«Portugal precisa de um indisciplinador. Todos os indisciplinadores que temos tido, ou que temos querido ter, nos têm falhado. Como não acontecer assim se é da nossa raça que eles saem? As poucas figuras que de vez em quando têm surgido na nossa vida política com aproveitáveis qualidades de perturbadores fracassam logo, traem logo a sua missão. Qual é a primeira cousa que fazem? Organizam um partido... Caem na disciplina por uma fatalidade ancestral.Trabalhemos ao menos - nós, os novos - por perturbar as almas, por desorientar os espíritos. Cultivemos em nós próprios a desintegração mental como uma flor de preço. Construamos uma anarquia portuguesa [...]»
Fernando Pessoa, 1915
Disciplina militar e eclesiástica no salazarismo