APRESENTAÇÃO DE "CAFÉ PARAÍSO" DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO NA "BRASILEIRA" EM BRAGA
"Café Paraíso", o décimo livro e o nono de poesia de António Pedro Ribeiro ou A. Pedro Ribeiro, vai ser apresentado no café "A Brasileira" em Braga na próxima quinta, dia 8, pelas 21,00 h.
"Café Paraíso" é uma edição Bairro dos Livros (Cultureprint).
A apresentação da obra vai estar a cargo de Ângela Berlinde e do pintor César Taíbo.
António Pedro Ribeiro nasceu no Porto no Maio de 68, viveu em Braga, na Trofa e reside actualmente em Vilar do Pinheiro (Vila do Conde). É autor dos livros "Nietzsche, Jim Morrison, Henry Miller, os Mercados e Outras Conversas" (World Art Friends, 2011), "Um Poeta no Piolho" (Corpos, 2009), "Queimai o Dinheiro" (Corpos, 2009), "Saloon" (Edições Mortas, 2007), "Um Poeta a Mijar" (Corpos, 2007), "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco, 2006), "Sexo, Noitadas e Rock n' Roll" (Pirata, 2004), "Á Mesa do Homem Só. Estórias" (Silêncio da Gaveta, 2001) e "Gritos. Murmúrios" (com Rui Soares, Grémio Lusíada, 1988). Actuou como diseur e performer nos Festivais de Paredes de Coura de 2006 e 2009 (com a banda Mana Calórica), no Festival de Poesia do Condado de 2007 em Salvaterra do Minho (Espanha) e nas "Quintas de Leitura" do Teatro Campo Alegre no Porto em 2009 e em Maio passado. É organizador, com Luís Beirão, das sessões de Poesia de Choque no Clube Literário do Porto e tem dinamizado as noites de poesia dos bares Púcaros e Pinguim no Porto. Foi fundador da revista literária "Aguasfurtadas" e tem colaborado em revistas como "Piolho", "Porrtuguesia" ou "Bíblia".
"Café Paraíso" fala dos últimos poetas de café, da vivência do poeta nos cafés das cidades- "A Brasileira" e o "Astória" em Braga, o "Piolho", o "Ceuta", o "Luso" e o "Aviz" no Porto, o "Guarda-Sol" e o "Ultramar" na Póvoa de Varzim, o "Pátio" e o "Bom Pastor" em Vila do Conde- e das aldeias (Vilar do Pinheiro, Vila Nova de Telha). Fala da mulher que passa, que se passeia nos cafés, que atende às mesas ou permanece ao balcão a quem o poeta oferece poemas e só às vezes conquista. É também o café das tertúlias com outros poetas e escritores (A. da Silva O., Raúl Simões Pinto), amigas, amigos, as discussões inflamadas, os bares até às tantas. A memória de Joaquim Castro Caldas, Jaime Lousa, Sebastião Alba e de Carlos Pinto, o falecido gerente do Púcaros.
"Café Paraíso" é o homem só à mesa que escreve, lê e observa. É o poeta maldito que incendeia os bares da poesia. São também as figuras do gerente, do empregado de mesa, do teórico de café, do revolucionário de café, do bebado, do louco que berra, as cumplicidades, as conversas, a caixa registadora. Mas é igualmente o tédio, a rotina, o inferno do quotidiano mercantil que, apesar de tudo, é mais fácil de suportar no café do que em casa. A revolta contra a propaganda da TV, o futebol omnipresente que o poeta também vê, o não aceitar da ditadura dos mercados e da finança. "A vidinha de escravos que está a chegar ao fim", o princípio do fim do capitalismo. O café, a cerveja.