5.11.10

Dia de luta dos estudantes do ensino secundário e básico (10 de Novembro)


Delegação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Secundário e Básico

CONTACTA-NOS!
Luís Encarnação (ES Gil Vicente, Lisboa - 919689794)
Inês Maia (ES Emídio Navarro, Almada - 961459829)

Escolas que saem à rua já esta Quarta-Feira!

ES de Vila Viçosa (Vila Viçosa)
ES de Vendas Novas (Vendas Novas)
ES Tomás Cabreira (Faro)
ES D. Manuel I (Beja)
ES José Afonso (Seixal)
ES Emídio Navarro (Almada)
ES Alfredo da Silva (Barreiro)
ES Santo André (Barreiro)
ES da Moita (Moita)
ES D. Pedro II (Moita)
ES Anselmo de Andrade (Almada)
ES de Seia (Guarda)
ES Pedro Nunes (Lisboa)
ES Eça de Queirós (Lisboa)
ES António Arroio (Lisboa)
ES Camões (Lisboa)
ES Maria Amália (Lisboa)
ES Gil Vicente (Lisboa)
ES Stuart Carvalhais (Sintra)
ES de Carcavelos (Carcavelos)
ES Alves Redol (Vila Franca deXira)
ES Reynaldo dos Santos (Vila Franca de Xira)
ES de Henriques Nogueira (Torres Vedras)
ES Rainha Dna. Leonor (Lisboa)
ES Padre António Vieira (Lisboa)
ES José Afonso (Loures)
ES José Cardoso Pires (Amadora)
EB 2/3 Maria Veleda (Santo António dos Cavaleiros)
ES Ginestal Machado (Santarém)
ES do Entroncamento (Entroncamento)
ES das Taipas (Guimarães)
ES Avelar Brotero (Coimbra)
ES José Falcão (Coimbra)
ES Cargaleiro (Seixal)
ES António Gedeão (Almada)
EB Monte da Caparica (Almada)
ES Monte da Caparica (Almada)
ES Romeu Correia (Almada)
ES Cacilhas-Tejo (Almada)

Nestas escolas os estudantes subscrevem o Apelo lançado pela DNAEESB e estão a preparar acções de Luta para o dia 10 de Novembro!


EM LISBOA:

A DNAEESB apela a todos as AE's e estudantes do distrito de Lisboa que no grande dia de Luta Nacional de 10 de Novembro, se concentrem pelas 10h no Saldanha, para que todos juntos tenhamos uma grande manifestação até ao Ministério da Educação!


Reunião aberta do FERVE (Fartos/as destes recibos verdes) no dia 8 de Novembro, no Porto



O FERVE estará activamente empenhado na mobilização para a GREVE GERAL de dia 24 de Novembro.
O PEC III representa mais um ataque ao valor do trabalho, camuflado pelo discurso do esforço colectivo, este programa pretende por os mais fracos a pagar uma crise que não criaram. A precariedade e o desemprego são o instrumento deste governo na defesa dos interesses dos banqueiros, gestores, grandes patrões e dos mais ricos, a nossa resposta é a unidade combativa que mobilize para uma paralisação geral do país no dia 24.

O FERVE realizará uma reunião aberta no próximo dia 8 de Novembro, pelas 21:30, na sede do SOS Racismo - Porto (Rua do Almada, 254 - 3º Dtº - Sala 34)

A presença de tod@s é importante para discutirmos um plano de mobilização para a Greve Geral. A reunião será seguida por uma colagem de cartazes pela cidade.

No caminho para a greve geral (festa e concentração amanhã, dia 6/11, às 16h30) no Largo Camões

No caminho para a Greve Geral é uma festa e uma concentração de apelo à participação de tod@s na paralisação de dia 24 de Novembro.

Teremos música, protesto, bancas de várias associações/movimentos e mic aberto!

No caminho para a Greve Geral multiplicam-se as iniciativas de apelo à Greve, como a Manifestação Nacional da Frente Comum em Lisboa, também no dia
6 de Novembro, com a qual estamos solidári@s. Porque sempre estivemos inequivocamente com a mobilização dos trabalhadores para a Greve Geral , porque deste o primeiro momento a divulgámos (ver cartaz aqui) e porque queremos uma Festa/Concentração onde todos possam participar, alterámos a hora deste evento para as 16h30.
Tod@s à Greve!

Crescem portanto as iniciativas a caminho da Greve Geral. O tempo é pouco, mas todas acrescentam para essa mobilização decisiva no próximo dia 24, na qual o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras enfrentam a austeridade e exigem um futuro.

Vê evento no Facebook aqui.


Amanhã na festa/concentração "A Caminho da Greve Geral", as Dras. Mónica Catarino e Sara Dias de Oliveira, assim como vários outros Advogados solidários, estarão no Largo Camões às 16h30 para tirar todas as dúvidas jurídicas aos precários e às precárias.

Manifestação dos trabalhadores da Administração Pública ( 6 de Novembro). Todos à manifestação!


MANIFESTAÇÃO NACIONAL - 6 DE NOVEMBRO

GREVE GERAL - 24 DE NOVEMBRO

Depois das grandes manifestações de 29 de Setembro, mesmo com dezenas de milhares de trabalhadores na rua, o Governo tenta nova afronta e avança com novas medidas de ataque.

Se já com o PEC I e II a luta estava a engrossar, é hora de responder a este novo e brutal ataque de forma inequívoca: Chega de nos irem aos bolsos, vão buscar o dinheiro onde ele existe!

E dado que a cada PEC o Governo diz que chega, mas já vamos no terceiro, se não dermos resposta, podemos contar com o PEC IV.

Todos à Manifestação e à Greve Geral!

Não aceitamos estar sempre a pagar uma crise que não tem fim!

Governo anuncia PECIII – Menos salários, mais cortes, mais impostos e despedimentos

Confirmando o que sempre afirmámos – a política de direita e os PEC's não resolvem a crise – O governo anunciou novas medidas de austeridade contra os trabalhadores e contra os trabalhadores da Administração Pública em especial.
Governo quer diminuir ainda mais os salários e prepara milhares de despedimentos

Salários: todos têm redução de salário

O Governo anunciou cortes entre 3,5 e 10% para salários superiores a 1500€.
O aumento de 1% para a CGA faz com que os trabalhadores da Administração Pública descontem ainda mais para a protecção social (12,5%) que os restantes trabalhadores (11%). Logo, TODOS OS TRABALHADORES que descontam para a CGA (mais de 600 mil) VÃO TER REDUÇÃO NO SEU SALÁRIO em pelo menos 1%.

IVA: Mais 2% de aumento

Não só há a redução objectiva dos salários como há o aumento do IVA – aquilo que todos pagamos por cada compra que necessitamos de fazer. O salário diminui e as contas aumentam!

ADSE: Redução das comparticipações

Ao invés de melhorar a comparticipação na saúde, e apesar de se pagar cada vez mais, o Governo quer reduzir os gastos com a ADSE, ou seja, vai ser mais difícil e mais caro o acesso aos cuidados de saúde.

Milhares de Despedimentos na calha:

As medidas anunciadas fazem prever que haja muitos milhares de despedimentos: redução do número de contratados e extinção/fusão de serviços – qualquer destas medidas visa reduzir o número de trabalhadores, ou seja, implementar um grande número de despedimentos.
Estes despedimentos (já há quem fale em 35 mil) atingem não só os trabalhadores como implicam destruição de serviços como escolas, serviços de saúde, entre outros, que não têm trabalhadores para poderem funcionar.

Milhões para a banca = roubo nos salários
Política militarista= aumento do défice

Não é verdade que não seja possível reduzir o défice de outra forma – basta que em vez de vir sistematicamente assaltar os trabalhadores se ponha os verdadeiros responsáveis pela crise a pagar – os grandes interesses financeiros, a banca e os mercados bolsistas.

Só com uma política que ponha esta gente a pagar os impostos que deve e a contribuir para a riqueza do país, será possível equilibrar as contas sem atacar os trabalhadores.
Estes sectores, que conseguem continuar a lucrar mesmo em tempo de crise, fortemente apoiados pela Comissão europeia e pelas organizações de suporte à supremacia dos mercados aplaudem as medidas de Sócrates pois são os únicos que estão bem à custa do empobrecimento de quem trabalha.
É claro que tal como para o Orçamento de Estado e para os outros PEC's, o Governo, apesar dos desentendimentos encenados, vai conseguir que PSD e a direita aprovem estas medidas, com a “mediação” do Presidente da República.
Temos de dizer basta e fazer o que pudermos para derrotar esta política. Os trabalhadores já demonstraram que unidos e em luta podem alterar o rumo que nos querem impor.

Outubro 2010
A Direcção Nacional da FNSFP É hora de lutar!
Todos à Manifestação e todos à Greve Geral!

http://www.fnsfp.pt/portal/


LOCAL DE CONCENTRAÇÃO DOS PROFESSORES:
os professores concentrar-se-ão na Rua Joaquim António de Aguiar, na esquina com a Rua
Artilharia 1 e aí integrarão a manifestação que se dirigirá depois para os Restauradores.

3.11.10

Movimentos dos trabalhadores precários apelam à greve geral de 24 de Novembro

Apelo conjunto dos movimentos de trabalhadores precários à Greve Geral

Nós, movimentos de trabalhadores precários, apoiamos a convocação da Greve Geral no próximo dia 24 de Novembro. Reforçamos o apelo da CGTP, à qual se juntou já a UGT e todo o movimento sindical. Apelamos à mobilização do conjunto da sociedade portuguesa, para exigir outras saídas e dar prioridade às vidas concretas de milhões de pessoas.

Nós, precárias e precários, cerca de um terço de todos os trabalhadores, somos particularmente prejudicados pela nossa condição. A nossa capacidade de mobilização depara-se muitas vezes com a chantagem e a arbitrariedade nos locais de trabalho e nas relações laborais. Trabalhadoras/es a recibos verdes, contratados a prazo, intermitentes, desempregados, bolseiros, temporários, temos todas as razões para participar neste protesto e tudo faremos para contribuir para uma mobilização que precisa de criar pontos de encontro para ser forte e inequívoca.

Uma mobilização contra as mentiras e as falsas inevitabilidades. Em Portugal, como em muitos outros países europeus, a factura da crise está a ser paga pelos mais fracos. A ganância e a irresponsabilidade do sistema são a origem e o combustível da crise que estamos a atravessar. A austeridade é dirigida a quem trabalha e, em particular, pesa mais sobre quem já está em dificuldades, enquanto os privilegiados continuam a salvo. Porque não tem de ser assim, é preciso afirmá-lo em conjunto.

A austeridade não é solução, porque é contra a vida das pessoas. Sabemos que a austeridade não tem fim à vista. Esta é a nova política para nos pôr a pagar os erros e as exigências de uma minoria. Mas, mais do que isso, é a forma como nos estão a levar os salários, os apoios sociais, os serviços públicos e os direitos. A austeridade é a precariedade acelerada, para toda a gente, e é ainda mais brutal. Porque não tem de ser assim, é preciso afirmá-lo em conjunto.

Os trabalhadores precários sabem bem o que é a austeridade. O desemprego e a precariedade andam de mãos dadas, atingindo cada vez mais pessoas e sectores da sociedade. A crise é a chantagem que precariza ainda mais as relações laborais e pressiona o conjunto dos trabalhadores: quem é precário aceita cada vez mais precariedade perante o receio de cair no desemprego, quem cai no desemprego sabe que a precariedade o espera. A austeridade é a resposta contrária à vida das pessoas: quanto mais precário, menos apoios sociais; quanto menos direitos, maior a perseguição. A austeridade escava ainda mais fundo o que a precariedade já aprofundava: a desigualdade, a discriminação e a injustiça social. Tiram-nos tudo. Sem trabalho, sem saber, sem ciência, sem cultura, sem arte, sem lazer, ficamos sem nada. Mas não nos resignamos. Porque não tem de ser assim, é preciso afirmá-lo em conjunto.

A resposta do conjunto dos trabalhadores e do conjunto da sociedade é a única forma de contrariar este caminho. Juntamo-nos, portanto, ao apelo para uma grande mobilização na Greve Geral do próximo dia 24 de Novembro.


FERVE – Fartos/as d’Estes Recibos Verdes
Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual
Precári@s Inflexíveis

Acção dos Precários Inflexíveis no centro comercial Vasco da Gama

Os Precários Inflexíveis realizaram no domingo, 31 de Outubro de 2010, uma acção de contacto com os trabalhadores, na sua maioria precários, do Centro Comercial Vasco da Gama.
O panfleto de mobilização para a Greve Geral foi distribuído no local de trabalho.
A acção realizada pretendeu chamar à atenção as vidas precárias e a exploração de todos os dias dos precários.

Concerto benefit anti-Nato na Casa Viva ( 6 de Novembro, a partir das 18h.)


Concertos de bandas de Metal e Punk na Casa Viva em prol de mobilização e angariação de fundos para a semana (15 a 21 de Novembro) de acções não violentas contra a cimeira da NATO, em Lisboa.
Iniciativa da PAGAN - Plataforma AntiGuerra AntiNATO

Local: Casa Viva
Praça marquês pombal, 167 - Porto

Plataforma das Artes - os profissionais da cultura e das artes voltam à luta


COMUNICADO DA PLATAFORMA DAS ARTES, 30 OUTUBRO 2010

A criação artística é um serviço público de valor inestimável.

A Constituição Portuguesa defende o direito consagrado à criação e fruição artísticas, direito que os autores, criadores e demais profissionais das artes desde sempre têm vindo a garantir aos cidadãos.

O investimento empenhado no bem imaterial constituído pela livre criação é essencial ao desenvolvimento de uma sociedade avançada, muito para além de uma limitada visão contabilística. Em última análise, a continuada deficiência de investimento nesta componente essencial da cultura é um gravíssimo atentado ao futuro do país.

É justamente nos momentos de grave crise que não se pode capitular à tentação do desinvestimento. Por isso é com a maior das apreensões que a Plataforma das Artes constata o que parece ser um definitivo abandono.

Há que clarificar que:

- o financiamento da produção cinematográfica e audiovisual provém de verbas autónomas, geradas a partir de receitas de publicidade que flutuam com o estado do mercado;

- o financiamento do Ministério da Cultura (MC) à criação no âmbito das artes performativas e visuais constitui apenas cerca de 50% do total do orçamento gerido pelos agentes no terreno; mas sem esse investimento do estado central, que representa, em números de 2010, apenas 0,03% do OE, todas as receitas complementares ao sector desaparecem, principalmente no actual quadro de retracção e de cortes orçamentais às autarquias e redução do poder de compra da população em geral;

- além do património imaterial insubstituível gerado pela criação artística, este sector devolve ao Estado, na forma de IVA, uma parte considerável das verbas públicas nele investidas;

- a criação artística significa mais de 12 mil postos de trabalho directos (com base em dados de 2006, divulgados em estudo encomendado pelo MC) e um incalculável número de postos de trabalho indirectos, cidadãos que sofrerão, como todos, os agravamentos de impostos e taxas sociais acrescidos da reconhecida e generalizada precariedade e intermitência das suas relações laborais.


2010 – ano caótico e desestruturante do tecido profissional artístico

Em 2010 foi pela primeira vez posto em causa, de forma retroactiva, o cumprimento de contratos assinados com o estado, tendo sido, no caso particular dos agentes financiados pelo ICA, pagas tranches de financiamento já afectadas de redução de 10%. Em Julho os apoios pontuais da DGArtes para o 1º semestre estavam ainda em fase de audiência prévia, não eram conhecidos os resultados dos apoios anuais 2010 e os concursos para apoios pontuais do 2º semestre não tinham ainda sido anunciados. Neste quadro, e na sequência da constituição da Plataforma das Artes enquanto interlocutor alargado junto da tutela, a Ministra da Cultura garantiu publicamente, a 12 de Julho, várias medidas para a sua correcção. Mas anunciou, com o 2º semestre já em curso, que não existiriam apoios pontuais.

Agora, findo o mês de Outubro, há apoios pontuais de 1º semestre e anuais da DGArtes que ainda não foram pagos, a discussão da Lei do Cinema tem sofrido atrasos que comprometem irremediavelmente a sua entrada em vigor em 2011.



As Artes e o MC em 2011

Na noite de 15 de Outubro o governo entregou a sua proposta de OE para 2011 na AR. E essa é a única informação formal de que dispomos sobre a acção que o governo pretende desenvolver no domínio da Cultura e das Artes.

Pela proposta de OE 2011 somos informados que não foi executado em 2010 cerca de 17% do orçamento do MC, um corte real de sensivelmente 40 milhões de euros dos previstos 236,3 milhões no OE respectivo, confirmando o desinvestimento que temos denunciado. O governo projecta para 2011 um aumento de 2,9% sobre o orçamento da Cultura executado em 2010; no entanto isto representa um corte à partida de cerca de 15% levando o orçamento do MC para 0,3% do OE. Se o governo pretende em 2011 realizar a mesma taxa de execução orçamental de 2010 o corte duplicará. Este é de facto o mais baixo orçamento para a cultura desde que existe MC. Cada vez mais longe a meta do 1% para a cultura dos programas eleitorais e do governo; longe está o reconhecimento do erro de não investir na cultura.

É anunciada uma redução de 10% no orçamento PIDDAC da DGArtes (passando a 19,8 milhões de euros), organismo que executa todos os anos integralmente estas verbas de investimento, sendo por isso um corte real. Simultaneamente ao anunciado corte, no texto do Relatório da proposta de OE, é mencionado o reforço do apoio por parte da DGArtes à internacionalização das artes e à rede de teatros e cine-teatros, sem explicar claramente de onde virão essas verbas. Se forem, no todo ou em parte, retiradas do PIDDAC já reduzido, implicam obrigatoriamente mais um corte nas verbas disponíveis para o programa de apoio às artes e por isso redução efectiva do número de estruturas e criadores, redução efectiva da produção artística nacional disponível para internacionalização e para circulação na rede de teatros nacionais.

Os 20% de aumento do orçamento do ICA anunciados, não são correctos. As contas desse aumento foram feitas com o valor da execução de 2010 com 20% das receitas próprias do ICA cativas, como estavam à data de apresentação da proposta de OE. Assim o crescimento para este ano é de facto de 0%, sendo mesmo de prever um decréscimo devido à recessão do mercado de publicidade e à diminuição absoluta da publicidade nas Televisões em substituição de outras formas de inserção (internet, por exemplo).

A única rubrica do orçamento do MC que parece de facto ser aumentada é a do Fundo de Fomento Cultural, uma rubrica com movimentação discricionária e pouco transparente.

O facto de o Ministério não ter até agora considerado necessário estabelecer diálogo com os representantes do sector antes da aprovação do OE, ou seja, antes de todas as decisões tomadas, retira necessariamente credibilidade a qualquer iniciativa apresentada no futuro. No actual contexto de crise, uma prática governativa responsável obrigaria ao estabelecimento de diálogo e procura de soluções comuns.

Este cenário de silêncio e incongruências leva a Plataforma das Artes a reivindicar um esclarecimento urgente, capaz de traduzir o OE 2011 em medidas concretas que identifiquem claramente a proposta do Governo em relação à Cultura.

De que forma será reconhecida a importância estratégica do investimento nas estruturas e criadores independentes como agentes do desenvolvimento cultural do país e como parceiros do estado?
De que forma serão preservados mecanismos de renovação do tecido cultural e o apoio directo à criação artística?
De que forma será promovida a distribuição da oferta de produção artística pelo todo geográfico nacional?
A verba inscrita no Relatório da proposta de OE 2011 como “Apoio às Artes” – 13,1 milhões de euros, valor amplamente noticiado e nunca formalmente negado ou corrigido – é um lapso? Qual o valor real?
Qual será a verba a consignar ao apoio à internacionalização da produção artística nacional anunciada no mesmo Relatório? Qual a sua proveniência? E o novo programa para a Rede de Teatros e Cine-teatros? Vai ser implementado? Com que verbas?


Haverá ganho para os cofres do estado a curto prazo (a crise obriga a resultados imediatos) da fusão dos Teatros Nacionais/OPART? Será possível, com um macro-organismo, manter carreiras e tabelas remuneratórias distintas e específicas de cada um dos organismos pré-existentes? No caso particular do Teatro Nacional de S. João não fica o MC e o país mais pobre no objectivo da descentralização de pólos de decisão e dinamização? Tudo isto foi ponderado?
Tem o governo noção de que qualquer corte no financiamento público deste sector significará longos períodos sem emprego para trabalhadores que não têm sequer acesso a protecção social para essa eventualidade?


Qual o impacto real destas ou outras medidas no âmbito da produção e difusão das artes e do Ministério da Cultura como um todo na redução da dívida pública? Foi ponderado esse impacto – obrigatoriamente da ordem das centésimas percentuais do OE face ao iníquo valor do orçamento do MC – e o resultado previsível de aniquilamento de todo um sector?


A Plataforma das Artes, pretendendo apenas reagir e agir após conhecer os reais projectos do governo para o sector, exige da tutela o esclarecimento formal necessário em tempo útil, reconhecendo-nos na prática como os parceiros que somos na concretização das políticas públicas do Ministério da Cultura.

Em nome de milhares de cidadãos profissionais das artes, em nome do direito constitucional à criação e à fruição artística, diversa, plural e distribuída pelo todo nacional, em nome da importância nuclear da arte na cultura e da cultura no desenvolvimento do país, a Plataforma das Artes manifesta a sua disponibilidade para audiência com o Ministério da Cultura antes da discussão na especialidade do OE 2011.

Este documento foi elaborado a partir de reunião realizada a 30 de Outubro de 2010, em que participaram profissionais independentes e de várias estruturas das diversas áreas de actividade artística e de vários pontos do país.

A Plataforma das Artes é composta pelas seguintes organizações:

APR - Associação Portuguesa de Realizadores

Plataforma das Artes Visuais

Plataforma do Cinema

Plataforma do Teatro

PLATEIA - associação de profissionais das artes cénicas

REDE – associação de estruturas para a dança contemporânea


Ciclo de documentários sobre América Latina na Casa da Horta ( 4, 11, 18 e 25 de Novembro, e 2/12)

Ciclo de Documentários da América Latina

Na Casa da Horta todas as quintas-feiras a partir de 4 de Novembro até dia 2 de Dezembro a partir das 22h vamos ter ciclo de documentários sobre a America Latina.

O programa:

4 de Novembro – Quinta – 22h – Un Poquito de tanta Verdad
No verão de 2006 um levante popular não violento explode no estado mexicano de Oaxaca. Alguem fala duma nova Comuna de París, outras pessoas falam da primeira revolução de Sudamérica do siglo XXI. Mas o mais importante deste levantamento popular foram as novas formas de organização social que apareceram e o uso dos medios de comunicação: de facto este movimento que juntou professores, donas de casa, camponeses, estudantes e trabalhadores tomou 14 radio emisoras e uma emissora de televisão e usou-os para organizar, movilizar, e difundir o mensagem da sua luta por justiça social, económica e cultural.


11 de Novembro – Quinta – 22h – Suite Habana
Um dia qualquer na vida de dez habitantes da cidade de Havana em Cuba. O dia-a-dia da cidade, mostrando a diversidade dos grupos sociais que existem e que formam várias cidades em uma só.

18 de Novembro – Quinta – 22h – El origen de las FARC

25 de Novembro – Quinta – 22h – La Vida Loca
O documentário La Vida Loca é o último trabalho do fotojornalista francês Christian Poveda. Um filme chocante que mostra a realidade das maras, gangues de jovens salvadorenhos. O interesse de Poveda era investigar a motivação desses jovens, como a falta de esperança e a cultura da violência. O filme custou-lhe a vida: Poveda acabou assassinado possivelmente por integrantes desses grupos.

2 de Dezembro – Quinta – 22h – Apagay Vamonos
Apaga y Vámonos é a história filmada do assédio ao povo mapuche-pehuenche e do fim progressivo de suas comunidades pelas mãos de Endesa-Espanha e pelo próprio governo chileno. Os mapuches que resistiram durante trezentos anos à colonização espanhola e que sobreviveram à República do Chile, se veem perseguidos pela democracia, que permite que sejam inundados seus territórios, seus cemitérios, suas casas, seu passado.

http://casadahorta.pegada.net/entrada/

Casa da Horta, Associação Cultural
Rua de São Francisco, 12A
4050-548 Porto
(perto da Igreja de São Francisco e Mercado Ferreira Borges)
Tel: 222024123 / 965545519

2.11.10

Concentração/Vigília de protesto no dia 3 de Novembro, às 15h30, frente à Assembleia da República


CONCENTRAÇÃO/VIGÍLIA DE PROTESTO, DIA 3 DE NOVEMBRO, 15.30H, FRENTE À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Irá decorrer amanhã, dia 3 de Novembro, frente à Assembleia da República, pelas 15.30h, uma concentração de protesto contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo e previstas para o Orçamento de Estado de 2011.

A concentração foi mobilizada por um grupo de cidadãos na rede social facebook fora do âmbito de qualquer estrutura partidária, organização ou sindicato.



• Consideramos que as medidas propostas pelo governo colocam em situação de extrema vulnerabilidade económica milhares de portugueses.
• Entendemos que as mesmas se regulam por um princípio de profunda injustiça social, uma vez que proporcionalmente e efectivamente penalizam com maior impacto os estratos sociais mais desfavorecidos.
• Acreditamos existirem alternativas às medidas propostas, se para tal existir vontade política.
• Consideramos que os cidadãos portugueses não podem, nem devem ser penalizados por uma crise da qual não são responsáveis.
• Exigimos a moralização da despesa pública, nomeadamente no que respeita a gastos de representação do Estado, atribuição e acumulação de reformas e pensões milionárias, eliminação de organismos públicos redundantes e inúteis.

Iremos deixar no local, como testemunho da nossa presença, a oferta ao governo e parlamentares, das nossas carteiras velhas e vazias; simbolizarão elas o estado actual da esmagadora maioria dos portugueses.



Partimos para a convocatória desta concentração por acharmos indigno que nenhuma voz se levantasse contra a ratificação de um OE punitivo e severamente lesivo para a maioria dos portugueses, os quais, não são efectivamente responsáveis pela crise com que actualmente nos brindam.

Temos consciência de que o dia e a hora do protesto levanta dificuldades a uma grande adesão; também sabemos que o facto de não possuirmos uma estrutura sindical ou partidária por trás se traduz numa série de limitações logísticas.

Consideramos, no entanto, que chegou o momento e a hora de dar voz ao cidadão, sem porta-vozes nem mediadores.

Compete a cada um de nós decidir; decidir se prefere calar e consentir ou ajudar a criar uma sinergia de mudança. Temos de começar por algum lado!

Entre todos os que possuem flexibilidade de horários, desempregados, estudantes, professores, reformados, poderemos com certeza reunir uma voz bem audível, em representação de todos os que, por variadíssimas razões, não se puderem deslocar.

Muitos de nós irão levar apitos, bombos, tampas de tachos, cartazes e faixas.

Venham mais cinco!

Amanhã, às 15.30h, frente à AR, não permitam que os portugueses fiquem conhecidos como os carneiros mansos desta europa.

Como alguém disse e muito bem: “um povo de carneiros tem governos de leão”.

Esperamos por todos os que se quiserem juntar, amanhã, 15.30h, frente à AR.

Até amanhã!


http://www.facebook.com/event.php?eid=122363297820765

Congresso do Associativismo e da Democracia Participativa (13 e 14 de Novembro)

http://movimentodoassociativismo.blogspot.com/

«A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, (...) visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa »
Artigo 2º da Constituição da República Portuguesa.


Inscrições para o congresso do Associativismo e da Democracia Participativa que se realizará nos próximos dias 13 e 14 de Novembro, no edifício do ISCTE, sito na Av. das Forças Armadas, 1649-026, Lisboa, e que pretende potenciar o associativismo e aprofundar a democracia participativa.

A inscrição pode ser efectuada pelo correio para a seguinte morada:
AJD, Lugar da Igreja, 4905-254 Deão, Viana do Castelo

Juntamente com a inscrição, deve ser enviada cópia do talão de pagamento da inscrição.
Ou então enviar para o email: associativismo.cidadao@gmail.com

NIB para transferência bancária:
0010 0000 6389 7110 0036 3

Nota 1: Para efectuar a inscrição basta fazer chegar os dados e o comprovativo de pagamento.
Nota 2: duas pessoas por entidade inscrita.


Elementos da Comissão Promotora
Organizações:
ACERT (Tondela) / ADCL (S. Torcato, Guimarães) / ADRL (Vouzela) / AJD - Associação Juvenil de Deão (Viana do Castelo) / ANIMAR – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local / Base-Fut / d'Orfeu (Águeda) / GAF – Grupo Aprender em Festa (Gouveia) / ICE - Instituto das Comunidades Educativas (Setúbal) / IN LOCO / KRISCER (Coimbra) / OLHO VIVO / Panteras Rosas / PROACT / QUERCUS / Solidariedade Imigrante / SOS Racismo


PROGRAMA PROVISÓRIO

Dia 13 - Novembro, SÁBADO

11:00h - ASSEMBLEIA DE ABERTURA
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA:
- linhas orientadoras do congresso;
- intencionlaidades do movimento da democracia participativa (Carmo Bica; Jean-Louis Laville)

14:30h - 16:30h – TERTÚLIAS propostas pela comissão organizadora ou pelas associações que o queiram fazer

17:00h - 19:00h - PLENÁRIO INTERCALAR (sínteses e debate)

Dia 14 - Novembro, DOMINGO

9:00h - 11:00h – TERTÚLIAS

11:30h - 13:30h - PLENÁRIO INTERCALAR (sínteses e debate)

15:00h - 17.30h - ASSEMBLEIA DELIBERATIVA
– linhas de acção para os documentos a produzir: documento base/linhas orientadoras do Movimento; caderno revindicativo (Rui d'Espiney, Fernando Ilídio, um elemento da Solidariedade Emigrante a convidar).

1.11.10

“Regresso ao campo”, os neo-rurais em Portugal, num documentário de Paulo Silva Costa

Como é a vida dos neo-rurais portugueses? Porque se decide ir viver para o campo?... Um documentário de Paulo Silva Costa, transmitido já duas vezes na RTP1

João Carvalho viveu onze anos em Londres. Teve êxito, mas fartou-se do frenesim citadino e dos horários das 9 às 5.

Optou por uma existência mais simples. Veio viver com a mulher e o filho recém-nascido para uma casa abandonada que descobriu através da internet e que comprou na Benfeita, em Arganil

Está a reconstruir a casa pelas suas próprias mãos. Só usa ferramentas manuais, e o mínimo de cimento ou de combustíveis fósseis.

O casal é vegetariano. Por isso, quando chega a hora de almoço, a mulher, Claire, tem apenas de descer às hortas abandonadas mais próximas para colher a próxima refeição. Também já fizeram vinho e cinquenta litros de azeite.

João desistiu propositadamente de uma vida com torradeiras e aquecimento eléctrico. Podia tê-la sem dificuldade, mas quer "viver com menos", como diz.

Claire e João são um exemplo de um grupo de novos rurais com crescente implantação nalguns partes esquecidas de Portugal, como é o caso da serra da Lousã ou do barrocal algarvio.

Os primeiros destes neo-rurais eram estrangeiros. Vinham de uma Europa Central então ameaçada por Chernobyl, à procura do últimos redutos naturais do Continente. Este movimento da populacão iniciou-se de resto já há décadas na Europa, mas só há pouco tempo ganhou alguma relevância social em Portugal.

Por cá, desde os anos quarenta do século passado que as migrações eram em direcção às cidades. Foi este êxodo rural que transformou Portugal num pais macrocéfalo, com um interior cada vez mais desertificado e a população concentrada no Litoral e sobretudo na área da Grande Lisboa.

"As pessoas abandonaram as áreas rurais e foram para as cidades à procura de trabalhos menos duros fisicamente, com remunerações mais elevadas ou pelo menos mais regulares, e à procura de melhores oportunidades para os filhos" - explica a geógrafa Teresa Alves, professora do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa.

Ir para a cidade era então visto como uma ascensão social, qualquer que fôsse a vida das pessoas lá.

Mas o mundo rural mudou muito nos últimos trinta anos. Os tractores substituiram o trabalho braçal, e os subsídios comunitários tornaram mais fácil viver no campo. Hoje em todo o lado há supermercados, a toda a parte se chega num instante graças às auto-estradas, e a internet tornou possível viver no campo mas trabalhar em funções que outrora só na cidade se podiam exercer.

Valorizaram-se também socialmente modos de vida desprezados num passado recente. E iniciou-se outra migração interna, a mudança para o campo dos ex-citadinos...

Agora, os geógrafos até já distinguem diferentes grupos destes "neo- rurais": há os que partem por motivação ecológica, os que na reforma regressam à terra natal, aqueles que se dedicam ao teletrabalho, e até os desempregados por causa da crise...

São algumas dessas pessoas que fizeram a opção de ir viver para o campo que o documentário vai encontrar.

Constata-se que os novos rurais portugueses são muitas vezes os netos ou os filhos dos que partiram para as cidades no século passado. Querem mudar de vida, tal como os seus pais e avós, mas têm outros valores.

"Valorizam o seu próprio tempo e modos de vida mais solidários" - conclui Teresa Alves - "e vão á procura de actividades em equilíbrio com a natureza. Também são pessoas que têm uma cultura de território, e que buscam um lugar específico onde possam ser felizes".

Um documentário de Paulo Silva Costa, com imagem de Rui Lima Matos, genérico de Pedro Cerqueira, edição de João Gama, sonorização de Luís Mateus e produção de João Barrigana

Hoje comemora-se o centenário da CNT (1910-2010)

Há 100 anos atrás ( 1 de Novembro de 1910) era criada em Barcelona a Confederação Nacional do Trabalho. Hoje, mais do que nunca, é preciso contrariar a desinformação e manipulação mediática contra o pensamento libertário, e começar a conhecer os ideais libertários de justiça e auto-organização dos trabalhadores em prol da sua emancipação social

A las barricadas! é o hino histórico da CNT, que foi regravado recentemente no conservatório "Juan Crisóstomo de Arriaga" de Bilbao para assinalar o centenário da CNT , criada em 1 de Novembro de 1910

Negras tormentas agitan los aires,
nubes oscuras nos impiden ver,
aunque nos espere el dolor y la muerte,
contra el enemigo nos manda el deber.

El bien más preciado es la libertad,
hay que defenderla con fe y con valor.
Alta la bandera revolucionaria,
que del triunfo sin cesar nos lleva en pos.
Alta la bandera revolucionaria,
que del triunfo sin cesar nos lleva en pos.

¡En pie pueblo obrero, a la batalla!
¡Hay que derrocar a la reacción!
¡A las barricadas! ¡A las barricadas
por el triunfo de la Confederación!
¡A las barricadas! ¡A las barricadas
por el triunfo de la Confederación
!


31.10.10

Monsanto comprou a Blackwater, a maior empresa de espiões e mercenários do mundo !!!



A Monsanto acaba de comprar a Blackwater, e ao fazê-lo prepara-se para dominar o nascimento e a morte da vida!!!
Mais: com a panóplia de informadores, aparelhos e técnicas de espionagem da Blackwater, a maior empresa mundial de mercenários, a Monsanto fica em condições de controlar a acção dos activistas que, um pouco por todo o mundo, resistem à sua dominação no negócio do agro-industrial, nomeadamente na produção e comercialização de transgénicos.

A empresa Monsanto nasceu graças aos enormes lucros obtidos pelas indústrias que produziam armas químicas durante a duas Grandes Guerras Mundiais.

E é por demais conhecida a cruzada da Monsanto contra a natureza e a agricultura tradicional, e os seus esforços incessantes de criar um modelo de agricultura dependente da química e da petroquímica.

Para alcançar os seus objectivos a Monsanto não hesita em fazer uma guerra política e jurídica contra os agricultores e os ecologistas que lhe resistam. Não é pois de espantar o interesse estratégico da Monsanto na aquisição e compra da maior empresa militar privada, a Blackwater. Desta forma, a Monsanto ficará numa posição privilegiada para se servir das técnicas, redes e informações propiciadas pelo complexo militar-industrial, de que a Blackwater é um do pilares, para levar a cabo a sua guerra contra quem resiste ao império Monsanto.



Fonte da notícia:
Blackwater's Black Ops
Jeremy Scahill
http://www.thenation.com/article/154739/blackwaters-black-ops

Over the past several years, entities closely linked to the private security firm Blackwater have provided intelligence, training and security services to US and foreign governments as well as several multinational corporations, including Monsanto, Chevron, the Walt Disney Company, Royal Caribbean Cruise Lines and banking giants Deutsche Bank and Barclays, according to documents obtained by The Nation. Blackwater's work for corporations and government agencies was contracted using two companies owned by Blackwater's owner and founder, Erik Prince: Total Intelligence Solutions and the Terrorism Research Center (TRC). Prince is listed as the chairman of both companies in internal company documents, which show how the web of companies functions as a highly coordinated operation. Officials from Total Intelligence, TRC and Blackwater (which now calls itself Xe Services) did not respond to numerous requests for comment for this article.


One of the most incendiary details in the documents is that Blackwater, through Total Intelligence, sought to become the "intel arm" of Monsanto, offering to provide operatives to infiltrate activist groups organizing against the multinational biotech firm.
Governmental recipients of intelligence services and counterterrorism training from Prince's companies include the Kingdom of Jordan, the Canadian military and the Netherlands police, as well as several US military bases, including Fort Bragg, home of the elite Joint Special Operations Command (JSOC), and Fort Huachuca, where military interrogators are trained, according to the documents. In addition, Blackwater worked through the companies for the Defense Intelligence Agency, the Defense Threat Reduction Agency and the US European Command.
On September 3 the New York Times reported that Blackwater had "created a web of more than 30 shell companies or subsidiaries in part to obtain millions of dollars in American government contracts after the security company came under intense criticism for reckless conduct in Iraq." The documents obtained by The Nation reveal previously unreported details of several such companies and open a rare window into the sensitive intelligence and security operations Blackwater performs for a range of powerful corporations and government agencies. The new evidence also sheds light on the key roles of several former top CIA officials who went on to work for Blackwater.
The coordinator of Blackwater's covert CIA business, former CIA paramilitary officer Enrique "Ric" Prado, set up a global network of foreign operatives, offering their "deniability" as a "big plus" for potential Blackwater customers, according to company documents. The CIA has long used proxy forces to carry out extralegal actions or to shield US government involvement in unsavory operations from scrutiny. In some cases, these "deniable" foreign forces don't even know who they are working for. Prado and Prince built up a network of such foreigners while Blackwater was at the center of the CIA's assassination program, beginning in 2004. They trained special missions units at one of Prince's properties in Virginia with the intent of hunting terrorism suspects globally, often working with foreign operatives. A former senior CIA official said the benefit of using Blackwater's foreign operatives in CIA operations was that "you wouldn't want to have American fingerprints on it."
While the network was originally established for use in CIA operations, documents show that Prado viewed it as potentially valuable to other government agencies. In an e-mail in October 2007 with the subject line "POSSIBLE OPPORTUNITY IN DEA—READ AND DELETE," Prado wrote to a Total Intelligence executive with a pitch for the Drug Enforcement Administration. That executive was an eighteen-year DEA veteran with extensive government connections who had recently joined the firm. Prado explained that Blackwater had developed "a rapidly growing, worldwide network of folks that can do everything from surveillance to ground truth to disruption operations." He added, "These are all foreign nationals (except for a few cases where US persons are the conduit but no longer 'play' on the street), so deniability is built in and should be a big plus."
The executive wrote back and suggested there "may be an interest" in those services. The executive suggested that "one of the best places to start may be the Special Operations Division, (SOD) which is located in Chantilly, VA," telling Prado the name of the special agent in charge. The SOD is a secretive joint command within the Justice Department, run by the DEA. It serves as the command-and-control center for some of the most sensitive counternarcotics and law enforcement operations conducted by federal forces. The executive also told Prado that US attachés in Mexico; Bogotá, Colombia; and Bangkok, Thailand, would potentially be interested in Prado's network. Whether this network was activated, and for what customers, cannot be confirmed. A former Blackwater employee who worked on the company's CIA program declined to comment on Prado's work for the company, citing its classified status.
In November 2007 officials from Prince's companies developed a pricing structure for security and intelligence services for private companies and wealthy individuals. One official wrote that Prado had the capacity to "develop infrastructures" and "conduct ground-truth and security activities." According to the pricing chart, potential customers could hire Prado and other Blackwater officials to operate in the United States and globally: in Latin America, North Africa, francophone countries, the Middle East, Europe, China, Russia, Japan, and Central and Southeast Asia. A four-man team headed by Prado for countersurveillance in the United States cost $33,600 weekly, while "safehouses" could be established for $250,000, plus operational costs. Identical services were offered globally. For $5,000 a day, clients could hire Prado or former senior CIA officials Cofer Black and Robert Richer for "representation" to national "decision-makers." Before joining Blackwater, Black, a twenty-eight-year CIA veteran, ran the agency's counterterrorism center, while Richer was the agency's deputy director of operations. (Neither Black nor Richer currently works for the company.)
As Blackwater became embroiled in controversy following the Nisour Square massacre, Prado set up his own company, Constellation Consulting Group (CCG), apparently taking some of Blackwater's covert CIA work with him, though he maintained close ties to his former employer. In an e-mail to a Total Intelligence executive in February 2008, Prado wrote that he "recently had major success in developing capabilities in Mali [Africa] that are of extreme interest to our major sponsor and which will soon launch a substantial effort via my small shop." He requested Total Intelligence's help in analyzing the "North Mali/Niger terrorist problem."
In October 2009 Blackwater executives faced a crisis when they could not account for their government-issued Secure Telephone Unit, which is used by the CIA, the National Security Agency and other military and intelligence services for secure communications. A flurry of e-mails were sent around as personnel from various Blackwater entities tried to locate the device. One former Blackwater official wrote that because he had left the company it was "not really my problem," while another declared, "I have no 'dog in this fight.'" Eventually, Prado stepped in, e-mailing the Blackwater officials to "pass my number" to the "OGA POC," meaning the Other Government Agency (parlance for CIA) Point of Contact.
What relationship Prado's CCG has with the CIA is not known. An early version of his company's website boasted that "CCG professionals have already conducted operations on five continents, and have proven their ability to meet the most demanding client needs" and that the company has the "ability to manage highly-classified contracts." CCG, the site said, "is uniquely positioned to deliver services that no other company can, and can deliver results in the most remote areas with little or no outside support." Among the services advertised were "Intelligence and Counter-Intelligence (human and electronic), Unconventional Military Operations, Counterdrug Operations, Aviation Services, Competitive Intelligence, Denied Area Access...and Paramilitary Training."
The Nation has previously reported on Blackwater's work for the CIA and JSOC in Pakistan. New documents reveal a history of activity relating to Pakistan by Blackwater. Former Pakistani Prime Minister Benazir Bhutto worked with the company when she returned to Pakistan to campaign for the 2008 elections, according to the documents. In October 2007, when media reports emerged that Bhutto had hired "American security," senior Blackwater official Robert Richer wrote to company executives, "We need to watch this carefully from a number of angles. If our name surfaces, the Pakistani press reaction will be very important. How that plays through the Muslim world will also need tracking." Richer wrote that "we should be prepared to [sic] a communique from an affiliate of Al-Qaida if our name surfaces (BW). That will impact the security profile." Clearly a word is missing in the e-mail or there is a typo that leaves unclear what Richer meant when he mentioned the Al Qaeda communiqué. Bhutto was assassinated two months later. Blackwater officials subsequently scheduled a meeting with her family representatives in Washington, in January 2008.

Through Total Intelligence and the Terrorism Research Center, Blackwater also did business with a range of multinational corporations. According to internal Total Intelligence communications, biotech giant Monsanto—the world's largest supplier of genetically modified seeds—hired the firm in 2008–09. The relationship between the two companies appears to have been solidified in January 2008 when Total Intelligence chair Cofer Black traveled to Zurich to meet with Kevin Wilson, Monsanto's security manager for global issues.

After the meeting in Zurich, Black sent an e-mail to other Blackwater executives, including to Prince and Prado at their Blackwater e-mail addresses. Black wrote that Wilson "understands that we can span collection from internet, to reach out, to boots on the ground on legit basis protecting the Monsanto [brand] name.... Ahead of the curve info and insight/heads up is what he is looking for." Black added that Total Intelligence "would develop into acting as intel arm of Monsanto." Black also noted that Monsanto was concerned about animal rights activists and that they discussed how Blackwater "could have our person(s) actually join [activist] group(s) legally." Black wrote that initial payments to Total Intelligence would be paid out of Monsanto's "generous protection budget" but would eventually become a line item in the company's annual budget. He estimated the potential payments to Total Intelligence at between $100,000 and $500,000. According to documents, Monsanto paid Total Intelligence $127,000 in 2008 and $105,000 in 2009.

Reached by telephone and asked about the meeting with Black in Zurich, Monsanto's Wilson initially said, "I'm not going to discuss it with you." In a subsequent e-mail to The Nation, Wilson confirmed he met Black in Zurich and that Monsanto hired Total Intelligence in 2008 and worked with the company until early 2010. He denied that he and Black discussed infiltrating animal rights groups, stating "there was no such discussion." He claimed that Total Intelligence only provided Monsanto "with reports about the activities of groups or individuals that could pose a risk to company personnel or operations around the world which were developed by monitoring local media reports and other publicly available information. The subject matter ranged from information regarding terrorist incidents in Asia or kidnappings in Central America to scanning the content of activist blogs and websites." Wilson asserted that Black told him Total Intelligence was "a completely separate entity from Blackwater."

Monsanto was hardly the only powerful corporation to enlist the services of Blackwater's constellation of companies. The Walt Disney Company hired Total Intelligence and TRC to do a "threat assessment" for potential film shoot locations in Morocco, with former CIA officials Black and Richer reaching out to their former Moroccan intel counterparts for information. The job provided a "good chance to impress Disney," one company executive wrote. How impressed Disney was is not clear; in 2009 the company paid Total Intelligence just $24,000.

Total Intelligence and TRC also provided intelligence assessments on China to Deutsche Bank. "The Chinese technical counterintelligence threat is one of the highest in the world," a TRC analyst wrote, adding, "Many four and five star hotel rooms and restaurants are live-monitored with both audio and video" by Chinese intelligence. He also said that computers, PDAs and other electronic devices left unattended in hotel rooms could be cloned. Cellphones using the Chinese networks, the analyst wrote, could have their microphones remotely activated, meaning they could operate as permanent listening devices. He concluded that Deutsche Bank reps should "bring no electronic equipment into China." Warning of the use of female Chinese agents, the analyst wrote, "If you don't have women coming onto you all the time at home, then you should be suspicious if they start coming onto you when you arrive in China." For these and other services, the bank paid Total Intelligence $70,000 in 2009.

TRC also did background checks on Libyan and Saudi businessmen for British banking giant Barclays. In February 2008 a TRC executive e-mailed Prado and Richer revealing that Barclays asked TRC and Total Intelligence for background research on the top executives from the Saudi Binladin Group (SBG) and their potential "associations/connections with the Royal family and connections with Osama bin Ladin." In his report, Richer wrote that SBG's chair, Bakr Mohammed bin Laden, "is well and favorably known to both arab and western intelligence service[s]" for cooperating in the hunt for Osama bin Laden. Another SBG executive, Sheikh Saleh bin Laden, is described by Richer as "a very savvy businessman" who is "committed to operating with full transparency to Saudi's security services" and is considered "the most vehement within the extended BL family in terms of criticizing UBL's actions and beliefs."

In August Blackwater and the State Department reached a $42 million settlement for hundreds of violations of US export control regulations. Among the violations cited was the unauthorized export of technical data to the Canadian military. Meanwhile, Blackwater's dealings with Jordanian officials are the subject of a federal criminal prosecution of five former top Blackwater executives. The Jordanian government paid Total Intelligence more than $1.6 million in 2009.

Some of the training Blackwater provided to Canadian military forces was in Blackwater/TRC's "Mirror Image" course, where trainees live as a mock Al Qaeda cell in an effort to understand the mindset and culture of insurgents. Company literature describes it as "a classroom and field training program designed to simulate terrorist recruitment, training, techniques and operational tactics." Documents show that in March 2009 Blackwater/TRC spent $6,500 purchasing local tribal clothing in Afghanistan as well as assorted "propaganda materials—posters, Pakistan Urdu maps, etc." for Mirror Image, and another $9,500 on similar materials this past January in Pakistan and Afghanistan.

According to internal documents, in 2009 alone the Canadian military paid Blackwater more than $1.6 million through TRC. A Canadian military official praised the program in a letter to the center, saying it provided "unique and valid cultural awareness and mission specific deployment training for our soldiers in Afghanistan," adding that it was "a very effective and operationally current training program that is beneficial to our mission."

This past summer Erik Prince put Blackwater up for sale and moved to Abu Dhabi, United Arab Emirates. But he doesn't seem to be leaving the shadowy world of security and intelligence. He says he moved to Abu Dhabi because of its "great proximity to potential opportunities across the entire Middle East, and great logistics," adding that it has "a friendly business climate, low to no taxes, free trade and no out of control trial lawyers or labor unions. It's pro-business and opportunity." It also has no extradition treaty with the United States.

30.10.10

Colóquio sobre Hortas Urbanas em Portugal realiza-se no dia 2 de Novembro no Museu da Ciência em Coimbra


Colóquio
Hortas Urbanas em Portugal
2 de Novembro de 2010, 15.30, Museu da Ciência , em Coimbra


Experiências a partir do chão urbano

O tema da Agricultura Urbana tem vindo a surgir em diversos contextos, sejam a sustentabilidade ambiental, a segurança alimentar, o desenvolvimento de economias solidárias ou ainda a integração social e urbanística. O objectivo deste colóquio é contribuir para o conhecimento alargado do fenómeno das hortas urbanas em Portugal enfatizando dimensões históricas, localizações e relações sócio-culturais.

O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e o CES (Centro de Estudos Sociais da UC) apresentam este o tema a partir de um debate que inclui a sociedade civil, representada por uma associação de moradores promotora das agriculturas urbanas em Lisboa, a administração pública municipal a partir do caso emblemático das hortas comunitárias do Bairro do Ingote em Coimbra, e a comunidade científica, representada pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.


PROGRAMA

15H00 15H30
ECOLOGIA CÍVICA E AGRICULTURA URBANA. O CASO DA ALTA DE LISBOA
Jorge Cancela, Coordenador da AVAAL – Associação de Valorização Ambiental da Alta de Lisboa

15H30 16H00
O CASO DAS HORTAS COMUNITÁRIAS DE COIMBRA: O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS NA PROMOÇÃO DA AGRICULTURA NO QUOTIDIANO DA CIDADE
Francisco Queirós, Vereador da Habitação da Câmara Municipal de Coimbra

16H00 16H30
HORTAS (PERI) URBANAS EM PORTUGAL: PERGUNTAS, DESAFIOS E CENÁRIOS POSSÍVEIS. RUMO A CONSTRUÇÃO DE UMA REDE DE EXPERIÊNCIAS?
Giovanni Allegretti e Juliana Torquato Luiz, CES

16H30
DEBATE ENTRE O PÚBLICO E OS ORADORES

MAIS INFORMAÇÕES
Entrada gratuita
Inscrição obrigatória - enviar email para:
geral@museudaciencia.org



www.museudaciencia.pt/index.php?iAction=Actividades&iArea=1&iId=232

Realiza-se neste fim de semana em Montemor-o-Novo mais um Ao Encontro da Semente




A associação Colher para Semear realiza durante este fim de semana de 30 e 31 de Outubro mais um "Ao Encontro da Semente", desta vez em Montemor-o-Novo.

A participação no encontro é gratuita, com excepção da participação nas oficinas, estas têm um custo total (que engloba a frequência de todas as oficinas) de 20 euros para não sócios e de 10 eurospara sócios.

Estão também convidados para o encontro todos os guardiões de sementes que tragam consigo algumas para expor (numa banca destinada a todos) e para partilhar com os demais visitantes e guardiões, por forma a valorizar ainda mais este momento de confraternização .

O encontro decorrerá na Sociedade Carlista de Montemor-o-Novo e servirá para trocar sementes, assistir a palestras, participar em oficinas e ter contacto com o património agrícola-vegetal do concelho. Lá será exibido, nos dias 30 e 31, o documentário “Guardiões de Montemor-o-Novo”, realizado por Tiago Fróis e Rui Cacilhas. Este documentário regista as visitas que a Associação Colher para Semear realizou a vários hortelões montemorenses, com o intuito de trocar sementes


Ao Encontro da Semente 2010
O levantamento efectuado no concelho de Montemor-o-Novo trouxe ao de cima, no espaço de tempo facultado, a fracção visível e possível da grandeza que contém o património cultivado nesta região. Quer isto dizer que ele é porventura mais vasto – e só não será ainda maior por causa da erosão que sofreu no último meio século, com a introdução da venda globalizada de variedades híbridas, que de início se mostram produtivas mas rapidamente degeneram.

Esse novo contexto teve efeitos imediatos, sociais e económicos. Por um lado, a troca de material genético entre agricultores passou a ser descontinuada, com consequências, ainda pouco estudadas, nas relações que um tal comportamento civil permitia estabelecer e consolidar; por outro lado, do ponto de vista económico o resultado foi mais perverso, levando os agricultores a entrar num ciclo de dependência e a abandonar por completo a capacidade de gerir os seus destinos, ao perderem autonomia reprodutiva e alimentar.

Montemor-o-Novo, como centro histórico de passagem que continua a ser, situado no eixo Évora–Lisboa, foi particularmente afectado por este fenómeno. No entanto, uma tal especificidade pode de igual modo contribuir para a manutenção da diversidade agro-alimentar da região, através da sua promoção na oferta gastronómica da restauração e do turismo rural. Os montemorenses têm uma aptidão inata para a horta, revelando esse seu apego a quantidade de quintais esmeradamente cultivados que aqui se vêem, tanto em redor da cidade como nas suas freguesias, exemplo notável de como é possível as pessoas serem detentoras de alguma autonomia (de bastante até, em certos casos), conseguindo assim, além das inerentes poupanças, obter conscientemente uma maior segurança alimentar.

A actividade agrícola do concelho sofreu algumas modificações: a cultura de cereais já conheceu melhores tempos e essas áreas foram ocupadas pela prática extensiva de criação animal, sobretudo gado vacum. As searas de trigo e aveia desapareceram quase por completo, sendo a cevada o único cereal que persiste, e mesmo este raramente se vislumbra.

Pela positiva, registe-se a continuidade de culturas tradicionais, sendo o exemplo mais marcante o da «roxa de Montemor», uma cebola excepcional que faz chorar de várias maneiras; e outras variedades continuam nas mãos dos guardiões mais idosos e persistentes, na esperança de que a geração seguinte lhes dê continuidade.

Um dos propósitos da nossa iniciativa, Ao Encontro da Semente, é alcançar essa ligação geracional, ilustrando a necessidade de dar prolongamento às presentes actividades hortícolas e agrícolas, realçando as qualidades dos alimentos nelas produzidos e promovendo a sua utilidade, com vista a mantermos o leque das opções alimentares; e sobretudo realçando estas produções como forma comprovada da inerente capacidade de adaptação de tais culturas às condições do ecossistema.

Como nos encontros anteriores, podemos tirar partido desta ocasião para trocar e partilhar ideias, conversas e sobretudo sementes. A transmissão da semente, em si mesma, tem um significado que, embora físico, roça o espiritual. Com efeito, desde a sedentarização do homem e a consequente intervenção agrícola, tem sido praticada e faz parte da nossa génese a partilha de sementes como moeda de troca de bens úteis. Quanto aos laços amistosos que semelhante acção provoca, são sobejamente conhecidos e sentidos por todos os seus praticantes, aproveitando nós a oportunidade para recomendar esta experiência, que nos aproxima uns dos outros e nos humaniza.

A presente exposição, demonstrativa da dedicação das mulheres e dos homens deste concelho que convivem com a realidade do mundo rural, pretende ser uma simbólica homenagem a todos eles. Nos tempos que se adivinham, esta conduta pode ter uma importante função de referência, sendo conveniente transmiti-la a uma sociedade que anda em busca de soluções.


Sexta-feira 29 de Outubro

Sociedade Carlista
14h - Visita à exposição pelos alunos das escolas do concelho de Montemor-o-Novo

Sábado 30 de Outubro

Sociedade Carlista

9h. - Recepção e inscrição dos participantes

9h30 - Sessão inaugural d’«Ao Encontro da Semente», abertura da exposição e troca de sementes

10h - Apresentação do levantamento do património agrícola vegetal desde há muito cultivado no
concelho de Montemor-o-Novo, por José Miguel Fonseca. Moderadora: Teresa Pinto Correia

11h - «Montemor-o-Novo, refúgio da Vitis silvestris», por George Bohm

12h - «Colher dos mais velhos, Semear entre os mais novos», por Vitor Guita e Simão Comenda
13h30 - Almoço

15h - Filme documentário Guardiões de Montemor-o -Novo, realização de Tiago Fróis,
montagem de Rui Cacilhas (recolhido junto dos guardiões de Montemor-o-Novo)

15h15 - «O Montado como sistema tradicional», por Ana Margarida Fonseca

16h - Oficina do Barro, por Bernardino Cantanhede*

20h - Jantar

22h - Baile das Colheitas

Domingo 31 de Outubro
Sociedade Carlista

9h30 - Oficina prática de recolha e conservação das sementes, por José Miguel Fonseca*
11h30 - Oficina do mel, dois exemplos: O cortiço, por Custódio Pereira e Juvenália Cantanhede*
A colmeia móvel, por António Abel*

13h - Almoço
Repetição do documentário Guardiões de Montemor-o-Novo
Mesa de Sábios Agricultores. Conversa moderada por Graça Ribeiro e José Miguel Fonseca
Conclusões e reflexões sobre o “Ao Encontro da Semente de 2010”
Encerramento musical do encontro com o Coral de São Domingos

Greve dos corticeiros


Nota à imprensa do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte

MIGALHAS SALARIAIS!

É o que a associação da cortiça ( APCOR) diz ter para os trabalhadores corticeiros à mesa das negociações, ao apresentar a proposta de actualização salarial de (0,22€ dia), justificando-se com o estado em que o país se encontra, numa clara tentativa de imputar a responsabilidade a quem lhes dá o lucro (os trabalhadores).

Recordamos que só o grupo AMORIM nos primeiros 6 meses do ano alcançou (11,6 Milhões) num ano de”CRISE” depois deter procedido um despedimento colectivo.

A referida proposta da APCOR dos (0,22€) foi feita no dia 13 de Outubro na terceira e “ultima reunião de negociação do contrato”, contra a já magra proposta que os Sindicatos (CGTP) apresentaram (0,60€ dia) que não foi aceite. Convêm não esquecer que o salário mínimo nacional aumentou no princípio do ano (0,83€ dia) e este sector nacional é líder mundial.

Por estas razões o Plenário de Dirigentes, Delegados e Comissões de trabalhadores do Sindicato dos Operário Corticeiros do Norte tomou a decisão de marcar uma greve sectorial para os corticeiros com inicio às 0 horas do dia 27 e fim às 24 horas do dia 28 de Outubro.

A Greve será seguida de uma concentração frente à APCOR entre as 10 horas e as 21 horas do mesmo dia para onde convergirão os trabalhadores em greve.

Trabalhadores das empresas do grupo Amorim vão desfilar a partir das 14 horas desde os locais de trabalho até ao local da vigília.

É desta forma que os obreiros da grande fortuna do grupo Amorim mostram o seu repúdio a esta associação patronal que se diz cooperante na partilha e se afirma como Instituição de bem..!

A DIRECÇÃO

Concentração de Reformados em Aveiro no dia 3 de Novembro às 15h.


Concentração de Reformados

Dia – 3 de Novembro de 2010.

Hora – 15.00 horas.

Local – Segurança Social de Aveiro.

Tal como a generalidade dos trabalhadores portugueses, também os reformados que já vivem com grandes dificuldades e na da pobreza por causa das pensões de miséria, vêm agora a sua situação a piorar com as novas medidas anunciadas pelo governo.

Em nome da crise o governo, de mãos dadas com o PSD, está a tirar aos trabalhadores e aos reformados, para dar aos bens instalados na vida e engordar as contas bancárias dos ricos.


Não querem aumentar as pensões mas reduzi-las através:

Do aumento do custo de vida;

Do aumento do IVA de 21 para 23% e nalguns produtos essenciais de 6 para 23%;

Da lei das condições de recurso que leva à redução e/ou ao fim de prestações sociais;

Do aumento dos medicamentos, exames, análises, e outros serviços de saúde;

Do aumento dos impostos para os reformados.


O governo está também a degradar a qualidade dos serviços públicos, pagamos mais e somos pior servidos.

O que está já é muito mau, mas eles querem piorar as coisas com novas medidas injustas a aprovar no Orçamento de Estado para 2011.

É neste quadro que a InterReformados (Organização dos Reformados da União dos Sindicatos de Aveiro CGTP-IN), decidiu convocar uma Concentração para o dia, hora e local acima referenciados.

Vamos exigir melhores pensões e melhor protecção social;

Vamos exigir justiça e mais respeito pelos os reformados;

Vamos exigir mudança de políticas.

Uma delegação da InterReformados fará a entrega na Segurança Social e no Governo Civil, de um documento com as suas preocupações e reivindicações.

Aveiro, 27 de Outubro de 2010

A Direcção Distrital da InterReformados

Economia Sem Muros é o livro a ser lançado no CES-Lisboa no dia 2 de Nov. às 17h30


Lançamento de livro A Economia Sem Muros
2 de Novembro de 2010, 18h30, CES-Lisboa,


Picoas Plaza, Rua Tomás Ribeiro, 65

A sessão contará com a presença dos organizadores e coordenadores do livro, Vítor Neves e José Castro Caldas, e Pedro Lains (Investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa)

A economia é um mecanismo dotado de leis naturais que não devem ser transgredidas, ou a economia é uma construção social e política? A economia é um assunto apenas para economistas, ou deve dizer respeito a todos?

A “Economia Sem Muros”, livro recentemente publicado na colecção CES-Almedina, reunindo contribuições de investigadores com diversas proveniências disciplinares, interroga-se quanto à natureza da economia e do conhecimento económico. São “velhas” questões, mas que continuam actuais e sem uma resposta consensual. “A Economia Sem Muros” pretende precisamente contribuir para clarificar os termos do debate. Um debate para o qual todos estão convidados.

A Economia como ciência atravessa actualmente um período de profunda transformação. Em causa está a forma como o "económico" é pensado e a sua relação com o "político", o "moral", o "social" e o "ambiental". O que é (e não é) "económico"?



O que é (e deve ser) a Economia como saber ou ciência? A Economia limita-se (e deve limitar-se) a interpretar ou descrever a realidade ou constrói ela própria a realidade que ao mesmo tempo descreve? O que significa "pensar como um economista"?


O que une um grupo de estudiosos numa profissão autónoma chamada "Economia" e os distingue de outros que também se dedicam a analisar a "economia"? Podem os economistas aprender com abordagens provenientes de outros domínios disciplinares? O que aprendemos com a história da disciplina?


Este livro é o resultado da procura de respostas para estas questões por parte de economistas e outros cientistas sociais portugueses

Introdução
À procura de sentido(s) para a Economia Vítor Neves e José Castro Caldas

SECÇÃO I - A Economia à procura do seu objecto


1. O "económico" e o "economicismo"
João Ferreira do Amaral

2. O que é afinal o "económico"? A Economia como ciência moral e política
Vítor Neves

3. Economia e crematística dois mil anos depois
José Castro Caldas

4. Facetas da heterodoxia: da orto-negação à hetero-afirmação.
Espaços de diálogo e de reconstrução
Carlos Pimenta

SECÇÃO II - Racionalidade económica: descrição, prescrição ou construção?

5. De ciência da escolha à ciência do comportamento:
por onde anda o indivíduo na Economia?
Ana Costa

6. Modelos racionais de comportamentos irracionais: Uma RI-análise
Mare Seholten

7. Terá chegado o tempo dos arquitectos e designers económicos?
Ana Cordeiro Santos

8. Motores, fotos, quimeras e monstros: quão performativa é a ciência económica?
Rafael Marques

9. É a economia, estúpido, vs. é a dádiva, estúpido. Reflexões de um antropólogo
sobre o ensino da Antropologia a futuros economistas
Filipe Reis

SECÇÃO III - Construindo pontes no passado

10. A Economia em tempo de crise: desafios a uma ciência com história
José Luis Cardoso

11. Do "eterno retorno" da História da Economia Política ou dos "fins" da Economia?
Joaquim Feio

12. Os instrumentos e usos dos economistas
Tiago Mata

Epílogo

Uma ciência indisciplinar: A cidade dos economistas
José Reis