Completam-se agora cem anos da revolta de 1909 em Barcelona protagonizada pelos grupos sociais mais pobres daquela região metropolitana da Catalunha.
Durante a semana de 25 de Julho a 2 de Agosto de 1909 ocorreram uma série de acontecimentos que na história oficial ficaram conhecidos pela expressão «Semana Trágica» mas que só se compreendem na medida em que sejam vistos como uma resposta antimilitarista e pacifista das camadas sociais mais exploradas à requisição de homens para o exército espanhol ordenada pelo governo da altura a fim de combater nas colónias espanholas no Norte de África os ataques que o poder colonial espanhol estava a sofrer.
O protesto que visava impedir o embarque de reservistas do Exército espanhol a partir de Barcelona rapidamente alastrou por toda a cidade, constituindo o principal alvo da ira popular os edifícios, as escolas e as instituições pertencentes à Igreja que era especialmente odiada pelos revoltosos ( segundo dados historicamente comprovados, foram queimados 33 conventos, 33 escolas religiosas e 20 igrejas foram reduzidas a cinzas) por aquela instituição estar associada ao atraso crónico e ao obscurantismo cultural que atingia a população.
A responsabilidade por estes acontecimentos foi mais tarde imputada pelo Estado espanhol ao grande intelectual e pedagogo Francisco Ferrer y Guardiã, acusação que lhe custou a vida, apesar da sua inocência e ao clamor geral que por todo o mundo se levantou em sua defesa.
O fuzilamento de Francisco Ferrer – uma figura internacionalmente muito respeitada, que naquela altura poderia ser comparada com a que hoje é representada por Noam Chomsky - constituiu um dos maiores, injustos e atrozes crimes do Estado ao longo do século XX
Nos últimos dias os muros de aproximadamente vinte igrejas em Barcelona apareceram pintados com palavras a recordar a luta anti-clerical.
Durante a semana de 25 de Julho a 2 de Agosto de 1909 ocorreram uma série de acontecimentos que na história oficial ficaram conhecidos pela expressão «Semana Trágica» mas que só se compreendem na medida em que sejam vistos como uma resposta antimilitarista e pacifista das camadas sociais mais exploradas à requisição de homens para o exército espanhol ordenada pelo governo da altura a fim de combater nas colónias espanholas no Norte de África os ataques que o poder colonial espanhol estava a sofrer.
O protesto que visava impedir o embarque de reservistas do Exército espanhol a partir de Barcelona rapidamente alastrou por toda a cidade, constituindo o principal alvo da ira popular os edifícios, as escolas e as instituições pertencentes à Igreja que era especialmente odiada pelos revoltosos ( segundo dados historicamente comprovados, foram queimados 33 conventos, 33 escolas religiosas e 20 igrejas foram reduzidas a cinzas) por aquela instituição estar associada ao atraso crónico e ao obscurantismo cultural que atingia a população.
A responsabilidade por estes acontecimentos foi mais tarde imputada pelo Estado espanhol ao grande intelectual e pedagogo Francisco Ferrer y Guardiã, acusação que lhe custou a vida, apesar da sua inocência e ao clamor geral que por todo o mundo se levantou em sua defesa.
O fuzilamento de Francisco Ferrer – uma figura internacionalmente muito respeitada, que naquela altura poderia ser comparada com a que hoje é representada por Noam Chomsky - constituiu um dos maiores, injustos e atrozes crimes do Estado ao longo do século XX
Nos últimos dias os muros de aproximadamente vinte igrejas em Barcelona apareceram pintados com palavras a recordar a luta anti-clerical.
Exposição sobre a Semana Trágica de 1905 em Barcelona