11.2.11

FMI ou como morrer da cura - debate no dia 12 de Fev. às 21h30 na sede dos Precários Inflexíveis, na Lx Factory




O FMI é hoje apresentado como um salvador da economia portuguesa, ou no mínimo como um mal necessário, a chegar em breve. As medidas de austeridade implementadas pelo governo nos últimos meses já se apresentam em sintonia com o plano de sacrifícios para a classe trabalhadora, tradicional da acção deste fundo que inscreve nas suas fundações o apoio ao desenvolvimento económico dos países - mas na verdade que desenvolvimento é este?

O registo histórico de mais de 60 anos de acção do FMI mostra os resultados que as suas acções trazem aos países - desde a África Subsahariana até ao antigo bloco de Leste, passando pela América Latina - aumento do fosso entre os mais ricos e os mais pobres, precarização absoluta do trabalho, perda de independência económica e fome. No entanto, os juros dos empréstimos do FMI sempre contribuíram para empobrecer os países que a ele recorreram e tornar o FMI uma instituição bastante rentável.

A entrada do fundo na Grécia, Irlanda e outros países europeus está longe de ter atingido quaisquer dos objectivos a que se propôs, sendo provável que a dívida contraída não venha a ser paga. Mas todos os dias aparecem nos media mais especialistas que procuram demonstrar inequivocamente que a culpa é dos trabalhadores, que todos têm direitos a mais e que o FMI trará as reformas necessárias à recuperação da economia portuguesa.
Com a presença dos economistas João Rodrigues (Ladrões de Bicicletas e CES) e Sara Rocha (ATTAC), os Precários Inflexíveis organizam mais um debate para esclarecer as principais motivações de uma chamada do FMI a Portugal, quais as principais medidas que o fundo tomaria e que resposta poderá a sociedade dar a uma retirada massiva de direitos e qualidade de vida