Costuma-se distinguir entre povos indígenas e povos tecnológicos.
Os povos tecnológicos possuem o conceito de propriedade privada como valor básico e nela incluem recursos, terras, mercadorias, etc.. A produção de bens é destinada  para o mercado e venda, e não para o consumo pessoal. Registam-se produção de excedentes. A motivação principal e o lucro. Elaboram-se técnicas especiais para criar artificialmente as «necessidades»: são as técnicas de vendas e a publicidade. Torna-se  imperativo  o crescimento económico e  maior produção que obriga ao uso crescente de recursos e à expansão de mercados.. Instala-se o sistema monetário que faz da moeda um valor abstracto. Existe ainda  a concorrência e a competição para obter e conquistar lucros cada vez maiores. A remuneração  salarial é feita segundo o trabalho. O horário de trabalho médio é de 8-12 horas.  A Natureza é vista como um«recurso»
 Os povos indígenas  desconhecem  a  propriedade privada de recursos como a terra, a água, os minerais ou a vida vegetal. Desconhecem ainda a ideia da venda de terrenos ou da herança  patrimonial. A produção  limita-se aos bens necessários. Os objectivos da produção  visam  a subsistência e não existe a motivação para obter o lucro, nem  se regista grande produção de excedentes. A economia é estável: não existe a noção de crescimento económico. O sistema de trocas baseia-se em valores concretos. A produção é colectiva e cooperativa. O horário de trabalho médio é de 3-5 horas. A Natureza é encarada como um «ser», e os indivíduos humanos fazem parte integrante da Natureza
 Na Europa, mais propriamente na Escandinávia e na Rússia,  vivem mais de  um milhão  de indígenas. O exemplo mais conhecido é povo saami (85.000 pessoas) que habitam em áreas da Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia. Mas a maioria dos indígenas encontram-se nos outros continentes. Existem variadas ONGs que estudam e defendem os povos indígenas. De entre as mais conhecidas destaca-se a Survival Internacional.
 
