5.1.13

O escândalo na arte, as obras artísticas e os artistas escandalosos

 
A história da arte ocidental sempre foi marcada por escândalos face aos padrões estabelecidos da religião, do academismo, do gosto burguês, da decência ou da tradição, em todos esses casos os artistas procuraram afirmar a sua liberdade.
Com efeito, desde o tempo dos Gregos até Mel Gibson e a sua paixão por Cristo, os artistas sempre questionaram a política, os costumes, os dogmas, as religiões da sua época. E houve até civilizações que mudaram radicalmente graças aos golpes desferidos pela imaginação criativa dos artistas contra o conformismo.
O número especial da revista francesa Beaux-Arts publicado nos últimos dias de 2012 é dedicado aos blasfemadores, aos provocadores, aos pornógrafos, apresentando as obras mais significativas dos autores que se recusam em andar em círculo, e que vão desde os pintores (Miguel Angelo, Caravaggio, Holbein, Coubet, Picasso), os escritores (Victor Hugo, Sade, Renan), até aos dramaturgos (Genet, Copi), passando pelos fotógrafos (Serrano) e cineastas (Bunuel, Gibson)
O último capítulo do dossier temático da revista aborda os artistas escandalosos da época contemporânea e reflecte sobre a actualidade e a definição do que é uma obra artística escandalosa hoje em dia