Lançamento do Livro de João da Mata, "Prazer e Rebeldia - O materialismo hedonista de Michel Onfray"
com
Palestra: "Prazer e rebeldia no cotidiano"
Dia 11 de dezembro de 2007 - a partir das 19hs
Local: Livraria Letra Livre Calçada do Combo, 139
1200-113 - Lisboa - Portugal
Tel. 21 346 10 75
www.letralivre.com
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SOBRE O LIVRO
Michel Onfray é um pensador raro. O sucesso editorial de seus livros nos alerta para muitas coisas: ele é cabal demonstração de que o mundo acadêmico não é tudo; além do mais, comprova que as agências de fomento, os rituais da etiqueta universitária, a vida cômoda, regrada, bem-comportada não são o que mais importam para o pensamento.
O jeito sério de aparecer na sociedade, a dedicação integral ao modo de pensar instituído, a conformação aos jogos do poder e aos valores estabelecidos, nada disto afeta Michel Onfray, que é um dos mais jovens e criativos pensadores da França na atualidade. Intelectual situado na margem, na borda da legitimação oficial, Onfray conquistou enormes vínculos com as pessoas; autêntica, sua mensagem consiste numa inquietação prática vivida na carne.
João da Mata escreve o primeiro livro sobre o filósofo francês publicado no Brasil, centrado nos antecedentes filosóficos que afetaram Onfray, próximos ou distantes, e nas tarefas que são por ele apontadas como sendo indispensáveis para o exercício da liberdade na atualidade. O texto, leve e de grande clareza, desvela o essencial do libertarismo de Onfray, e põe à mostra os vários aspectos do filósofo europeu mais lido pelos jovens na atualidade.
Michel Onfray tem em João da Mata um intérprete legítimo. Ativista e praticante do libertarismo, João lê Michel de braços dados. O livro que está nas mãos do leitor é o de um libertário falando de outro. João da Mata, militante anarquista do movimento Soma, e Michel Onfray, mestre do hedonismo francês contemporâneo. Em dois continentes distintos, sob condições materiais e históricas tão desiguais, não deixa de ser uma coincidência extraordinária a que ocorre entre eles.
As diferenças de formação entre o filósofo francês e o pensador brasileiro não se impõem, porque a vida reserva suas surpresas, tanto quanto os encontros no pensamento. O mundo em jogo no livro de João da Mata é o da ação e o da vida, estes sim incontornáveis. À liberdade e ao prazer, tudo, sem ressalvas.