1 – Não inundar os vales de montanha nem secar os deltas do rio, que são a casa e o sustento das povoações para cuja identidade contribuíam ao longo dos anos.
2 – Conservar os rios e o património que nele floresceu no decorrer dos anos, devolvendo as águas às suas funções e atributos mais essenciais.
3 – Gerir a água a partir do princípio da solidariedade, e encará-la como uma herança comum das gerações do presente e que devemos transmitir nas melhores condições possíveis às gerações vindouras.
4 – Poupar e preservar a qualidade da água, alterando o menos possível os sistemas naturais, e reduzindo na origem a carga contaminante, restringindo paulatinamente as operações de depuração.
5 – Gerir de forma sustentável os recursos hídricos, perante todo o desperdício, graças à poupança, à melhoria e a um uso eficiente, assim como à reutiização.
6 – Instaurar a cultura da participação e da imaginação, capazes de acolher as estratégias sábias de fazer pequeno e bem, tal como a subsidiariedade, como formas vinculativas de gestão.
7 - Viver a água enquanto nossa realidade mediterrânica, uma realidade limitada, incompatível com a cultura de um bem livre, que aponta para a oferta ilimitada da água a cargo do erário público.
8 – Abandonar a dialéctica demagógica de um falso produtivismo da água ( especialmente para regadio) a fim de incorporar critérios sérios de valoração económica e de recuperação integral dos custos, na perspectiva de uma gestão sustentável do desenvolvimento.
9 – Aproveitar as águas superficiais e subterrâneas como um recurso unitário, cientes de que formam parte de um mesmo ciclo e que lutar contra os aquíferos e a sua contaminação é o melhor contributo que podemos dar para esse aproveitamento conjunto.
10 – Defender para a água o conceito de recurso público gerido na base do interesse geral, evitando a sua mercantilização e a sua conversão em objecto de especulação.
Consultar:
http://www.coagret.com/