16.1.10

Jornadas de Inverno no Cabeço Santo (Águeda) de reflorestação começam a 23 de Jan. e aceitam-se voluntários ( contactar o núcleo da Quercus de Aveiro)


http://ecosanto.wordpress.com/


JORNADAS DE INVERNO NO CABEÇO SANTO

O Núcleo de Aveiro da Quercus promove e organiza as Jornadas de Inverno no Cabeço Santo, um conjunto de dias de Sábado ao longo do Inverno dedicados à participação voluntária nos trabalhos de Recuperação Ecológica levados a cabo pelo projecto neste monte da freguesia de Belazaima do Chão, Concelho de Águeda.
Os trabalhos propostos desenvolvem-se na sequência dos trabalhos realizados no ano anterior por equipas profissionais, e serão bastante variados, consoante as especificidades de cada local.

Trabalhos a realizar
Nas áreas ribeirinhas ao Ribeiro de Belazaima identificamos os seguintes:

• Limpeza dos restos de ramos secos e queimados do terreno
• Plantação de carvalhos e castanheiros
• Limpeza de trilhos para integração no percurso pedestre a demarcar este ano
• Corte de mimosas e eucaliptos, descasque de mimosas

Na área de acácia-de-espigas onde se realizou uma gradagem:

• Arranque e corte das plantas de acácia-de-espigas remanescentes
• Plantação de arbustos como o medronheiro e a murta
Nas áreas mais problemáticas de acácia-de-espigas não sujeitas a mobilização:
• Corte a arranque de plantas de acácia
Os trabalhos serão, em cada dia, adaptados ao número e características dos voluntários presentes.

Destinatários
Todos os cidadãos ou grupos de cidadãos que queiram contribuir de forma voluntária para este projecto. De forma especial, são convidados os cidadãos da Freguesia de Belazaima e do Concelho de Águeda.
São também bem-vindos grupos de empresas, associações, escolas, escuteiros, etc. que se queiram organizar para realizar uma jornada. Poderão ser marcados dias específicos para estes grupos.

Calendarização das Jornadas de Trabalho Voluntário de Inverno
• Janeiro: 23
• Fevereiro: 6 e 20
• Março: 6 e 13

Realizar-se-ão jornadas sempre que haja pelo menos 2 voluntários inscritos até à Quinta-feira à noite anterior ao Sábado previsto.

Apoio aos Voluntários:
• Alimentação oferecida pela organização podendo, quando as condições o permitirem, incluir um cozinhado solar.
• Possibilidade de transporte a partir de Aveiro e de Águeda.
• Entrega de certificados de participação a todos os participantes.
• Oferta de um calendário para 2010, alusivo ao projecto, a todos quantos participarem pelo menos duas vezes nos Trabalhos de Inverno.

Formas Alternativas de Colaboração
Através de donativos em dinheiro, que complementam os apoios institucionais:
• Por cheque enviado para o Núcleo de Aveiro da Quercus, conta “Cabeço Santo” na CGD, com o número 0239 018448 830
• Por transferência bancária para o NIB 0035 0239 0001 8448 8309 4 (enviando comprovativo por correio postal ou e-mail para cabsanto@gmail.com, com identificação do número de contribuinte).
Adquirindo o calendário para 2010 alusivo ao projecto, pelo valor de 5€ (envio pelo correio acrescido de 1€)
Os donativos privados (particulares ou empresariais) permitem a atribuição de benefícios fiscais, em sede de IRS ou de IRC.

Mais informação:
• No blogue do projecto
http://ecosanto.wordpress.com
• Através do endereço de correio electrónico cabsanto@gmail.com
• Pelo nº de telemóvel do Núcleo de Aveiro da Quercus, 96679668 6.

Apoios institucionais ao Projecto:
• Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) (fundos)
• Câmara Municipal de Águeda (fundos).
• Silvicaima Lda (espaço de intervenção).
• Junta de Freguesia de Belazaima (terreno, tractor)
• Associação Florestal do Baixo Vouga (mão de obra)



PROJECTO CABEÇO SANTO

O Projecto Cabeço Santo teve início em Setembro de 2006, cerca de um ano depois do grande incêndio que, em 18 de Setembro de 2005, queimou extensas áreas nos Concelhos de Mortágua, Anadia e Águeda. O ponto de partida para este projecto foi a necessidade de se tomarem medidas que evitassem a degradação das últimas áreas de vegetação espontânea da freguesia de Belazaima do Chão, existentes no Cabeço Santo, e ameaçadas, após o fogo, pela presença da flora invasora, em particular a acácia-de-espigas. Com efeito, sem essa ameaça, a flora espontânea não teria dificuldade em recuperar após o fogo, como o fez deste tempos imemoriais. No entanto, a presença de núcleos e de um banco de sementes já abundante da acácia-de-espigas, espécie de forte potencial colonizador após o fogo, fazia prever uma agressiva expansão da sua distribuição, como de facto se veio a verificar. Se nada fosse feito, os já reduzidos e pressionados núcleos de vegetação nativa da freguesia seriam largamente “engolidos” por essa “fúria” invasora.
No entanto, aproveitando o facto de a maior parte dos núcleos de vegetação espontânea se encontrarem dentro de uma grande propriedade administrada pela empresa Silvicaima, e o facto de esta empresa planear efectuar acções de replantação do eucaliptal na propriedade, obrigando-se contudo a respeitar certas limitações antes não existentes, levou a que a área de intervenção do projecto se estendesse para além dos núcleos primitivos de vegetação
espontânea, para incluir outras áreas onde o cultivo seria abandonado, concretamente em torno dos vales e margens das linhas de água.
Mas nestas áreas o desafio era bastante maior, porque, para além de serem áreas já exploradas no passado, se encontravam densamente invadidas com outra espécie de características fortemente invasoras: a mimosa (Acacia dealbata).
O grosso dos trabalhos de intervenção nestas áreas iniciou-se em 2008, graças ao apoio da Câmara Municipal de Águeda e à contribuição financeira da Silvicaima, contribuições enquadradas num protocolo assinado em 2008 com a Quercus. Em 2009 o projecto obteve um financiamento do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEE), o que lhe permitiu realizar a intervenção inicial de remoção e eliminação química da vegetação exótica e invasora nas restantes áreas da propriedade gerida pela Silvicaima. Além disso, a própria Quercus adquiriu outras áreas de interesse para o projecto: já em 2006 tinha adquirido um terreno que continha a maior e mais interessante parte da área de vegetação espontânea do Cabeço Santo, e em 2009 adquiriu áreas contíguas ao Ribeiro de Belazaima, permitindo ao
projecto intervir na recuperação deste ribeiro ao longo de uma considerável extensão. No total, a área de intervenção do projecto não andará longe dos 100 hectares.
Para além da eliminação da vegetação invasora, que, mesmo após a intervenção inicial, exige um acompanhamento ao longo de anos, o projecto promove a implantação de vegetação nativa, onde ela já não existe, por meio da plantação e da sementeira de árvores e arbustos. Em 2010 prevê-se a instalação de um apiário em modo de maneio biológico e a demarcação de um percurso pedestre.
Embora a maior parte dos trabalhos realizados o tenham sido por mão de obra profissional, até pela mais elementar inadequação a outro tipo de contribuição, o projecto acolhe e promove a contribuição voluntária, também como forma de educação e consciencialização ambiental. Está também aberto a outras acções de educação ambiental, concretamente as que as escolas ou outras organizações queiram promover. Os donativos em dinheiro para o projecto oriundos de entidades privadas concedem benefícios fiscais em sede de IRS/IRC. O produto da venda deste calendário também reverte para o projecto.
O projecto mantém um blogue, através do qual divulga o seu desenrolar e promove a participação voluntária