19.6.10

Solstício do Verão vai ser celebrado no Monte dos Tambores, aldeia das Chãs, em Vila Nova Foz Côa (dia 21 de Junho, às 20h.)

O Solstício do Verão vai ser celebrado na próxima segunda feira ao pôr-do-sol, entre as 20:00 e as 20:45, num antigo altar de pedra em Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa.

Pelas 18:30, um cortejo alegórico partirá, com várias personagens, em representação dos antigos sacerdotes druidas, do adro da aldeia, até ao local das celebrações, ao som de gaiteiros de Miranda - Anda Camino.

O ato será antecedido com leitura de poemas e rituais de xamanismo, dedicados à cura da terra, ao som de tambores e gaitas de foles e interpretações de viola de arco pelo actor e músico, João Canto e Castro.

A Pedra do Solstício, situada nos arredores da aldeia de Chãs, no monte dos Tambores, trata-se de um imponente bloco granítico arredondado, com três metros de diâmetro, que se supõe ter sido posto de observação astronómico e local de culto, desde o neolítico e calcografia, por antigos povos que habitaram esta área.

O local fica a curta distância de outro templo solar, o Santuário da Pedra da Cabeleira, onde são celebrados os Equinócios, ambos os locais sobranceiros a alguns dos principais núcleos de gravuras rupestres classificados como Património da Humanidade

Segundo estes "adoradores do Sol", há já quem classifique aqueles alinhamentos sagrados como o "Stonehenge português", visitado por inúmeros especialistas e investigadores.

Para o professor catedrático e investigador, Moisés Espírito Santo, que considera que "os livros de história têm ignorado a cultura dos nossos antepassados lusitanos, procurando fazer crer que estes eram uma horde de selvagens, atrasados e ignorantes", estes santuários revelam antes, um povo "libertário e ocioso da sua independência e cultura, e que se opôs aos seus colonizadores".

Do programa consta ainda uma romagem à "Pedra Fernando Assis Pacheco", onde será depositada uma coroa de flores, e um espectáculo, pelas 22:00, com animação do grupo musical - Toca a Cantar.

O verão começa segunda feira, dia 21 de Junho, às 11:28, naquele que será o dia maior do ano, em termos de horas de Sol




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O Solstício do Verão, ocorre em Portugal às 12.29 horas do dia 21 de Junho, segunda-feira. Assinala o começo do Estio, que termina a 23 de Setembro. E vai ser festejado, ao pôr-do-sol, com música celta, louvores e rituais às forças da natureza, numa zona castreja, em Chãs, concelho de Foz Côa, com a já tradicional cerimónia mística, junto a um dos calendários pré-históricos, que estão alinhados com o inicio das estações do ano

Pelas 20.45 horas, os participantes na acção podem testemunhar a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício, numa imagem de grande simbolismo histórico e místico Trata-se de um imponente bloco granítico de forma arredondada, com três metros de diâmetro e a configuração do globo solar e da esfera celeste, que se supõe ter sido posto de observação astronómico e local de culto por antigos povos que habitaram a área -Desde o neolítico e calcolitico, civilizações de que existem abundantes vestígios - Porém, observado de perfil voltado a ponte, o referido monumento assume a estranha forma de um curioso busto humano.

Ergue-se sobranceiro ao Vale da Ribeira Centieira, em cujo curso, a jusante, se situam as gravuras dos Piscos, um dos principais núcleos da arte rupestre paleolítica, Património da Humanidade.

O sol, ao pôr-se a vários quilómetros no horizonte - na margem oposta ao vale, sobranceiro ao monte dos Tambores, estende os seus raios em perfeito alinhamento com a crista de uma gigantesca estrutura megalítica e no mesmo enfiamento de um pequeno círculo cavaco na rocha, proporcionando uma imagem de raro esplendor e significado.

O acto será antecedido com leitura de poemas, rituais de xamanismo, dedicados à cura da terra, por Maria Margarida Barros, o som de tambores e gaitas de foles e interpretações de viola de arco pelo actor e músico, João Canto e CastroAs cerimónias evocativas do Solstício de Verão estão agendadas para as 18.30, com o desfile do cortejo alegórico druida, que partirá, do adro da aldeia, até ao local das celebrações, ao som de gaiteiros de Miranda, os “Anda Camino” – As festas em sudação ao dia maior do ano, pretendem evocar antigas tradições ligadas aos ciclos da Natureza e ao culto solar

Do programa, consta ainda uma homenagem ao poeta Fernando Assis Pacheco, com a deposição de uma coroa de flores -transportadas pelos “sacerdotes druidas” - e a leitura de poemas por João Canto e Castro, junto a uma pedra onde o poeta e jornalista se deixou fotografar, num gesto de enorme alegria, pela sua visita ao local, um mês antes da sua morte e da última reportagem, pela revista Visão, às gravuras do Vale do Côa - A romagem ao pequeno altar, pretende ao mesmo tempo lembrar todos aqueles que foram tocados pela inspiração poética das musas ou da linguagem e o brilho do Leão dos Céus