Três anos depois
Lembrando Gisberta: Identidade de Género e Cidadania
Organização: Grupo de Reflexão e Intervenção do Porto (GRIP)
Dia 21 de Fevereiro, 15:30h, no Clube Literário do Porto, rua Nova da Alfândega, n.º 22, Porto, sala Piano-bar
Entrada livre
Em Fevereiro de 2006, Gisberta Salce Júnior foi encontrada morta numa obra abandonada no coração do Porto. Era mulher, transsexual, e excluída.
Foi insultada, humilhada, agredida e violentada ao longo de vários dias, e finalmente atirada para um poço onde morreu afogada. Os responsáveis foram um grupo de 14 adolescentes entre os 12 e 16 anos de idade. A maioria deles estava ao cuidado da mesma instituição de acolhimento de menores tutelada pela Igreja Católica.
Exposto o caso, os responsáveis pela morte de Gisberta foram julgados no Tribunal de Família do Porto. A sentença considerou que ela não tinha sido vítima de homicídio, antes o seu cadáver – ainda vivo – ocultado; o motivo não foi determinado, mas o tribunal excluiu a possibilidade de se tratar de transfobia. Afirmou também que o que se tinha passado tinha sido 'uma brincadeira de mau-gosto que correu mal'.
Gisberta nunca foi reconhecida como mulher pelo Estado português, e foi essa mesma falta de reconhecimento que não a deixou ser cidadã. A sua morte bárbara foi o ponto final que pôs a descoberto a exclusão sobre a qual foi forçada a construir toda a sua vida.
Três anos depois, nada mudou: o estado português continua a recusar-se a reconhecer a identidade e cidadania das pessoas transsexuais, e nenhum partido apresentou qualquer proposta de Lei de Identidade de Género.
Cabe a nós, aos cidadãos e à sociedade civil, denunciar a mais extrema forma de violação dos direitos humanos – a supressão da própria identidade e cidadania – e exigir a mudança.
Dia 21 de Fevereiro, às 15:30h, juntem-se a nós – para que não nos esqueçamos, e para que nunca mais façam Gisbertas de qualquer um de nós!
Oradores
dr. Nuno Carneiro - psicólogo, investigador, activista LGBT independente
dr. João Tavares - interno de psiquiatria do Hospital de Júlio de Matos
dr. Ricardo F. Diogo – advogado estagiário
GRIP: Luísa Reis
Moderação: dr.ª Salomé Coelho, doutoranda em Estudos Feministas
Lembrando Gisberta: Identidade de Género e Cidadania
Organização: Grupo de Reflexão e Intervenção do Porto (GRIP)
Dia 21 de Fevereiro, 15:30h, no Clube Literário do Porto, rua Nova da Alfândega, n.º 22, Porto, sala Piano-bar
Entrada livre
Em Fevereiro de 2006, Gisberta Salce Júnior foi encontrada morta numa obra abandonada no coração do Porto. Era mulher, transsexual, e excluída.
Foi insultada, humilhada, agredida e violentada ao longo de vários dias, e finalmente atirada para um poço onde morreu afogada. Os responsáveis foram um grupo de 14 adolescentes entre os 12 e 16 anos de idade. A maioria deles estava ao cuidado da mesma instituição de acolhimento de menores tutelada pela Igreja Católica.
Exposto o caso, os responsáveis pela morte de Gisberta foram julgados no Tribunal de Família do Porto. A sentença considerou que ela não tinha sido vítima de homicídio, antes o seu cadáver – ainda vivo – ocultado; o motivo não foi determinado, mas o tribunal excluiu a possibilidade de se tratar de transfobia. Afirmou também que o que se tinha passado tinha sido 'uma brincadeira de mau-gosto que correu mal'.
Gisberta nunca foi reconhecida como mulher pelo Estado português, e foi essa mesma falta de reconhecimento que não a deixou ser cidadã. A sua morte bárbara foi o ponto final que pôs a descoberto a exclusão sobre a qual foi forçada a construir toda a sua vida.
Três anos depois, nada mudou: o estado português continua a recusar-se a reconhecer a identidade e cidadania das pessoas transsexuais, e nenhum partido apresentou qualquer proposta de Lei de Identidade de Género.
Cabe a nós, aos cidadãos e à sociedade civil, denunciar a mais extrema forma de violação dos direitos humanos – a supressão da própria identidade e cidadania – e exigir a mudança.
Dia 21 de Fevereiro, às 15:30h, juntem-se a nós – para que não nos esqueçamos, e para que nunca mais façam Gisbertas de qualquer um de nós!
Oradores
dr. Nuno Carneiro - psicólogo, investigador, activista LGBT independente
dr. João Tavares - interno de psiquiatria do Hospital de Júlio de Matos
dr. Ricardo F. Diogo – advogado estagiário
GRIP: Luísa Reis
Moderação: dr.ª Salomé Coelho, doutoranda em Estudos Feministas