22.9.10

A preservação cultural como estratégia de militância social - Seminário no CES (dia 23 de Set. em Coimbra) sobre a ONG João Pequeno de Pastinha


Seminário
Preservação cultural como estratégia de militância social - O caso da ONG João Pequeno de Pastinha e sua ação através da Capoeira Angola

23 de Setembro de 2010, 18.30, Sala de seminários do CES, Coimbra


Seminário do Núcleo de Estudos de Democracia, Cidadania Multicultural e Participação

Utilizando da capoeira angola como um bem cultural promotor de formação para a cidadania, a ONG – João Pequeno de Pastinha é fundada com a missão de Preservar a cultura afro-brasileira, através da Capoeira Angola sob a técnica de Mestre João Pequeno de Pastinha e demais manifestações artísticas, utilizando-as como elemento de mudança sócio-educativa e inclusão social.

A intervenção social da instituição se dá tanto através de seu projeto central intitulado Projeto João e Maria Capoeira Angola e Cidadania, como pelo trabalho cultural que é desenvolvido. O projeto social destacado busca fornecer gratuitamente a crianças da comunidade do Nordeste de Amaralina, em Salvador, Bahia, Brasil, uma formação centrada na capoeira angola associada a seminários e cursos esporádicos tendo em vista fornecer instrumentos à concretização de uma cidadania crítica e ativa. A militância cultural encontra-se presente no modo em como é afirmada a capoeira angola como uma prática cultural que traduz um conhecimento acumulado e produzido historicamente pela população de ascendência africana em solo brasileiro. Saber, este, pautado na oralidade e ancestralidade, cuja referência e fonte de conhecimento é o Mestre João Pequeno de Pastinha que aos 92 anos de idade tem seu saber reconhecido por dois títulos de doutor honoris causa concedidos por duas universidades públicas brasileiras, a Universidade Federal de Uberlândia e a Universidade Federal da Bahia.


Nota biográfica

Mestre Faísca, registrado civilmente sob o nome de Luís Roberto Ricardo, é diretor-presidente da ONG João Pequeno de Pastinha e atua há mais de 20 anos na comunidade do Nordeste de Amaralina promovendo a capoeira angola como veículo de promoção de justiça social. Possui uma longa trajetória de militância pelo reconhecimento social da cultura afro-brasileira que abarca intervenções em regiões desfavorecidas de diversas cidades brasileiras. Atualmente coordena iniciativas destinadas a propagar a capoeira angola nas cidades de Salvador, Florianópolis e São José do Rio Pardo, no Brasil; em Montevidéo, no Uruguai; em Coimbra, em Portugal; em Madrid, na Espanha; e em Bruxelas, na Bélgica. A especificidade do trabalho dirigido por Mestre Faísca encontra-se no compromisso em propagar a capoeira segundo a concepção de Mestre João Pequeno de Pastinha, mestre do qual é discípulo e de quem recebe as orientações e ensinamentos
necessários à perpetuação desta prática ritual ancestral de matriz afro-brasileira.