Maria Montessori (1870-1952), foi a primeira médica italiana. Leccionou Higiene no Colégio das Mulheres de Roma e Antropologia, também em Roma, na Universidade, durante 4 anos, de 1904 até 1908. Montessori considerava o ensino do seu tempo monótono e repressivo. Pretendia criar ambientes de liberdade, capazes de permitirem a livre expressão das capacidades infantis. Funda a "Casa dei Bambini", (Casa das Crianças), a primeira em 1906, em Roma. Publica em 1909 Il Metodo della Pedagogia Scientifica, e em 1913 organiza em Roma o I Congresso Internacional do Método. O seu método de ensino espalhou-se rapidamente um pouco por todo o mundo.
Sete aspectos fundamentais balizam o método Montessori:
1º Promover o conhecimento científico da criança;
2º Estabelecer um ambiente de liberdade e respeito pela criança;
3º O ambiente educativo deve ser esteticamente belo;
4º A criança deve ser activa;
5º A criança deve poder auto-educar-se;
6º A criança deve corrigir-se, não cabendo a correcção ao professor;
7º O professor deve, essencialmente, observar.
Note-se que se lhe atribui a ideia da miniaturização do mobiliário.Existe material para a educação motriz, sensorial e da linguagem. Executam-se exercícios manuais simples como a jardinagem bem como a ginástica e movimentos rítmicos. O asseio pessoal é mantido.
Nos seus jardins, as crianças chegavam de manhã, comiam duas refeições, tomavam banho regularmente, tinham acesso a cuidados médicos. Ao fim da tarde, deixavam o jardim. Ao lembrarmos os aspectos fundamentais das propostas de Maria Montessori entendemos por que razão, durante um longo período do Século XX português, este tipo de propostas não teve aceitação, apesar de Luísa Sérgio ter escrito sobre ele, nos anos 20. Há poucos anos, em muitas aldeias portuguesas, as crianças não comiam duas refeições; hoje, tais fenómenos transferiram-se para as cidades. Mas isso é já outra questão.
Retirado de:
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=3670