Não, este banco não está em crise,
Nem sequer está cotado na Bolsa
É um banco que aceita abraços das pessoas
E os partilha sem falar de hipotecas,
De créditos,
avales
e fianças
Só aceita beijos
Neste banco beijaram-se os amantes,
Os amigos,
os idosos
e os jovens,
nas tardes dos sábados
e aos Domingos a qualquer hora
Gosto dos bancos como este,
São feitos de madeira,
e estão rodeados de relva e flores.
São bancos inofensivos e sensíveis,
Que sorriem quando alguém se senta neles
E escutam pacientemente todas as palavras
Este é o género de bancos
Que deveriam povoar o mundo.
(adaptação de uma poesia de Maria Novo)
Georges Brassens canta
«Les amoureux des bancs publics » (Os amantes dos bancos públicos)
Sobre os bancos públicos e o espaço público, consultar::
http://bancspublics.canalblog.com/
Fotografias:
http://www.flickr.com/groups/bancspublics/
Rebelião de jardins
http://rebellionjardiniere.free.fr/
Robin das cidades (fr)
http://www.robinsdesvilles.org/spip.php?rubrique7
Espaço público republicano
http://www.robinsdesvilles.org/spip.php?rubrique7
Reclaim the streets
http://rts.gn.apc.org/
«Quando se suprimiu a rua, as consequências não tardaram: a extinção da toda a vida, a redução da cidade ao dormitório, o funcionalismo aberrante da existência…a rua é a desordem, e esta desordem existe, viva, informe. É surpreendente. Lugar da palavra, lugar de trocas para as palavras e para os signos tanto como para as coisas. »
(Henri Lefebvre, La révolution Urbaine, Paris; Gallimard; 1970)
(Henri Lefebvre, La révolution Urbaine, Paris; Gallimard; 1970)
Vivemos numa sociedade em que a estandardização e o mercantilismo têm a pretensão de substituir a criatividade, o sonho e a partilha