Modelo de carta a enviar aos amigos e às pessoas dos nossos contactos a comunicar que desiste e abandona definitivamente o seu telemóvel:
Caros amigos,
Porque não gosto de ver todas essas antenas de rede telemóvel a desfigurar a paisagem urbana e o horizonte visual do espaço natural
Porque é-me desagradável estar permanentemente contactável
Porque estou farto de ser interrompido nas minhas conversas ou tempos de contemplação e reflexão pelos toques irritantes dos aparelhos de telefone portátil
Porque não suporto mais fazer parte daquele tipo de pessoas que, julgando-se nas suas próprias casas, não têm escrúpulo algum em tornar audíveis as suas conversas privadas
Porque não quero ter um ar de imbecil quando ando na rua a falar para o vazio ou, pelo menos, assim parece quando se dá uma conversação por via do telemóvel
Porque também não quero fazer-se passar por idiota quando ando na rua ou num espaço público a clicar nevróticamente nas teclas do aparelho electrónico que me serve de telefone.
Porque estou farto das interferências, dos barulhos e dos cortes nas conversações que frequentemente perturbam e impedem uma conversa por telefone.
Porque não aprecio a ideia de ser permanentemente geo-localizável, e poderem as minhas conversações serem gravadas e entregues à polícia pelas empresas operadoras das redes de telemóveis.
Porque lamento ter-me rendido aos diktats tecnológicos do sistema mercantil no domínio chamado erroneamente da «comunicação»
Porque não quero mais ser cúmplice da pilhagem de certos recursos naturais, fonte de guerras e de poluição em numerosos países.
E porque não estou mesmo nada interessado em contrair um cancro daqui a 10 ou 15 anos por efeito da sobre-exposição às ondas electromagnéticas
Decido, conscientemente, o seguinte :
1º Desembaraçar-me de uma vez por todas do meu telemóvel, medida que será irrevogável, e que começará a partir do dia …. ( indicar a data)
2º Assumir publicamente o compromisso solene de recusar no futuro a possuir ou utilizar por qualquer razão um aparelho de telefone móvel
E ainda consultar o livro de Etienne Cendrier, «E se o telefone móvel vier a tornar-se um escândalo sanitário?»