30.12.08

Não ao Rali Dakar 2009(Argentina–Chile): a Argentina não é um deserto a conquistar, nem a América Latina um pátio de diversão dos países desenvolvidos

Assinem a Petição Não ao Rali Dakar 2009. Já há 9660 assinaturas. O objectivo até ao final deste ano é chegar às 10.000 assinaturas. Por isso, apressem-se. Assinem aqui


A organização do Rali Dakar 2009 é composta este ano por 530 equipas, 82 camiões, 188 automóveis, 30 quatrociclos e 230 motas que vão percorrer 9.000 Km, muitos deles pertencentes a áreas protegidas. Em cada dia irão ser transportadas cerca de 500 pessoas de um local a outro, estando previsto a mobilização de 1500 polícias para o certame.
Numerosas entidades, desde a Associação Argentina de Arqueólogos Professionais, até deputados-legisladores da Patagónia, passando por grupos ecologistas e profissionais, já alertaram para o fortíssimo impacto que o rali vai provocar sobre a região.

Mais concretamente alertam para a região que irá ser atravessada no próximo dia 5 de Janeiro, conhecida por El Caín e zonas límitrofes (Barril Niyeu, Pilquiniyeu, Puesto de Hornos, Rucu Luan), integrados na «Área Natural Protegida Meseta de Somuncura». No dia 6 os concorrente do Rali passarãi também na àrea Natural Protegida Valle Cretácico. Ambas as zonas têm ecossistemas frágeis.

A atravessia por estas zonas protegidas, e as respectivas autorizações governamentais, violam a legislação de protecção do meio ambienyal e, inclusive, algumas normas constitucionais.
Não por acaso o jornal diário argentino La nación refere-se na sua edição de 11 de Novembro ao Rali como uma aventura que tem sempre o seu preço. E a pergunta que salta logo é a de sabet se valerá a pena pagar o preço por esta competição motorizada que dura há já 30 anos. Um competição que tem uma clara matriz colonial, que abusa do valor simbólico da Patagónia e de regiões próximas, e que para o divertimento de alguns provocará inevitáveis prejuízos ao meio ambiente e às populações locais.

Em reacção a estes verdadeiro atentado a associação ecologista chilena Acción Ecológica já anunciou o seu repúdio e a sua intenção de organizar protestos contra a realização do Rali Dakar 2009 que irá atravessar a Argentina e o Chile nos primeiros dias do próximo ano. Segundo aquela associação o Rali é uma pseudo-competição que transmite uma mensagem negativa e pervesa, além dos inevitáveis impactos negativos no meio ambiente nas regiões por onde passar. Acción Ecológica promete mostrar a insensatez do rali para que todo o mundo saiba que também na América Latina não admitamos projectos deste género.


CONTACTOS:
Lic. Andrés Dimitriu SER (02941) 435087
andresdimitriu@gmail.com
amdimitriu@riseup.net
Claudia Rivero SER (02941) 15617219
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Alejandro Yaniello – PIUKE (02944) 442463 (02944) 15661465
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Elvio Mendioroz – UÑOPATUN .(02920) 464222
unopatun@rnonline.com.ar

RENACE - Red Nacional de Acción Ecologista

Petição contra o Rali Dakar 2009: Argentina –Chile

Assinem a Petição Não ao Rali Dakar 2009. Já há 9660 assinaturas. O objectivo é chegar às 10.000 assinaturas até ao final deste ano. Por isso, apressem-se. Assinem.

O antigo rali Paris-Dakar deixou um rastro de morte e destruição ecológica nos países do norte de àfrica. Anulado na sequência de acontecimentos dramáticos no final de 2007 no território da Mauritânia, o rali Dakar viu-se confrontado com a impossibilidade de se realizar no espaço que sempre fora o seu e que obrigou a organização a deslocá-lo este anos para a América do Sul, com partida e chegada a Buenos Aires e um trajecto de 9.000 Km pela Argentina e Chile, via deserto de Atacama

Salvemos Atacama

Situado a mais de 4.000 metros de altitude, o deserto de Atacama é muito vulnerável. Com menos de 100mm de chuva por ano, é considerado o deserto mais árido do mundo, com um desenvolvimento da flora extremamente lento, pelo que a subsistência da própria vida é um desafio permanente. A sobrevivência das populações locais é pois particularmente difícil. Fazer uma competição motorizada nestas circunstância será simplesmente devastador. Acresce – o que não é pouco – o risco de destruição de numerosos sítios arqueológicos de mais de 12.000 anos.

Porquê travar o Dakar?

Ao mesmo tempo que os países de todo o mundo assinam os acordos do Tratado de Kyoto, os países mais desenvolvidos deveriam dar o exemplo e não difundir a mensagem do desperdício energético. Dizer NÃO ao Dakar 2009 é gritar alto e bom som que um Rali deste género não é próprio das realidades do século XXI.

Dizer NÃO ao Dakar 2009 é defender os valores humanos e ambientais

Dizer NÃO ao Dakar é dizer aos meios de comunicação social do Chile e da Argentina que este Rali não é nem uma actividade turística nem uma inciativa económica benéfica para os países latino-americanos.E não é porque a organização da prova como as equipas concorrentes já trazem tudo confeccionado e preparado, deixando só lixo nos locais por onde vão passando. Mas não só. Tal como aconteceu em África, crianças e adultos correm o risco de serem atropelados, e as populações locais retirados da sua tranquilidade. Será que temos de assistir a mais acidentes, desta vez na Argentina e Chile?

Assinem a petição: aqui


O deserto de Atacama