potencial espaço/objectos degradados
street art / urban art / intervenção urbana
Acção!
Faz tu mesmo
2D + 3D
cinema não convencional
narrativa non sense
music / noise / sound
tipografia
YOUTH ATTACK
disfuncionalidade cerebral
A TOCA é um projecto interventivo e multidisciplinar que se foca essencialmente na temática do espaço. Reflecte sobre a potencialidade do lugar enquanto obra especifica. É um projecto que propõe uma alternativa de reestruturação do palco criativo, pela tentativa de conciliar meios e pessoas conscientes da importância do espaço morto e vedado ao cidadão comum. Assim, pretendemos criar uma rede alternativa de espaços ocupados e reutilizados, independentemente da natureza, dimensão ou utilidade dos mesmos.
Todas as areas interventivas são exploradas pela TOCA, pois esta não pretende afirmar-se artisticamente de forma isolada mas antes ser a receita de um conjunto de parcerias e relações com os demais projectos artisticos/culturais da cidade. O processo activo na recuperação dum espaço é para nós obra em si mesmo, sendo que a degradação é um fenomeno de mutação fisica único, no qual a contaminação organica e residual modifica a matéria, sendo este momento criativo que fundamenta a nossa actividade.
Mais do que suscitar o debate público, a TOCA incita á acção, invocando-a como válida por si, pois será sempre com o intuito de mobilizar o espaço público/privado que a criação ganha sentido, consideramos o acto interventivo indissociavel do acto reflectivo, isto é, que fazer é necessariamente pensar.
O projecto, embora nómada, pretende ter um ponto forte de apoio e é neste sentido que pretendemos continuar a trabalhar na Casa numero 61 da rua das Oliveiras, espaço com 3 séculos de existência, palco da intervenção diaria dos últimos 7 meses. Com este espaço pretendemos criar uma ancora para todo o projecto, um centro activo das artes, que possibilite á cidade do Porto um ponto de encontro entre projectos e vanguardas.
Nas ultimas semanas o nosso trabalho focou-se essencialmente na luta pela restruturação do jardim/horta. Contamos com 2000 metros quadrados de área verde, nos quais foi feito um enorme trabalho. Da década de abandono ao qual este espaço esteve sujeito, não era possível sequer a passagem de um ponto para o outro, as árvores, invisíveis por arbustos e silvas, alimentavam-se sobretudo de ácidos fortes, provenientes de uma fábrica de Candeeiros que neste terreno fez os seus despejos durante quase 20 anos.
Este espaço foi lavrado, tratado e plantado, encontra-se agora amplo e existem duas áreas destintas em desenvolvimento, uma horta e um jardim. Foram plantadas novas árvores e demos inicio á combustagem de residuos órganicos. Criamos uma semana de intervenção aberta que apesar de tudo foi bastante impossibilitada pela chuva. É por isso que vos propomos agora uma nova data em que para além do trabalho no campo, exista também uma jam a durar todo o dia onde se procurem utilizar instrumentos feitos ao longo do dia com os lixos ainda existentes no espaço. Apesar do nosso esforço, ainda são feitos despejos neste espaço e é com o intuito de provar a sua utilidade que vos convidamos a todos a aparecer, apoiar e utilizar.
Tragam-nos ideias, sementes e ajudem a divulgar porque trabalho de campo não é pêra doce.