23.10.07

A luta por uma habitação condigna ( debates em Coimbra e Marcha de moradores hoje em Cascais)

Os Moradores dos bairros das MARIANAS e do FIM DO MUNDO vão manifestar-se hoje, terça feira, contra os violentos despejos ordenados pela Câmara de Cascais.
Há dois anos, o bairro das Marianas foi demolido sob o controle de um forte dispositivo policial. Pessoas que foram desalojadas a força estão ainda sem casa, numa situação muito precária.
No bairro do Fim do Mundo, agora em demolição está previsto a construção de uma igreja. Centenas de pessoas estão excluidas do Programa Especial de Realojamento, baseado num recenseamento feito em 1993. Nas semanas passadas, a Câmara Municipal mandou outra vez pessoas para a rua, sem outro procedimento que um aviso colado na porta. Trabalhadores da construção civil ficaram sem casa.

CONSTRUIMOS PORTUGAL, DESTROEM A NOSSA CASA.


HABITAÇÃO PARA TODOS!

Ponto de encontro : às 8H na Estação de São João do Estoril
ou as 7h15 na entrada da estação do Cais do Sodré.


http://moramosca.wordpress.com/





Coimbra debate o direito à habitação


“Vamos falar de Habitação [em Coimbra]?” é o mote para uma semana de actividades que começa já amanhã, com a inauguração de uma exposição de fotografia, intitulada “Habitação”, no TAGV.

A iniciativa é da Pro Urbe e da Plataforma artigo 65.


A exposição de fotografia “Habitação”, com obras de António José Martins, Emanuel Brás, Luís Filipe Rocha, Nuno Patinho, Paulo Abrantes, Pedro Medeiros e Tiago Hespanha, dá início à iniciativa “Vamos falar de habitação [em Coimbra]?”, o mote para uma semana de actividades num multifacetado programa organizado pela ProUrbe - Associação Cívica de Coimbra em colaboração com a Plataforma artigo 65, movimento de defesa do direito à habitação.


Até dia 31 de Outubro, em vários locais da cidade de Coimbra — Teatro Académico de Gil Vicente, Salão Brazil e Livraria XM — vai ser possível ver e discutir um filme, ver e discutir exposições e apreender e debater muitos dos problemas que se colocam quando se discutem as questões da habitação.


O direito a uma habitação condigna, comum a todas as épocas, culturas e sociedades, está consagrado no art. 21.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem e no art. 65.º da Constituição da República Portuguesa. Contudo, “entre o reconhecimento dos direitos dos cidadãos e dos deveres do Estado, e a execução de uma política igualitária, equilibrada e eficiente nesta matéria, existe um abismo de silêncio” que as duas organizações se propõem reflectir e denunciar.

Aumento de alojamentos
“O aumento significativo da quantidade de alojamentos verificado nos últimos 30 anos e as suas implicações na qualidade de vida, equilíbrio social, ambiente e ordenamento do território”, mas também “a alteração profunda da imagem e morfologia das cidades, das suas periferias e dos territórios rurais envolventes, o desequilíbrio entre a construção de habitação e a de infra-estruturas de apoio como a rede de transportes, de equipamentos sociais e de espaços públicos de lazer, a correlativa criação de bolsas de exclusão bem como a degradação e desertificação dos centros das cidades”, são algumas das preocupação que estão no centro deste debate e das preocupações expressas pelos responsáveis da iniciativa.


“Paz, Pão, Habitação... as Operações Saal” de João Dias, “O Problema e o Futuro da Habitação”, “O mercado da habitação”, são alguns dos temas que estarão em debate nos dias 26 e 27 de Outubro.