16.4.09

Seminário sobre pensamento crítico contemporâneo: a Economia para além da Economia (de 7 de Maio a 11 de Junho, no ISCTE)

SEMINÁRIO PENSAMENTO CRÍTICO CONTEMPORÂNEO: A ECONOMIA PARA ALÉM DA ECONOMIA

de 7 de Maio a 11 de Junho de 2009

ISCTE
Auditório B203 (Edifício II)
2ªs e 5ªs das 19h às 20h30
metro: Entrecampos Cidade Universitária

Inscrição necessária, lugares limitados!

Organização:
CRIA - Centro em Rede de Investigação em Antropologia
unipop -
www.u-ni-pop.blogspot.com

A presente crise convida a um debate acerca do económico que convoque diferentes tradições teóricas das ciências sociais e do pensamento político. A unipop, no seguimento dos seminários de introdução ao pensamento crítico contemporâneo, e o CRIA, centro em rede de investigação em antropologia, promovem um encontro mais demorado com a economia, interrogando os próprios limites da divisão entre económico, político, social e cultural. Através do percurso de vários autores e tradições, o seminário procurará debater a economia a partir de um lugar onde teoria social, pensamento económico, filosofia, antropologia e história dos movimentos sociais se revelem indissociáveis. O seminário está aberto à frequência de todas e todos que por ele se interessem, não sendo necessário qualquer tipo de qualificação académica ou profissional. A fim de um melhor aproveitamento das sessões, será distribuído material de leitura aos inscritos.


Inscrições: unipopeconomia@gmail.com
Preço: 15€

Os 15€ dão direito a entrada em todas as sessões, assim como acesso a material de leitura. Será emitido certificado de participação.

A possibilidade de inscrição em sessão avulsa está limitada ao número de lugares disponíveis em cada sessão e não é susceptível de reserva prévia. Neste caso, o custo é de 4€ por sessão.



*************************

Programa


7/5: a produção em deleuze e guattari
[sessão de abertura, entrada excepcionalmente livre]
por maurizio lazzarato

11/5: a dádiva em marcel mauss
por filipe reis

14/5: a grande transformação de karl polanyi
por francisco louçã

18/5: ben fine e os mundos do consumo
por emília margarida marques

21/5: foucault, governamentalidade e liberalismo
por josé luís câmara leme

25/5: a economia política alemã em georg simmel
e max weber
por josé luís garcia

28/5: a moeda viva de pierre klossowski
por josé bragança de miranda

1/6: harold innis e a economia política dos media
por filipa subtil

4/6: operários e capital de mario tronti
por ricardo noronha

8/6: david harvey, economia e espaço
por hugo dias

11/6: karl marx crítico de friedrich list
por josé neves


Apoios: NúMENA AEFCSH AEISCTE ATTAC-PORTUGAL Antígona


Apresentação dos conferencistas

Maurizio Lazzarato é sociólogo e filósofo, membro do Labaratoire Matisse-Isys (Universidade Paris 1) e da direcção da revista Multitudes. Entre as suas áreas de interesse estão os movimentos precários, a relação entre trabalho e arte, Gilles Deleuze, Gabriel Tarde. Recentemente publicou Intermittents et Précaires (com Antonella Corsani) e Puissances de l’invention. La psychologie économique de Gabriel Tarde contre l’économie politique.

Filipe Reis é antropólogo, investigador do CRIA e professor no ISCTE, onde lecciona disciplinas na área da antropologia económica e da antropologia dos media, áreas nas quais tem publicado vários trabalhos. Realizou uma tese de doutoramento intitulada Comunidades Radiofónicas. Um estudo Etnográfico sobre a rádio local em Portugal.

Francisco Louçã é economista, professor no ISEG-UTL, deputado ao parlamento português e coordenador do Bloco de Esquerda. Tem desenvolvido investigação a nível da história da economia e da teoria dos ciclos. Entre outros, publicou Das Revoluções Industriais à Revolução da Informação (com Chris Freeman) e Turbulência na Economia.

Emília Margarida Marques é antropóloga, investigadora do CRIA. Realizou o seu doutoramento em 2003, com uma tese intitulada Conduzir a máquina, construir o trabalho. Sobre usos sociais da matéria. Tem vários trabalhos publicados acerca de trabalho, indústria e técnicas, cultura material e consumos.

José Luís Câmara Leme é filósofo, professor na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Técnica de Lisboa, onde lecciona disciplinas nas áreas da Filosofia da Técnica e da Filosofia da Ciência. Doutorou-se em filosofia com uma tese acerca de Michel Foucault, sobre o qual tem vários trabalhos publicados. Tem igualmente trabalhado a obra de Hannah Arendt.

José Luís Garcia, sociólogo e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, tem-se dedicado, entre outras matérias, ao estudo da ciência e tecnologia contemporâneas. Entre outras publicações, co-editou recentemente o livro Razão, Tempo e Tecnologia - Estudos em Homenagem a Hermínio Martins.

José Bragança de Miranda é sociólogo, professor na FCSH-UNL e professor convidado na Universidade Lusófona. As suas principais áreas da investigação são cibercultura, cultura, comunicação e media. Entre outros, publicou Queda sem fim, Teoria da Cultura e, mais recentemente, Corpo e Imagem.

Filipa Subtil é socióloga e professora na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa. A sua principal área de investigação é a sociologia dos media e a teoria da comunicação. Tem trabalhado a obra de Harold Innis e publicou recentemente Compreender os media. As extensões de Marshall McLuhan.

Ricardo Noronha é historiador, investigador do Instituto de História Contemporânea da FCSH-UNL. Realiza actualmente uma investigação de doutoramento acerca da nacionalização da banca em Portugal durante o período revolucionário.

Hugo Dias é sociólogo, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde realiza actualmente o seu doutoramento sobre sindicalismo e movimentos sociais, área onde tem publicado os seus trabalhos.

José Neves é historiador, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde realiza actualmente pós-doutoramento. Tem-se dedicado ao estudo dos nacionalismos e à história do comunismo. Publicou recentemente Comunismo e Nacionalismo em Portugal – Política, Cultura e História no Século XX.