13.10.10

Otelo Saraiva de Carvalho deu uma palestra em Ferrol ( Galiza) sobre o 25 de Abril

Fonte: Diário Liberdade

No passado dia 8 de Outubro, a cidade galega de Ferrol acolheu a visita de Otelo Saraiva de Carvalho, um dos protagonistas principais da sublevação militar que levou à queda do regime fascista em Portugal em 25 de Abril de 1974.

Convidado pela Associaçom Cultural Lefre de Caldereta, o veterano militar português descreveu a génese e o desenvolvimento da chamada Revolução dos Cravos.

O Diário Liberdade esteve na sala onde Otelo demonstrou a sua capacidade oratória e a fidelidade às ideias que o levaram a protagonizar um dos grandes eventos sociais do Século XX.

A seguir, apresentamos o áudio resultante da nossa gravação da palestra de Otelo:

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Otelo Saraiva de Carvalho (Lourenço Marques, 31 de Agosto de 1936) é um ex-militar português, estratega do 25 de Abril.


Foi capitão em Angola de 1961 a 1963 e também na Guiné entre 1970 e 1973, sendo um dos principais dinamizadores do movimento de contestação ao Decreto Lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães e ao MFA.

Era o responsável pelo sector operacional da Comissão Coordenadora do MFA e foi ele quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha.

Graduado em brigadeiro, foi nomeado Comandante-adjunto do COPCON e Comandante da região militar de Lisboa a 13 de Julho de 1974, tendo passado a ser Comandante do COPCON a 23 de Junho de 1975 . Foi afastado destes cargos após os acontecimentos de 25 de Novembro de 1975.

Fez parte do Conselho da Revolução desde que este foi criado, a 14 de Março de 1975, até Dezembro de 1975.

A partir de 30 de Julho do mesmo ano integra, com Costa Gomes e Vasco Gonçalves, o Directório, estrutura política de cúpula durante o V Governos Provisório na qual os restantes membros do Conselho da Revolução delegaram temporariamente os seus poderes (mas sem abandonarem o exercício das suas funções).

Foi candidato em 1976 nas eleições para Presidente da República em 1976, onde recolheu cerca de 20% dos sufrágios, tendo criado em 1980 o partido Força de Unidade Popular (FUP), voltando a concorrer às eleições presidenciais de 1980.

Na década de 1908 foi preso e acusado de liderar a organização das Forças Populares 25 de Abril que tinham realizado várias acções violentas.

Em 1985, foi julgado e condenado, tendo apresentado seguidamente recurso, ficando a aguardar julgamento em liberdade provisória.

Em 1996 a Assembleia da República aprovou o indulto, seguido de uma amnistia para os condenados do Caso FP-25