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Jovens e velhos juntaram-se para contestar a política habitacional da Cãmara do Porto
Cerca de 100 inquilinos municipais manifestaram-se 2ª feira à noite junto aos Paços do Concelho da Câmara Muncipal do Porto contra o que dizem ser "uma política atroz da maioria PSD/PP em relação ao aumento brutal e ilegal das rendas".
Para cada um dos elementos da autarquia que entrava na Câmara para a Assembleia Municipal havia um grito de ordem. "Gatunos, gatunos", "Está na hora do Rio ir embora" marcavam a maioria dos protestos.
Reagindo à fraca presença de manifestantes (a Câmara é a maior senhoria da Europa, detém 43 bairros sociais na cidade, com um total de cerca de 40 mil inquilinos), os organizadores afirmavam que isso se devia à política de Rui Rio, que, "tal como no tempo da PIDE, põe em prática uma política de divisão entre os moradores para assim melhor poder reinar"."
Para a próxima trazemos comidas e bebidas", comentava outro dos manifestantes, lamentadando "que os mais atingidos tenham preferido ficar em casa a ver televisão".
A razão da manifestação, marcada por um bem visível dispositivo policial, deveu-se ao facto de ao mesmo tempo decorrer uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, em que seria analisada a legalidade da recente actualização das rendas dos bairros sociais.
O debate foi agendado por eleitos de toda a Oposição (PS, CDU e BE) nos termos de uma disposição regimental que permite a convocação de sessões a requerimento de pelo menos um terço dos deputados municipais. Embora as rendas fossem a razão do protesto, outros casos apareceram. Uma moradora da Pasteleira, ontem mesmo despejada sob a acusação de "prática de actos ilícitos (posse de armas e tráfico de droga)", aproveitou para lamentar e negar as acusações.