Constituindo uma iniciativa ímpar no panorama dos festivais de música em Portugal, Carrazeda de Ansiães acolhe o VII Festival de Música Medieval, No dias 12, 13, 18, 19 e 20 de Julho de 2008. A aposta nesta sétima edição é a de apresentar um conjunto de intérpretes portugueses que se tem vindo a distinguir na interpretação especializada, vocal e instrumental, do repertório musical da Idade Média: Ensemble Hispânia, Vozes Alfonsinas, Mediae Vox Ensemble e La Batalla. O festival, que conta com a direcção artística de Pedro Caldeira Cabral, terá ainda a presença de uma oficina sob o tema "A Arte dos Instrumentos Musicais na Idade Média", apresentada pelo próprio.
ENSEMBLE HISPÂNIA - Direcção de Fernando Gomes
Programa: “Oriente-Ocidente”
Sábado, 12 de Julho, pelas 21, 30 horas.
Igreja de Beira Grande.
O repertório deste grupo alicerça-se numa interessante reflexão sobre as relações interculturais entre as comunidades mouras, judias e cristãs na Idade Média e a memória sobrevivente de algumas das suas músicas nas tradições orais peninsulares e da diáspora.
VOZES ALFONSINAS - Dir. de Manuel Pedro Ferreira
Programa: “Sons perdidos, revividos”
Domingo, 13 de Julho, pelas 21,30 horas.
Igreja de Selores.
O grupo Vozes Alfonsinas propõe um programa inédito, cobrindo um período de tempo de mais de mil anos de história, começando pela monodia litúrgica cristã, prosseguindo com exemplos das polifonias primitivas e terminando com o repertório do preciosos manuscrito 714, do século XV, conservado na Biblioteca Pública Municipal do Porto, constituído por canções polifónicas de tema amoroso.
OFICINA:
”A Arte dos Instrumentos Musicais na Idade Média”
18 de Julho, das 15 às 18 horas.
Auditório do Centro de Apoio Rural.
No desejo de alargar o leque de possibilidades de contacto com novos públicos interessados na abordagem prática da música medieval, vamos apresentar o workshop “A Arte dos Instrumentos Musicais na Idade Média”, com exposição de cerca de trinta exemplares, execução e comentários.
MEDIAE VOX ENSEMBLE - Direcção de Filipa Taipina
Programa: “Miracles de Notre Dame de Gautier de Coincy”
Sábado, 19 de Julho, pelas 21, 30 horas.
Igreja de Amedo.
O MediaeVox Ensemble apresenta em estreia absoluta no nosso país um excerto dos célebres Miracles de Nostre Dame, de Gautier de Coincy, colecção de narrativas em língua vulgar (30 mil versos e 37 canções) que se julga terem sido o modelo inspirador da obra do rei Afonso X, intitulada Cantigas de Santa Maria.
LA BATALLA - Direcção de Pedro Caldeira Cabral
Programa: “Dois Cancioneiros Senhoriais”
Domingo, 20 de Julho, pelas 21,30 horas.
Centro Cívico de Ansiães.
Para encerrar o festival, o La Batalla apresenta um programa especial com excertos de dois cancioneiros de âmbito senhorial, produzidos respectivamente por D.João Perez Aboim, senhor de Portel e Estevam da Guarda, trovador do qual sabemos ter sido conselheiro do Rei D.Afonso IV e ter uma visão crítica apurada, (por vezes de uma actualidade espantosa pelo tipo de problemas que aborda) da sociedade do seu tempo e dos círculos de poder que frequentava.
Informação obtida via:
Para saber mais sobre musica medieval:
http://pagesperso-orange.fr/cmmp/CMMP.html
http://www.musique-medievale.fr/
As fontes da música medieval: aqui
Carrazeda de Ansiães é uma vila portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e subregião do Douro, com cerca de 1 600 habitantes. É sede de um município com 280,91 km² de área e 7 026 habitantes (2006), subdividido em 19 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Murça e de Mirandela, a nordeste por Vila Flor, a leste por Torre de Moncorvo, a sul por Vila Nova de Foz Côa, a sudoeste por São João da Pesqueira e a oeste por Alijó.
O concelho tinha sede na antiga vila de Ansiães (Carrazeda de Ansiães); as suas ruínas, a sul da actual sede concelhia, situam-se no alto de uma colina, cerca da aldeia de Lavandeira. O concelho obteve foral em 1075, tendo o estatuto de vila sido confirmado por alvará de D. João V de 6 de Abril de 1734. No século XIX a sede concelhia foi transferida de Ansiães para Carrazeda, e a antiga vila foi abandonada.
Para saber mais e acompanhar a vida e o quotidiano do concelho:
http://descobriransiaes.blogspot.com/
http://pensar-ansiaes.blogspot.com/
http://pensar-carrazeda.blogspot.com/
http://descobriransiaes.blogspot.com/
http://pensar-ansiaes.blogspot.com/
http://pensar-carrazeda.blogspot.com/
Foto da aldeia de Fontelonga
A freguesia de Fontelonga está inserida em pleno Planalto de Ansiães, a 800 metros de altitude, conforma um marco geodésico atesta. A cerca de quatro quilómetros de Carrazeda de Ansiães (é a povoação mais alta do concelho), ocupa uma área de 11,2 quilómetros quadrados e engloba os lugares de Besteiros e Penafria. Tem como freguesias limítrofes Vilarinho da Castanheira, Mogo de Ansiães, Carrazeda de Ansiães, Selores e Alagoa (Valtorno). No que toca à Origem do topónimo, há três explicações possíveis, todas associadas à fertilidade de água na freguesia. Uma está relacionada com o tempo das conquistas, julgando-se que o povo se deslocava a esta terra em busca de água. De resto, Fontelonga sempre foi terra de nascentes de água, sendo que actualmente os fontanários públicos são abastecidos por uma nascente denominada “Mãe de Água”. Uma segunda hipótese. Algo semelhante, é a de que na altura da presença romana houve um Verão muito seco. Perante a seca, os romanos foram à procura de água e encontraram um local fértil neste bem essencial que designaram de Fontelonga. Outra Explicação está relacionada com os jesuítas, os quais, durante as suas peregrinações pela freguesia, que conforme referido está localizada num planalto, diziam que a fonte ficava muito longe. Daí a derivação Fontelonga. O Passado histórico desta freguesia está intimamente ligado à vila de Ansiães, da qual Fontelonga fazia parte, tendo, tendo sido influenciada por sucessivos acontecimentos históricos. Em 1160, A vila de Ansiães recebeu foral de D. Afonso Henriques, o qual foi renovado em 1198 por D. Sancho I. Anos mais tarde, já no reinado de D. Afonso III, foi concedida feira à vila e, em 1384, procedeu-se à reconstrução dos muros do castelo. A reconstrução da Igreja de Ansiães ocorreu em 1442 e em 1510 é atribuído à vila, por D. Manuel I, o foral novo. Em 1734 ocorreu a transferência da administração local para Carrazeda, sendo a freguesia de Fontelonga sido integrada neste concelho. Num registo de 1721, João Pinto de Morais caracteriza o povoado naquela época da seguinte forma: “Tem mais a freguesia de Sª. Maria Magdalena do lugar da Fonte Longa, que com 9 vezinhos que tem a quinta de Besteiros e 37 que tem o lugar de Penafria que sam da sua freguezia tem 113 moradores, esta Igreja tem hum largo circuito de Adro e nelle muitas sepulturas terrenas com Comendas levantadas das Ordens militares as cabeceiras, indícios de ser antiga, e que nellas jazem muitos cavalheiros e pessoas graves que antiguamente habitarão aquela terra ”.
O vigário de FONTE Longa era apresentado pelo reitor da vila de Salvador de Ansiães e tinha de rendimento anual quarenta mil réis.
A freguesia de Fontelonga está inserida em pleno Planalto de Ansiães, a 800 metros de altitude, conforma um marco geodésico atesta. A cerca de quatro quilómetros de Carrazeda de Ansiães (é a povoação mais alta do concelho), ocupa uma área de 11,2 quilómetros quadrados e engloba os lugares de Besteiros e Penafria. Tem como freguesias limítrofes Vilarinho da Castanheira, Mogo de Ansiães, Carrazeda de Ansiães, Selores e Alagoa (Valtorno). No que toca à Origem do topónimo, há três explicações possíveis, todas associadas à fertilidade de água na freguesia. Uma está relacionada com o tempo das conquistas, julgando-se que o povo se deslocava a esta terra em busca de água. De resto, Fontelonga sempre foi terra de nascentes de água, sendo que actualmente os fontanários públicos são abastecidos por uma nascente denominada “Mãe de Água”. Uma segunda hipótese. Algo semelhante, é a de que na altura da presença romana houve um Verão muito seco. Perante a seca, os romanos foram à procura de água e encontraram um local fértil neste bem essencial que designaram de Fontelonga. Outra Explicação está relacionada com os jesuítas, os quais, durante as suas peregrinações pela freguesia, que conforme referido está localizada num planalto, diziam que a fonte ficava muito longe. Daí a derivação Fontelonga. O Passado histórico desta freguesia está intimamente ligado à vila de Ansiães, da qual Fontelonga fazia parte, tendo, tendo sido influenciada por sucessivos acontecimentos históricos. Em 1160, A vila de Ansiães recebeu foral de D. Afonso Henriques, o qual foi renovado em 1198 por D. Sancho I. Anos mais tarde, já no reinado de D. Afonso III, foi concedida feira à vila e, em 1384, procedeu-se à reconstrução dos muros do castelo. A reconstrução da Igreja de Ansiães ocorreu em 1442 e em 1510 é atribuído à vila, por D. Manuel I, o foral novo. Em 1734 ocorreu a transferência da administração local para Carrazeda, sendo a freguesia de Fontelonga sido integrada neste concelho. Num registo de 1721, João Pinto de Morais caracteriza o povoado naquela época da seguinte forma: “Tem mais a freguesia de Sª. Maria Magdalena do lugar da Fonte Longa, que com 9 vezinhos que tem a quinta de Besteiros e 37 que tem o lugar de Penafria que sam da sua freguezia tem 113 moradores, esta Igreja tem hum largo circuito de Adro e nelle muitas sepulturas terrenas com Comendas levantadas das Ordens militares as cabeceiras, indícios de ser antiga, e que nellas jazem muitos cavalheiros e pessoas graves que antiguamente habitarão aquela terra ”.
O vigário de FONTE Longa era apresentado pelo reitor da vila de Salvador de Ansiães e tinha de rendimento anual quarenta mil réis.
Retirado de: http://www.fontelonga.pt/news.php