18.3.05

19 de Março de 2005 em Bruxelas - Todos juntos por uma Europa social, solidária, igualitária e pacífica


Em 1997, os trabalhadores da Renault organizaram em Bruxelas a primeira Euromanifestação pelo emprego. Em Dezembro de 2001 manifestámo-nos por uma outra Euroap num outro mundo. A 15 de Fevereiro 2003 uma manifestção massiva em Bruxelas respondia ao apelo do Fórum Social Europeu contra a guerra no Iraque.
Apelamos de novo a que todas e todos juntos se manifestem Sábado 19 de março de 2005 em Bruxelas.

Por toda a Europa os ataques sucedem-se contra os direitos sociais. Os serviços públicos sofrem desregulações e privatizações... As cidadãs e os cidadãos merecem melhor!
Mais que nunca devemos agir para recusar uma Europa egoísta. A União Europeia colabora a fundo com a globalização neoliberal. Esta globalização neoliberal é uma fonte de guerras, de catástrofes ecológicas e de regressão social à escala planetária. Ela alimenta o crescimento das desigualdades, das exclusões e do racismo.

A "marcha dos jovens" pelo emprego, a igualdade e o ensino gratuito reivindicará para os jovens empregos duráveis e de qualidade e uma educação gratuita em melhores condições. Denunciarão o racismo e as ideologias fascistas.

Depois do Fórum Social Europeu de Londres, os movimentos sociais lançaram um apelo para uma manifestação central a 19 de Março em Bruxelas contra aguerra, o racismo e uma Europea neoliberal, contra as privatizações, o projecto de directiva Bolkestein e o aumento do tempo de trabalho, por uma Europa dos direitos e de solidariedade entre os povos.

Os sindicatos euroepus continuarão a sua luta por uma Europa social. Manifestam-se por melhores e mais numerosos empregos. Dizem sim a empregos e serviços de qualidade e rejeitam por conseguinte a directiva Bolkestein de liberalização dos serviços. Dizem sim a direitos sociais fundamentais afim de reforçar a Europa social. Rejeitam a proposta de revisão da directiva sobre o tempo de trabalho, proposta pela Comissão Europeia que prova a incapacidade da Europa garantir um trabalho decente para todas e para todos. A batalha contra a directiva Bolkestein, símbolo da transformação de toda a sociedade em mercado, é um objectivo prioritário de todas e todos nós, sindicatos, movimentos sociais e cidadãos e ONG's.
Dois anos após a invasão do Iraque, a luta contrea a guerra mantém toda a sua actualidade: ocupação ilegal do Iraque, opressão do povo palestiniano,... A luta pela paz é indissociável da luta por uma outra Europa. Recusamos a transformação da Euroap numa grande potência militar. A luta contra as armas de destruição maciça, e em especial as armas nucleares, deve igualmente ser travada por nós lançando negociações multilaterais por um tratado mundial sobre as armas nucleares.

Os chefes de Estado e de governo europeus consagraram a sua Cimeira de Março a uma avaliação do processo de Lisboa. O seu objectivo é transformar a economia europeia na economia mais competitiva do mundo, enquanto a Europa social está mais que nunca ausente. Recusamos esta lógica da concorrência eterna, continente contra continente, país contra país, indivíduo contra indivíduo.
Pugnamos por um mundo em que o desenvolvimento sustentável se torne possível graças à solidariedade e à cooperação.

A Europa não pode ser unificada contra as suas e os seus habitantes. Ela ou será social, solidária e democrática ou não será.

Por isso continuamos a construir este movimento social de que a Europa tem necessidade.
É a nossa contribuição para um undo baseado na justiça e na paz. Conduzimos esta luta em conjunto com os povos do Sul. Com eles fazemos campanhas como a da anulação incondicional da dívida do terceiro mundo, a da taxa Tobin... Em conjunto opomo-nos a um mundo conduzido pelo mercado livre (Acordo Geral de Comércio e Serviços - OMC) e à vaga de privatizações (por exemplo da água).É por isso que nós - movimentos sociais, sindicatos e ONG's que colaboramos desde 2002 no Fórum Social da Bélgica - lançamos um apelo aos movimentos sociais e aos sindicatos europeus para se manifestarem connosco, massivamente, a 19 de Março de 2005 em Bruxelas, pelos nossos direitos e por uma outra Europa num outro mundo.