Não é só a Espanha e a França que têm tido problemas com as suas centrais nucleares. Acidentes nas centrais nucleares também se verificaram neste Verão na Alemanha, Eslovénia, Áustria, Ucrânia e Bélgica.
Na Bélgica, por exemplo, um acidente de nível 3 ocorrido no passado 24 de Agosto no Institut dês Radioélements (IRE) em Fleures desencadeou um alerta e as suas consequências, apesar de serem minimizadas pela Agência federal belga de Controle Nuclear ( AFCN), levou à interdição do consumo de legumes e do leite nas redondezas do local onde se encontram as instalações daquele Instituto.
Em Espanha, no mesmo dia, ocorreu um importante incêndio na central nuclear de VandellosII ( situada na Catalunha), o que levou à sua paragem forçada. Note-se mesmo que desde o princípio deste ano já se produziram umas 30 ocorrências acidentais nas centrais espanholas.
Na Alemanha, em Asse, a população local tomou conhecimento no final do passado mês de Junho que uma contaminação de grande amplitude atingia as minas de sal desde há anos, a partir dos detritos nucleares armazenados.
Por sua vez, na Áustria, verificou-se um incidente na noite de 2 para 3 de Agosto nos laboratórios da Agência Internacional de energia atómica (AIEA) a 35km de Viena e que só por muita sorte não teve consequências de maior…
Também na Ucrânia uma fuga de água radioactiva obrigou à paragem de um reactor da central nuclear de Rivné no passado mês de Junho.
Nesta série de ocorrências devemos incluir ainda o caso verificado na Eslovénia a 4 de Junho deste ano na central nuclear de Krsko e que desencadeou inclusivamente um alerta europeu, não se sabendo ainda o que é que então se passou.
Por fim, na França deram-se vários e preocupantes incidentes como a grave figa de urânio ( a 7 de Julho) , a descoberta de contaminações por causa do rompimento de uma canalização (18 de Julho), a contaminação de 100 funcionários na Central nuclear EDF de Tricason ( 23 de Julho), a contaminação de 15 trabalhadores na central de Isère ( 20 de Julho), despejos ilegais de carbono 14 radioactivo ( a 6 de Agosto, na central Socatri-Areva), rompimento de uma canalização ( a 21 de Agosto, na central de Comurhex-Areva, situado em Pierrelatte, no Drôme)
Antes que uma catástrofe nuclear aconteça com consequências imprevisíveis, nunca é demais alertar a opinião pública para a gravidade das contaminações e dos perigos inerentes à indústria nuclear.
Fonte:
http://www.sortirdunucleaire.org/