9.9.10

A CrewHassan está sem espaço - Festa Benefit no Ateneu de Lisboa (dia 11 de setembro)


SE DESEJAS A CONTINUIDADE DA CREWHASSAN NÃO FALTES!!
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CREW HASSAN BENEFIT PARTY


Após 4 anos de actividades diárias na nossa sede na rua Portas de Santo Antão, a Crew Hassan vê-se obrigada a procurar outro espaço!

Por este espaço passaram workshops, aulas de capoeira,dança contemporanea,ensaios e gravações, exposições, performances, teatro, cinema alternativo,instalações artisticas, debates, e claro, uma dose diária de concertos e dj's.

Assim, para manter a nossa independência (pois relembramos que nunca recebemos qualquer verba de nenhuma instituição pública ou privada),procuramos uma nova sede para manter as nossas actividades! Para esta mudança precisamos de fundos e temos o contributo de vários artistas para este evento.

Como não somos da cultura da tristeza,mas sim da alegria,não vamos chorar sobre o leite derramado e enfrentamos o futuro com o mesmo empenho de sempre: Em Festa!!

Dia 11 de Setembro no Ateneu de Lisboa na mesma Rua que um dia também foi nossa, vamos festejar e angariar os fundos que nos ajudarão a encontrar uma nova sede onde prometemos continuar a abanar Lisboa!

A entrada custa 5 euros e dá direito a uma festa com muitos dos artistas que fazem parte da história da Crew Hassan: Musicos, Djs, Vjs, Performers etc..

Nomes já confirmados
Melo D, Selecta Lexo, Johnny (Cool Train Crew), Deni Shain (Fr), DJ 2old4school, Mike Stellar, Nuno Bernardino, Tony Montana, Mo'Junkie (Phonotactics), Dubadelic Vibrations, Kid Selecta, E.D.P., VJ X, Mystic Fyah, Mo'Junkie, Vítor Silveira

Jam session aberta com músicos!


CREW HASSAN BENEFIT PARTY
11 DE SETEMBRO
ATENEU DE LISBOA - A PARTIR DAS 22H
ENTRADA 5 EUROS

Mensagens de apoio:

- "se poderiamos viver sem a crew hassan??? podiamos, mas não era a mesma coisa" Dj Johnny (Cool Train Crew)

- "a vida nas cidades também se faz de espaços como o da crew hassan - espaços onde outra perspectiva da cultura é explorada. seria uma pena vê-la desaparecer." Rui Miguel Abreu, jornalista


Texto sobre a Cooperativa Cultural Crew Hassen

Também na Baixa, mas na de Lisboa, está localizado o espaço da CrewHassan (pronuncia-se croissant), cooperativa cultural formada em Maio de 2006.
Renato XXX, mais conhecido por Renas, apercebeu-se de que Lisboa não tinha «nenhuma oferta de locais de qualidade, fora do circuito comercial», que permitisse aos artistas mostrar o seu trabalho. E que o público «estava a precisar de coisas novas.» Em conjunto com seis amigos decidiu criar um espaço que respondesse a esta necessidade. A casa foi encontrada por sorte. Renas, DJ de profissão, foi tocar numa festa do Comércio Justo, onde lhe disseram que o andar de baixo estava disponível. Não perdeu tempo e ali ficou instalada a Crew, no 1.º andar do n.º 159 da Rua das Portas de Santo Antão, a dois passos do Coliseu dos Recreios. A música ouvida em ambos os espaços é, no entanto, bem diferente. Se no Coliseu tocam artistas já conceituados, no palco da Crew tocam aqueles que não encontram lugar nos tops de vendas.
Mas a cooperativa não se limita à música. Promove exposições – ao longo das paredes vemos vários quadros e fotografias –, instalações, mostras de cinema, VJS Sets, workshops. As ideias não param e por isso, no passado dia 22, inauguraram uma loja de discos, onde planeiam ter também um espaço para os produtos do Comércio Justo. Nem só de arte, porém, vive este projecto. «O nosso objectivo é ter uma equipa grande que faça um bom trabalho, ao nível da cultura, e que angarie dinheiro para projectos sociais associados à CrewHassan», explica Renas. Como o Natal Social, que teve já a sua 3.ª edição, no qual se reúne comida, roupa e brinquedos para oferecer a instituições de caridade.
Acreditam que o mundo pode ser melhor, e que essa melhoria depende de cada um. Por isso ali não se vende Coca-Cola: «Somos contra as multi-nacionais e a favor do comércio tradicional. Além disso, a Coca-Cola foi o segundo maior financiador da campanha de Bush. A política está muito ligada à Economia. Penso que se não comprarmos determinados produtos podemos marcar a diferença.» Como defendem os direitos dos animais, o restaurante é vegetariano. Não impõem escolhas ou modos de vida, mas vivem de acordo com os seus. Recusam o rótulo de alternativos, que acreditam ter uma conotação pejorativa: «Não é uma cultura alternativa, nem um modo de vida alternativo. Não são segundas escolhas. São opções. É a nossa maneira de ser, de estar e de viver.»
in Jornal de Letras