27.3.08

Rastos (mostra de artes a 27,28 e 29 de Março) e aproveitem para se solidarizarem com o Palco Oriental


Conhecendo o espaço multicultural e diversificado do Palco Oriental, ao Beato, fica-se com um travo de surpresa por se ter revelado um espaço tão interessante fora dos bairros mainstream de LX e que está sob a iminência de ser despejado por ordem do tribunal!!!


Agora o Palco Oriental realiza a sua Mostra de Artes - Rastos, dedicada à Performance de Teatro e Dança, ao Vídeo e Fotografia. Será nos dias 27 a 30 de Março e será imperdível, pelo local, pelas pessoas e tão simplesmente pela arte - essa tão indefinida coisa que nos alimenta!


Programação


Dia 27 Março


21.00 – Abertura
21.15 – Dança
“ Inssendialma” por Leok Pinto (Porto).
21.50 – Vídeo
Mostra de vídeos
00.00 – Concerto
Zootek
00.35 – Concerto /Performance
Electro Re-volt
01.20 - Dj Acquaman


Dia 28 Março

21.00 – Abertura
21.15 – Teatro
“ A mulher que se vestia de homem” por Vanessa Vinha
21.30 – Teatro
“ Hard Fake” por Alface e Rita Mendes
21.50 – Selecção
23.00 – Performance
“ Volte-Face≠2” de Volte- Face≠2
00.10 - Concerto Musical
Like The Man Said
01.00 - Dj Set


Dia 29 Março

15.30 – Teatro para a Infância
“ A Torre da Má hora” pelo Palco Oriental

21.00 – Abertura
21.30 – Dança
“ Maeve” por Beatrix
22.00 – Teatro
“ Cenas de Copi”, direcção de Paulo Lage
22.45 – Teatro
“ Binólogo”, com Célia Ramos
23.15 – Concerto Musical
Noz
00.0 – Dj Set


Dia 30 Março

15.30 – Teatro para a Infância
“ Pocahontas” pelo Lolipop Teatro

21.00 – Abertura
21.30 – Teatro
“ Viagens de Camões” pelo Teatro Pouco Siso
22.15 – Teatro
“ Hanjo”, direcção de Paulo Lage
23.00 - Dança
“ Lost” de Ricardo Ambrósio
23.45 – Dj Set
01.00 - Desfecho

Local:
Palco Oriental
Calçada Duque de Lafões nº 78
Beato
1950 Lisboa


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Informação:
Tribunal liquida Palco Oriental

A Associação Cultural Palco Oriental, entidade artística sem fins lucrativos, foi liquidada pelo Supremo Tribunal de Justiça, que decidiu atribuir o edifício à Igreja de S. Bartolomeu do Beato. A Igreja recebe de bandeja um edifício onde nunca esteve nem aplicou um cêntimo e no qual a ACPO custeou obras de dezenas de milhares de euros.

O edifício fora doado à Igreja em 1999 pela Associação de Serviço Social, uma organização fantasma que abandonou as instalações após o 25 de Abril de 1974 e da qual não se conhece qualquer actividade.

Desde há mais de 20 anos que a ACPO acolheu centenas de artistas, das mais variadas formas de expressão: do teatro, da música, da dança, das artes plásticas, do áudio visual, e da simples partilha de experiências de vida.



Petição online pelo Palco Oriental


Rejeite a tétrica imagem do nosso funeral, faça qualquer coisa... comece por assinar a nossa petição online :



A Associação Cultural Palco Oriental, entidade artística sem fins lucrativos não pode, nem deve, depender de um esforço particular mas sim de um esforço colectivo, daí a necessidade de TODOS lutarmos pelo preservação da mesma. O acórdão do STJ, decidiu atribuir o edifício onde está sedeada a Associação Cultural Palco Oriental à Igreja de S. Bartolomeu do Beato.

Desde 16 de Abril de 2001, que o processo movido contra a Associação Cultural Palco Oriental se encontrava nos tribunais.

O Tribunal de 1ª Instância deu razão à Associação Cultural Palco Oriental ao atribuir o edifício, a Relação sentenciou que a "coisa" não estava ganha, e o Supremo, de forma justiceira acabou com um projecto cultural e artístico que resistia desde há mais de duas décadas.

A Igreja recebe de bandeja um edifício onde nunca esteve nem aplicou um cêntimo.

A Associação Cultural Palco Oriental custeou obras, de largas dezenas de milhares de euros.

O edifício é doado à Igreja em 1999. O seu doador foi a Associação de Serviço Social, que abandonou as instalações, logo após o 25 de Abril de 1974.

A esta Associação de Serviço Social, não se lhe conhece qualquer actividade realizada após a revolução, nem nunca nos contactou a reivindicar a devolução do imóvel.

Dezenas de pessoas são assim privadas de dar continuidade aos seus projectos artísticos e à livre expressão das suas vontades e ideais.

Dezenas de pessoas que militantemente se dedicaram e investiram humana e materialmente durante tantos anos neste espaço para dotar culturalmente as populações da Zona Oriental de Lisboa, são assim despejadas.

Desde sempre que este foi um espaço de acolhimento para centenas de artistas, das mais variadas formas de expressão: do teatro, da música, da dança, das artes plásticas, do áudio visual, e da simples partilha de experiências de vida.

A Formação dos Recursos Humanos é essencial para o desenvolvimento da Associação e dos Agentes Culturais que com ela colaboram, a aposta nesta área reflecte o interesse em possuir técnicos mais qualificados e melhor preparados para responder às exigências que as novas técnicas de expressão artística e da tranversalidade entre elas nos trazem.

De acordo com o estudo “A Economia da Cultura na Europa” (KEA, 2006) na União Europeia, o sector da Cultura contribui mais para a economia dos Vinte e Cinco do que outros sectores considerados muito relevantes para a economia da União. Em Portugal, o sector da Cultura é o terceiro principal contribuinte para o PIB.

O relatório da conferência UNESCO “The International Creative Sector” de 2003, afirma que “as novas técnicas de pesquisa dos estudos de urbanismo, têm ajudado as comunidades a reconhecer as suas estruturas e actividades culturais como uma importante mais valia”.

À semelhança do que está a acontecer em muitos países europeus, as cidadãs e os cidadãos abaixo-assinados vêm, nos termos constitucionais e legais, propôr à Assembleia da República que tome com urgência medidas legislativas e políticas para:

1. Que as instalações continuem ao serviço cultural e artístico da Zona Oriental de Lisboa;
2. Que o património seja transferido para a Associação Cultural Palco Oriental



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Memória histórica:


A Associação Cultural Palco Oriental foi fundada em Janeiro de 1989 por grupos de teatro que já exerciam actividade desde 1979, no imóvel em que estamos sediados.
Os grupos de teatro que estiveram na origem de ste nascimento foram o Teatro “Os Patolas”, “Máscara” - Teatro de Grupo, e o “Triato do Biato”.
Em Maio de 1992, agregando também elementos vindos da Escola Superior de Teatro, estreámos a nossa primeira produção, “Macbeth”.
A Associação Palco Oriental tem procurado, desde a sua fundação, ser uma referência viva na animação cultural da parte velha da Zona Oriental de Lisboa, quer pela promoção de diversas actividades, quer pela manutenção do seu grupo de teatro, quer pela valorização de uma vivência cultural e comunitária que se enraíza nas tradições mais vincadas daquela que, talvez, tenha sido a zona mais industrializada da velha Lisboa.
Este carinho pelo teatro traduziu-se no dar a possibilidade a outros grupos de teatro profissional, ou pró-profissionais, ou amadores ou universitários que surgiram e têm marcado presença entre a nova geração de criadores teatrais de Lisboa.
O Palco Oriental - Grupo de Teatro procurou desde o primeiro momento afirmar-se como difusor de uma prática teatral atraente para os públicos e para uma nova geração de actores e criadores, de formação e proveniências diversas, que reconhecem no Palco Oriental um projecto onde a experimentalidade e o risco são uma evidência.

website:
http://palco_oriental.tripod.com/