Uma das mais famosas árvores do País, o Plátano da cidade de Portalegre, que está a celebrar 170 anos de existência, está a ser sujeito a uma operação de conservação, manutenção, limpeza e tratamentos fitossanitários.
O plátano plantado há 170 anos, em Portalegre, apresenta a maior copa da Península Ibérica. Com o seu crescimento o plátano pode, a curto prazo, condicionar a circulação de camiões no centro da cidade.
O plátano plantado há 170 anos, em Portalegre, apresenta a maior copa da Península Ibérica. Com o seu crescimento o plátano pode, a curto prazo, condicionar a circulação de camiões no centro da cidade.
Os serviços de arboricultura da Fundação Serralves iniciaram por isso uma rectificação nas borrachas que apoiam os ramos para que não danifiquem a casca das ramificações da árvore, que estava a ficar ferida.
Desafiando a passagem do tempo, a árvore, que foi mandada plantar no rossio de Portalegre pelo botânico José Maria Grande, há 170 anos, cresceu e desenvolveu-se, sendo já necessários 18 suportes para os seus largos ramos.
Considerado de interesse público, o plátano do centro de Portalegre, no Jardim do Tarro (ou Jardim da Avenida da Liberdade), apresenta actualmente uma copa com cerca de 34 metros de diâmetro médio.
A operação de manutenção da árvore, considerada emblemática da história de Portugal, integra-se nas comemorações do Dia Mundial do Ambiente.
Referência Bibliográfica:
«O mais célebre plátano do país é o de Portalegre, que se situa num jardim desta cidade, cuja sombra é muito apetecível principalmente no Verão. Esta árvore que foi plantada em 1838 junto a uma linha de água, tem hoje o tronco em grande parte soterrado, em virtude dos aterros sucessivos para nivelamento do actual arruamento (Av. da Liberdade). Está considerado de interesse público por decreto publicado em "Diário do Governo".
Do tronco que presentemente é muito curto, com 5, 26 m de P.A.P., saem inúmeras pernadas que formam uma copa larga e densa, com 27 m. de diâmetro.
É de notar que este plátano, segundo Sousa Pimentel, em 1894 tinha 3 metros de P.A.P. e a copa 24 m. de diâmetro.»
Ernesto Goes- in Árvores Monumentais de Portugal ,1984