (Leiria)
AE ES Pinheiro e Rosa (Faro)
AE ES Prof. Mendes dos Remédios (Portalegre)
AE ES Póvoa do Lanhoso (Braga)
AE ES Romeu Correia (Almada)
AE ES Ruy Luis Gomes (Almada)
AE ES Sampaio (Sesimbra)
AE ES Sebastião da Gama (Setúbal)
AE ES Águas Santas (Porto)
EB Quinta da Lomba (Barreiro)
ES Abel Salazar (Porto)
ES Alfredo dos Reis Silveira (Seixal)
ES Anselmo de Andrade (Almada)
ES António Nobre (Porto)
ES Augusto Cabrita (Barreiro)
ES Augusto Gomes (Porto)
ES Avelar Brotero (Coimbra)
ES Bocage (Setúbal)
ES Bordalo Pinheiro (Leiria)
ES Carlos de Amarante (Braga)
ES Casquilhos (Barreiro)
ES da Nazaré (Leiria)
ES de Ermesinde (Porto)
ES de Estremoz
ES de Fafe (Braga)
ES do Cerco (Porto)
ES do Entroncamento (Santarém)
ES Dom Manuel I (Beja)
ES Dª Maria I (Braga)
ES Fernando Namora (Coimbra)
ES Inês de Castro (Porto)
ES José Falcão (Coimbra)
ES Martins Sarmento (Braga)
ES Oliveira do Douro (Porto)
ES Padrão da Légua (Porto)
ES Rio Tinto (Porto)
ES Santo André (Barreiro)
ES Santo António (Barreiro)
ES Soares dos Reis (Porto)
ES São Pedro da Cova (Porto)

2.2.10

Caminhada pela Simplicidade Voluntária 2010 entre Viseu e Coimbra, de 21 de Março a 12 de Abril: por uma vida simples e solidária!









Por uma vida simples e solidária!

A ideia é criar um “espaço” de questionamento da vida moderna e do que realmente nos faz falta, e proporcionar a experiência de viver em harmonia com a natureza, ao seu ritmo, num ambiente de convivialidade.


Caminhar para deixar de correr!

Realizar-se á entre Viseu e Coimbra, com inicio a 21 de Março e termina a 12 de Abril .


Todos podem participar, é ABERTA e gratuita, passando por transportes públicos todos os dias, para que cada um caminhe o tempo que melhor se adapta a si.


Caminharemos com tudo o necessário á nossa sobrevivência, visitando quintas e projectos que partilham um espaço e um espirito connosco, por uma noite.

Por uma vida simples e solidária!

Construamos um novo presente.


http://caminhada2010.wordpress.com/

Apresentação do livro Mar das Especiarias de J. Magalhães de Castro em Lisboa (dia 4), Caldas S.Jorge(dia 6), Porto(dia7), Feira(dia 13), Gaia(dia 19)




Realizam-se durante o mês de Fevereiro várias sessões de apresentação do livro «Mar das Especiarias» de Joaquim Magalhães de Castro, viajante independente e escritor de narrativas de viagens.


Os locais e o calendário das apresentações:

Dia 4 de Fevereiro, Palácio da Independência, Lisboa, pelas 18:30.
Com apresentação do historiador Jorge dos Santos Alves, Universidade Católica.

Dia 6 de Fevereiro – Salão das Termas, Caldas de São Jorge, pelas 20:00.
Com apresentação do médico e escritor Miguel Miranda.

Dia 7 de Fevereiro – FNAC do Norte Shopping, Porto, pelas 17:00.
Com apresentação do historiador Jorge Fernandes Alves.


Dia 13 de Fevereiro – Biblioteca Municipal, Santa Maria da Feira, pelas 18:30.


Dia 19 de Fevereiro – Convento Corpus Christi, Gaia, pelas 18:30
Com apresentação do historiador Vítor Teixeira, da Universidade Católica do Porto.





MAR DAS ESPECIARIAS - INTRODUÇÃO

Quando, em 1511, Francisco Serrão e António Abreu aportaram nas ilhas a que dariam o nome de Molucas, ignoravam certamente o peso da herança que ali iriam deixar para as gerações vindouras. De mero entreposto comercial entre o Ocidente e o Oriente, porto de mar na Rota do Sândalo, as ilhas das Sundas Menores e do mar de Banda, na Indonésia, tornaram-se num dos mais fortes e singulares bastiões do legado deixado pelos portugueses na sua epopeia marítima. O resultado de apenas cento e cinquenta anos de convivência entre portugueses e indonésios traduz-se, hoje, na cumplicidade e no carinho demonstrados pelos habitantes destas outrora «Ilhas do Trato» na presença de um lusitano.
A língua, a música, a dança, os trajes, as lendas, a arquitectura, as manifestações culturais e religiosas, a patronímica e a toponímia são os testemunhos mais evidentes da herança aí deixada pelo povo português há mais de trezentos anos, a qual não só sobreviveu à posterior colonização e hegemonia marítima holandesa mas que, acima de tudo, resistiu ao tempo. As culturas locais de ilhas como Flores, Ternate, Amboíno,Timor, Solor e Adonara assimilaram de uma forma profunda e a níveis diversos a cultura portuguesa que ainda nos dias de hoje é respeitada e acarinhada como fazendo parte da sua identidade.
Ao longo das várias viagens que realizei pelo Sudeste asiático, um privilégio a que a minha residência em Macau permitiu, visitei alguns desses locais. Fi-lo, porém, numa perspectiva de viajante, sem qualquer preocupação que não a de simples observação e usufruto directo do que experienciava. Entre os meses de Junho e Setembro de 2005 desloquei-me, uma vez mais, à Indonésia, desta feita com um objectivo preciso.
Fora-me concedida uma bolsa de curta duração pela Fundação Oriente para investigar traços da presença portuguesa nos seus mais diversos aspectos. As expectativas que tinha dessa viagem foram largamente ultrapassadas, mas o visto indonésio, que era apenas válido por um mês, foi um factor limitativo. Vi-me obrigado a fazer duas deslocações a Timor para, em Díli, na Embaixada indonésia, renovar a autorização. Esse intervalo forçado, numa ilha com ligações geográficas e histórico-culturais à região anteriormente visitada, permitiu-me recolher novos dados que me levariam a locais na Indonésia que não estavam previstos na minha calendarização inicial.
E foi precisamente devido a essa interligação que decidi dedicar algumas páginas à parte ocidental de Timor, que apenas percorri de autocarro, e à sua capital, Kupang, onde permaneci alguns dias. Como material de apoio e, de certa forma, como guia de viagem utilizei o livro de António Pinto da França, Portuguese Influence in Indonesia, publicado em 1970, em inglês, pela editora Gunung Agung, Jacarta, e posteriormente reeditado, em 1985, pela Fundação Calouste Gulbenkian, em português. Outros dois livros, o Tratado dos Descobrimentos, da autoria de António Galvão, e o Tratado das Ilhas Malucas, de autor anónimo, orientaram e enriqueceram não só o meu percurso como também a observação e interpretação das realidades com que me fui confrontando.
Pode dizer-se que essas obras serviram de fio condutor a investigações que ultrapassaram o âmbito inicial a que me propunha. Em termos formais, optei pelo diário de viagem intercalado com reportagem jornalística de cariz histórico, precisamente para poder chegar junto de um público mais vasto. Registei depoimentos, fiz entrevistas. Fotografei. Filmei. Gravei canções, orações e discursos em português arcaico. Compilei listas de palavras portuguesas ainda hoje utilizadas nos dialectos locais e em bahasa, a língua oficial da Indonésia. Reuni documentos com tradições orais que remontam ao século XVI. Testemunhei cerimónias pascais. Enfim, contactei de perto com as comunidades de luso-descendentes e com todas as que a elas me conduziram. Fiquei surpreendido com a quantidade e diversidade de vestígios da passagem dos portugueses, sendo o mais notório a quantidade de apelidos e palavras cuja sonoridade me era muito familiar. Foi graças a elas que me acerquei do que mais me interessava nessa viagem: as pessoas. Estas receberam-me com a avidez de quem tem algo para mostrar e contar, melhor dizendo, algo para preservar, se bem que o fizessem de um modo quase inconsciente.
Houve, no entanto, quem demonstrasse ser guardião de uma memória ancestral e colectiva, naquilo que entendi ser uma questão de sobrevivência.
Por diversas razões, muitos locais ficaram por visitar, mormente nas Celebes e nas Molucas. Locais como as ilhas de Halamera, Morotai, Makian, Bachan, Seram, Banda, Tanimbar, bem como toda a região de Manado, a norte das Celebes, teriam revelado elementos para os quais iria preparado, e estou certo das muitas surpresas que me esperariam. A sua descoberta, porém, terá de ficar para uma nova deslocação àquele arquipélago, uma tarefa que dará, porventura, matéria para uma outra narrativa. Assim o espero. Quanto ao trabalho resultante dessa viagem, considero-o um exercício de resgate de um espólio, não material, mas temporal e espiritual, que nos pertence e do qual devemos estar conscientes. Compete-nos, pois, participar na preservação dessa memória da cultura lusa, que assume aqui uma das suas formas mais resistentes.


Lisboa, 31 de Julho de 2008
Joaquim Magalhães de Castro




PREFÁCIO

De 1965 a 1970 estive como Encarregado de Negócios na Indonésia. Era então muito jovem e daí a inesgotável vitalidade que me animava e a devastadora curiosidade que me roía. Foi nesse «estado de graça» que mergulhei na Indonésia, estabeleci contactos, fiz amigos, viajei tanto quanto pude até às mais remotas paragens do país. Cedo comecei a deparar-me com palavras de origem portuguesa, algumas de saboroso gosto arcaico, de nomes próprios e apelidos cujo número ia aumentando constantemente. Depois veio a descoberta de música de raiz portuguesa, de canções, de trajes, de ruínas, de canhões, de preciosos objectos de culto religioso, alguns ainda do século XVI, que nós deixámos espalhados por todo aquele imenso arquipélago. Mas ainda mais impressionante terá sido descobrir os imponderáveis. De como estava viva a memória, entre o povo indonésio, mesmo entre os mais simples, de Portugal e dos portugueses. Quando sabiam donde vínhamos, festejavam--nos como se acabassem de encontrar um amigo antigo que não viam há muito tempo e punham-se logo a falar de coisas que recordavam, de acontecimentos remotos, de recordações materiais que por lá haviam ficado. E este fenómeno revelava-se ainda mais extraordinário quando dávamos conta que os contactos estreitos entre portugueses e indonésios se haviam interrompido séculos atrás e que muito os holandeses se haviam esforçado, no passado, por apagar todos os vestígios portugueses quer de carácter material quer de carácter espiritual. Face à descoberta de todas essas coisas, que sabia inteiramente desconhecidas em Portugal e constituíam portanto material «virgem», fui caindo num maravilhamento e comecei a anotar e a fotografar sistematicamente quanto encontrava que tivesse a marca da nossa passagem pela Indonésia.

Falava tantas vezes destas minhas demandas a amigos indonésios que a certa altura me convidaram para fazer uma conferência sobre o tema, o que aceitei. Posteriormente, face ao texto que preparara e às fotografias de que dispunha, veio-me à ideia que poderia tentar a publicação de uma obra que registasse as descobertas que fizera. Falei com editores indonésios que logo se mostraram entusiasmados e conseguiu-se o mecenato da Fundação Calouste Gulbenkian para a publicação da obra e, em 1969, saiu assim a primeira edição da Influência Portuguesa na Indonésia em inglês. Seria mais tarde reeditada pela Fundação Gulbenkian também em inglês, depois, já em 2001, em nova edição indonésia e em língua indonésia e, finalmente, em 2004 em português na editora Prefácio.


Bem consciente de que a voragem do tempo tudo vai diluindo, tentei bem cedo que fosse enviado à Indonésia alguém mais preparado que eu para melhor investigar os vários aspectos da herança portuguesa que eu tinha assinalado. Baldados esforços. Mais tarde, só após encerrado com a Indonésia o conflito em torno de Timor e a partir de 2006, a recém-formada ALIAC (Associação Luso-Indonésia de Amizade e Cooperação) teve oportunidade de enviar àquele país quatro missões de peritos que foram estudar as seguintes áreas: Raízes portuguesas da música das Flores e de Tugu (Professor João Soeiro de Carvalho); Inventariação do património português subsistente em Sica e Larantuca na ilha das Flores (Senhora Dona M.ª Helena Mendes Pinto); Fortalezas e armaria portuguesas nas Molucas (Dr. Manuel Lobato); Comunidade de Tugu, nas imediações de Jacarta (Dr.ª M.ª de Jesus Espada).


Verificou-se, como já seria de esperar, que a erosão do tempo, agravada pela aceleração da História que a globalização acarretou, havia já tido efeito nocivo na herança e na influência cultural portuguesa que eu havia detectado na Indonésia quarenta anos atrás.

Face a este quadro, muito é de louvar a obra de Joaquim Magalhães de Castro, que agora se publica. Impulsionado por uma viva curiosidade, com um notável espírito de aventura, a minha obra acima referida a servir-lhe de guia, meteu-se a caminho através de longínquas regiões da Indonésia, onde ainda se viaja como em tempos remotos, na paixão de reencontrar os vestígios portugueses. Chegou mesmo a locais onde, para minha inveja, nunca consegui ir. O texto é construído de uma forma muito original, um misto de diário e entrevistas, que torna a obra muito viva e atraente. Com que prazer se navega neste mar das especiarias! Mas, acima de tudo, esta obra tem o grande mérito de mais uma vez chamar a atenção dos portugueses para um património precioso que lamentavelmente anda tão esquecido. Portugal ignora e menospreza o prestígio de que ainda goza na Ásia, difícil de explicar para país tão pequeno e séculos decorridos após a nossa presença naquele continente. Para além de nada fazermos para preservar laços milagrosamente prevalecentes, nós vimos perdendo também oportunidades e vantagens em termos económicos.

Lisboa, 16 de Dezembro de 2008
António Pinto da França



PREFÁCIO

O folhear das páginas do livro de Joaquim Magalhães de Castro Mar das Especiarias proporciona um impressivo relato das mil e uma aventuras deste português que, no despontar do Século XXI, se meteu intrepidamente pelo mar fora, seguindo as peugadas de muitos dos nossos antepassados, com o objectivo de encontrar vestígios por eles deixados no fabuloso arquipélago das especiarias que hoje constitui a República da Indonésia.


O autor confronta-se — e confronta-nos — ora com testemunhos vivos da nossa História ora com «estórias» que as brumas do tempo transformaram em quase realidade, permanecendo vivas no imaginário colectivo dos povos dessas longínquas paragens.

Partilhando as extraordinárias experiências do autor, o livro constitui um aliciante convite à aventura e à descoberta do que Portugal levou aos povos das ilhas indonésias — e do que também deles trouxe. Mas ainda nos interpela, como apelo à urgência de um trabalho técnico-científico de fundo, concertado entre especialistas indonésios e portugueses, que não deixe perder-se para sempre o que ainda resta dos traços daquelas decisivas passadas no processo de globalização económica e cultural de um mundo que, de repente, se tornara redondo...

Deliciam as conversas que espontaneamente suscitam comparações e conduzem à revelação de semelhanças em termos tão comuns como serdadu (soldado), almari (armário), kondi (conde), manina (menina), joget (joguete) ou tanjidor (aquele que tange um instrumento). Extasia o cuidado e empenho que Edmundus Pareira terá posto na redacção do discurso de boas-vindas ao Embaixador de Portugal em Jacarta!

Foi com indizível prazer, embora roída de saudades das paisagens e gentes da Indonésia, que devorei o relato do saltitar a que o autor se sujeitou, ao longo de quase sete mil quilómetros de mar e ilhas, transpondo inevitáveis e incontáveis dificuldades físicas e logísticas. Joaquim Magalhães de Castro foi muito além de anteriores cronistas, na insaciável curiosidade, na avidez de descobrir e na capacidade de registar. Ele faculta-nos hoje, quando estão prestes a completar-se 500 anos após a chegada dos primeiros portugueses àquelas paragens, um extensivo trabalho de recolha, não só dos testemunhos vivos do nosso ancestral destemor do desconhecido, como da nossa vocação para reconhecer o Outro e para estabelecer pontes de partilha de saberes, experiências e interesses.

Guardo como tesouro a recordação e as fotografias dos caminhos que percorri, das personagens com quem me cruzei, dos costumes e tradições que descobri ou reconheci, desde Lamno, na ponta do Aceh, em Samatra, a Atambua, em Timor Ocidental; passando por Java, Bali, Lombok, Sumbas, Celebes, Flores, Molucas e o Bornéu. Caminhos por onde Joaquim Magalhães de Castro se aventurou também, em deambulação que o levou muito mais longe e que explorou muito mais a fundo. A minha missão na Indonésia durou apenas quatro curtos anos, entre 1999 e 2003, com obrigações que me impediam o afastamento prolongado de Jacarta. O admirável relato das explorações de Joaquim Magalhães de Castro espicaça-me o desejo de um dia voltar, mais liberta e demoradamente, para desfrutar do prazer de me entranhar de novo no verde de palmeiras e arrozais, nos azuis de céus e mares, na altura fumegante dos vulcões e na planura das povoações acolhedoras, para saborear mais conversas com mulheres e homens de outras culturas e línguas que, contra ventos e marés, cuidam de preservar a memória que, sabem, lhes alargou os horizontes: a de Portugal e dos antigos portugueses.

Bruxelas, 29 de Janeiro de 2009
Ana Gomes
Eurodeputada e ex-Embaixadora de Portugal em Jacarta

Apresentação e debate sobre o projecto educativo da Escola da Ponte na Vila das Aves (dia 4 de Fev., às 21h30, na livraria-bar Gato Vadio)



Fazer a Ponte – projecto educativo da Escola da Ponte

Apresentação e debate com a presença de membros da Escola da Ponte

Quinta-feira, dia 4 de Fevereiro, 21h30

Gato Vadio


No passado domingo, a mais alta figura do Estado, ele próprio representante da democracia em que vivemos, reclamou da necessidade de plantarmos “a semente de um novo espírito de cidadania”. Falou também em “virtude da política democrática”. A 30 km do palco que serviu de base a mais um discurso de retórica, vivem e estudam 175 crianças, com idades entre os 5 e os 16 anos, que dariam uma lição sobre o que é a virtude real da democracia quando ela é realmente vivida e experimentada por todos num processo colectivo. Falamos das crianças que fazem a Escola da Ponte. Nenhum outro projecto escolar conhecido plantou tão duradouramente em Portugal “a semente de um novo espírito de cidadania” como a Escola de Vila das Aves. Onde estão as outras pontes pelas escolas do país? Por que razão não se plantam mais pontes na rede educativa?


A convite da Gato Vadio, a Escola da Ponte virá apresentar o seu projecto educativo e ajudar-nos a responder a algumas perguntas.

Um só exemplo deveria chegar para acabar com tanta retórica? Ou nós, sociedade, alunos e professores, temos medo da democracia e preferimos antes uma pálida representação dela?


A Escola da Ponte foi fundada em 1976. Encontra-se numa área aberta em Vila das Aves. Os alunos formam grupos heterogéneos, não estando classificados, agrupados ou distribuídos por turmas nem por anos de escolaridade que, na prática, não existem. Não há salas de aula mas sim espaços de trabalho, onde não existem lugares fixos. Essa subdivisão foi substituída, com vantagens, pelo trabalho em grupo heterogéneo de alunos. Do mesmo modo, não há um professor encarregado de uma turma ou orientador de um grupo; em vez disso, todos os alunos trabalham com todos os orientadores educativos.

Dos princípios fundadores que orientam a escola e todos aqueles que dela fazem parte, salientamos dois:

“A intencionalidade educativa que serve de referencial ao projecto Fazer a Ponte orienta-se no sentido da formação de pessoas e cidadãos cada vez mais cultos, autónomos, responsáveis e solidários e democraticamente comprometidos na construção de um destino colectivo e de um projecto de sociedade que potenciem a afirmação das mais nobres e elevadas qualidades de cada ser humano.”

“A Escola não é uma mera soma de parceiros hieraticamente justapostos, recursos quase sempre precários e actividades ritualizadas – é uma formação social em interacção com o meio envolvente e outras formações sociais, em que permanentemente convergem processos de mudança desejada e reflectida.”

Por sugestão da Escola da Ponte, pedimos às pessoas interessadas que enviem via email questões que gostassem de ver respondidas no dia da apresentação. Como o tempo não chegará para tudo, pensemos já em organizar uma visita à escola, visita, como habitualmente, guiada pelos alunos.


Sugestão de livros
Escola da Ponte– Formação e Transformação em Educação - Autor Prof.José Pacheco
A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir.- Autor Rubem Alves

Saber mais sobre a Escola da Ponte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_da_Ponte
http://www.eb1-ponte-n1.rcts.pt/html2/portug/local/local.htm
Projecto educativo da Escola da Ponte:
http://www.eb1-ponte-n1.rcts.pt/documen/projecto.pdf
http://amigosdaescoladaponte.blogspot.com/



Livraria-bar-Galeria Gato Vadio
http://gatovadiolivraria.blogspot.com/
Rua do rosário, 281 – Porto
telefone: 22 2026016
email: gatovadio.livraria@gmail.com

horário:
Tarde:
quinta a domingo das 15h - 19h30

Noite:
terça a domingo das 21h - 00h59

encerramos à segunda-feira

Jantar Popular e projecção do filme Jana Sanskriti, seguido da apresentação do grupo de teatro de intervenção no Centro Social do GAIA(dia 4, às 20h)



Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 2010, no Centro Social do GAIA:


20h - Jantar Popular

O que é o Jantar Popular?

- Um Jantar comunitário vegano e LIVRE DE OGMs que se realiza todas as Quintas-feiras no Grupo Desportivo da Mouraria

- Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários do Centro Social do Jantar. Para colaborar, cozinhar, montar a sala basta aparecer a uma Quinta-feira a partir das 16h30.

- Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do Centro Social do GAIA que mantém assim a sua autonomia.

- Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço normal são 3 euros.

- Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.

- Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente



22h - "JANA SANSKRITI - Um Teatro em Campanha"
Filme de Jeanne Dosse (52min)
Hoje, mais de mil camponeses indianos decidiram não tolerar mais os problemas da sociedade indiana: o patriarcado, a corrupção e, pior ainda, a indiferença. Para essa luta, eles escolheram um instrumento inesperado: o teatro.


23h - Apresentação do Grupo de Teatro de Intervenção do GAIA.

Localização do Centro Social do GAIA:
http://gaia.org.pt/node/14965

Exposição «Zeca Afonso, andarilho, poeta e cantor» na junta de freguesia de Vila das Aves (Sto Tirso) de 3 a 20 de Fevereiro



Clicar por cima da imagens para ler em detalhe


Café com Contos (todas as 6ªs feiras de cada mês) é já no próximo dia 5 de Fevereiro às 21h. em Campo de Ourique ( Lisboa)



O Café com Contos do Quarto da Lua passou a ser todas as primeiras 6ª feira de cada mês, e já não as 4ª. isso para dar a possibilidade a mais pessoas de vir, para não por a pressa de um dia da semana numa iniciativa que é contraria por estatuto a pressa e para começar todos bem o fim de semana, com histórias e partilhas.



Rua Almeida e Sousa, nº25 cave

1350-007 Lisboa





“A nossa casa é todo o mundo, falta só pôr o telhado.”




Convidam-se todos, e aos amigos de todos, a participar no próximo Café com Contos, o de Fevereiro, que será dia 5 as 21h00 no Quarto da Lua, em Campo d'Ourique (ver abaixo o mapa do local, a partir do Rato, para não vos perder).


Como de costume será uma noite de contos e de partilha, de palavras e de gargalhadas para graúdos, apesar de, provavelmente, haver contos também chamados infantis, mas que afinal podem ser para graúdos na mesma.




Vamos contar histórias, todos os da equipa do Quarto da Lua, os astronautas, e também todos os do público que irão aceitar o desafio de montar naquela cadeira alta. por isso se têm contos, histórias e palavras para partilhar, força, apareçam! ... se têm medo das alturas (como a da cadeira) apareçam para ouvir os outros contos e para a companhia (na Itália dizem que "para a companhia casou-se até um padre!"

Livraria Letra Livre abre espaço na Galeria Zé dos Bois (ZDB), em Lisboa








Livraria Letra Livre na Galeria Zé dos Bois


Instalada num edifício do século XVIII no Bairro Alto, na rua da Barroca, a Galeria Zé dos Bois desenvolve actividades multidisciplinares da pintura ao teatro e à música.

Nesta galeria a Livraria Letra Livre irá assumir um espaço livreiro nocturno dedicado à literatura, arte e ciências humanas, com especial destaque para as pequenas editoras independentes, mantendo os mesmos princípios de trabalho livreiro da Calçada do Combro.


Na Letra Livre - ZDB poderão os leitores encontrar as obras de referência e, ainda, os livros proibidos, esquecidos, esgotados e escondidos, os autores malditos e os clássicos, embora previsivelmente não encontrem lá as várias toneladas do lixo editorial actual, facilmente disponível em muitos outros lugares.


A Letra Livre - ZDB funcionará de 4ª a Sábado, das 18h às 24hPara abertura deste espaço no dia 4 de Fevereiro, às 21h, convidamos todos os nossos amigos e clientes.


http://www.letralivre.com/




Galeria Zé dos Bois
Rua da Barroca, 59
1200-049 Lisboa portugal

Ciclo de cinema sobre a expansão do betão ( 4, 11, 18 e 25 de Fevereiro, na Casa da Horta, com visita ao Vale do Coronado no dia 28)

A especulação imobiliária, a dificuldade para ter ou manter uma habitação digna, a necessidade dos vizinhos e vizinhas em associarem-se para poderem defender os seus direitos, o direito de defender o uso social e comunitário dos espaços da cidade… serão alguns dos temas abordados neste ciclo de cinema da Casa da Horta.

Apareçam e tragam um/a amigo/a!



Dia 4 de Fevereiro – quinta-feira – 21h45

Episódio “Não nos farão sair”, da série televisiva “Verão Azul”, de Antonio Mercero


60 min, original castelhano, legendado em português

“Verano Azul” é uma série da televisão espanhola, produzida no início dos anos 80 e que foi também transmitida em Portugal.

Uma série que narra as aventuras e desventuras de um grupo de jovens, Tito, Bea, Desi, Piraña, Pancho, Javi, Quique, Julia e Chanquete, que se conhecem durante as férias de Verão na cidade de Nerja, em Málaga. A adolescência, a ecologia, a velhice, a morte, os valores éticos, as relações familiares, etc., são alguns dos temas que fazem parte desta série. Na época, em Espanha a série rompeu com os padrões de televisão, falando abertamente questões delicadas como o divórcio e como a especulação imobiliária, por exemplo.

E é o episódio que retracta a especulação imobiliária que vamos projectar na Casa da Horta, abrindo o ciclo “A expansão do betão”. No episódio, a canção “Del barco de Chanquete no nos moverán…” teve tanto impacto que ainda hoje em manifestações espanholas se grita ao som dessa melodia!!!




Dia 11 de Fevereiro – quinta-feira – 21h45

A Tornallom, de Enric Peris e Miguel Castro, 2006

48 minutos, original valencià, legendado em português

“A Tornallom” é um documentário sobre a luta da horta de La Punta (Valencia, Espanha).

A cidade de Valencia continua a crescer de maneira irracional. A ampliação do porto marítimo pretende eliminar outra zona agrícola: “La Punta”, onde os moradores organizam-se e lutam por permanecerem na sua terra e preservarem o seu modo de vida. Depois de 3 anos de assédio e desgaste, decidem convidar jovens de diferentes colectivos da cidade a viver em “La Punta”, okupando casas que entretanto ficaram vazias.

“A Tornallom”, que na linguagem da agricultura significa intercâmbio de trabalho sem dinheiro, narra a luta que “novos moradores” e “moradores de toda a vida” empreendem em comum na defesa da “la huerta de La Punta”.



Dia 18 de Fevereiro – quinta-feira – 21h30

A estratégia do caracol, de Sergio Cabrera


107 minutos, original colombiano, legendado inglês

“La estrategia del caracol”, filme de 1993, dirigido e produzido pelo realizador colombiano Sergio Cabre, é uma comédia-dramática e um relato de ficção sobre a liberdade e a solidariedade, uma metáfora do mobbing imobiliário, inspirada num acontecimento real. O filme aborda o fosso entre ricos e pobres em Bogotá e as suas interacções num sistema social altamente estratificado. Muitas pessoas vivem numa casa okupada, e depois de vários anos de uma vida sossegada, o proprietário da casa quer desalojá-los. Os moradores tentam tudo o que podem para evitar o desalojo, mas sem sucesso. Mas um deles pensa numa maneira de salvar, pelo menos, a dignidade de cada um deles…

Info:
http://www.imdb.com/title/tt0109747

http://www.youtube.com/watch?v=kjXMCo-h2vo&feature=related




Dia 25 de Fevereiro – quinta-feira – 21h30

Visionamento de pequeno vídeo sobre o Vale do Coronado

Apresentação da APVC (Associação para a Protecção do Vale do Coronado)


A APVC é uma associação ambientalista, activa na Vila do Coronado (Trofa, Grande Porto), sem fins lucrativos, que promove acções de Educação e Sensibilização Ambiental.

O Vale do Coronado é um belo e fértil vale agrícola às portas do Porto, repartido entre os concelhos da Maia e, sobretudo, Trofa. No entanto, apesar desses terrenos estarem originariamente protegidos pela Reserva Agrícola Nacional, a administração central decidiu localizar aí uma plataforma logística de 160 hectares, que, a concretizar-se (incluindo as estradas de acesso), betonizaria o vale, destruiria diversas propriedades agrícolas em plena laboração e o modo de vida e de sustento de numerosos agricultores.

Venham conhecer a luta pela qual se debateu esta associação em torno da protecção do vale.




Dia 28 de Fevereiro – domingo – 10h30

Visita ao Vale do Coronado






Casa da Horta, Associação Cultural e restaurante vegetariano

Rua de São Francisco, 12A4050-548 Porto

(Perto da Igreja de São Francisco e Mercado Ferreira Borges)


Tel: 222024123 / 965545519


Horário:
Terça a Sexta das 16h ás 24h
Sábados das 12h ás 24h
Encerrado: segundas, domingos e feriados