Processo Rohde – Um fartar de vilanagem!
A Rohde, empresa de calçado situada no Concelho da Feira, que contou já com cerca de 3.000 trabalhadores, de “dificuldade em dificuldade”, de apoios e mais apoios financeiros do Estado e da Segurança Social, com o objectivo sucessivamente anunciado de evitar o mal maior, tem hoje formalmente 1.000 trabalhadores.
Formalmente, porque não obstante os apoios financeiros, das contínuas promessas de garantia dos postos de trabalho, a empresa encontra-se actualmente envolvida num nebuloso processo de insolvência. Há um mês, a solução para a viabilização passava pela garantia da manutenção de 50% dos postos de trabalho, para virem ontem falar apenas em 150.
Por outro lado, o processo Rohde é mais um evidente caso de delito comum pela forma como são desbaratados fundos públicos e pelo aproveitamento político mesquinho, de que tem sido alvo.
Os factos mais recentes são elucidativos. Em Agosto de 2009, as trabalhadoras foram de férias, regressaram no início de Setembro e não havia trabalho.
Mais uma vez, com o objectivo anunciado de evitar o encerramento da empresa, o próprio Ministério do Trabalho propôs um repetido processo de Lay Off , mais tarde transformado em suspensão dos contratos de trabalho, com base no argumento, de que a empresa não tinha condições para assumir os 30% dos salários, como lhe competia.
O Presidente da Câmara, (pasme-se!) embrulha a sua “preocupação” na exigência, não na garantia dos postos de trabalho, mas na instalação, em Santa Maria da Feira, de uma delegação, de apoio ao desemprego, mais conhecidas por centros de emprego, postura que mantem.
Claro, estávamos em Setembro/09 e com eleições legislativas e autárquicas à porta, havia que evitar a falência a qualquer preço naquela altura, para igualmente evitar que se transformasse num evidente caso político, desfavorável ao partido do governo e à Câmara.
Por todas as razões, é um escândalo que a autarquia e governo, continuem a lavar as mãos deste processo como Pilatos. Em nome da decência politica, exige-se que intervenham rápido e em força, no sentido da garantia efectiva dos postos de e trabalho.
Direcção da União dos Sindicatos de Aveiro
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