13.1.07

Governo altera as leis porque não quer cumpri-las. Assim também eu...

Governo manda alterar REN para tornar possível a IKEA!!!

...e há quem diga que a IKEA é amiga do ambiente!!! Olha se não fosse...




O Conselho de Ministros deliberou ontem ratificar a alteração à delimitação da Reserva Ecológica Nacional de Paços de Ferreira. A iniciativa visa a revisão do PDM do concelho, transformando parte da reserva em área industrial para a construção das fábricas da Ikea.

O Governo aprovou ontem em sede de Conselho de Ministros a alteração à delimitação da Reserva Ecológica Nacional do município de Paços de Ferreira. A iniciativa insere-se no procedimento de revisão do PDM deste concelho que contemplará a transformação da área excluída em espaço industrial. A resolução do Conselho de Ministros é apenas a formalização do facto consumado desde que foi anunciada construção em Paços de Ferreira de três fábricas Swedwood, grupo Ikea.

O processo iniciou-se com a suspensão do plano quando ainda se discutia a localização das fábricas. A zona é sensível e classificada como Espaço Florestal de Protecção e integrada na Reserva Ecológica Nacional mas ao suspender parcialmente o PDM o Governo criou as condições para a sua instalação na zona da Serra da Agrela, freguesias de Penamaior e Seroa. As críticas surgiram desde logo de outro concelho concorrente, Paredes, que denunciou a existência de um parecer da CCDRN a defender a suspensão do PDM. Na altura, o presidente desta autarquia manifestou-se mesmo surpreso por estarem a equacionar instalar as fábricas em plena reserva ecológica: “Ao longo das conversas que fomos tendo neste processo com a Ikea, os seus representantes sempre falaram das preocupações ambientais deste grupo”, vincou Celso Ferreira.

No entanto, algumas das justificações fornecidas para que se viabilizasse a situação era a de que os benefícios económicos e sociais do investimento para o País e para a região são superiores aos eventuais prejuízos. A mesma opinião não teve por exemplo a Quercus, que contestou a decisão, lembrando nomeadamente que a zona em causa situa-se “nas cabeceiras das linhas de água da Serra da Agrela, apresentando encostas com declives superiores a 40 por cento, razão pela qual está integrada na Reserva Ecológica Nacional”. Os ambientalistas chegaram mesmo a admitir recorrer aos tribunais numa tentativa de anular a construção das fábricas naquela área.