Um dos navios da Greenpeace, o quebra-gelo MV Arctic Sunrise chega hoje a Lisboa. Os interessados podem visitar livremente o navio. Vem a bordo e participa numa visita guiada ao navio.
Consultar:
http://weblog.greenpeace.org/pt/
Horários de visita
Dia (Agosto 2008) Horário
Quinta-feira, 21 - 17h00 - 20h30
Sexta-feira, 22 - 16h30 - 20h30
Sábado, 23 - 09h00 - 13h00 e 16h30 - 20h30
Lugar: Porto de Lisboa, Doca de Alcântara, ao fundo do pontão no lado sul. Acesso pela Avenida de Brasilia via ponte de peões ou pela Rua General Gomes Araújo.
Breve História do Arctic Sunrise
Talvez por ironia, ou quem sabe justiça poética, antes de juntar-se à frota da Greenpeace, em 1995, o quebra-gelo Arctic Sunrise era um navio utilizado na caça às focas.
Aproximadamente uma década mais cedo, em 1986, a Greenpeace havia pela primeira vez confrontado o navio, que à época chamava-se Polar Bjorn, enquanto este fazia a entrega de equipamentos para a construção de uma pista de aterragem que possibilitasse a exploração de petróleo e de reservas minerais pelo governo francês. A pista seria construída dentro de uma reserva de pinguins na Antárctica. Na Tasmâmia, um activista escalou o mastro do Polar Bjorn, içou a bandeira da Greenpeace e acorrentou-se ao cesto da gávea. Era um presságio do que estava por vir.
Posteriormente, todo o continente Antárctico foi declarado parque mundial, e a exploração mineral e petrolífera foi banida da região. Para o governo francês, o Arctic Sunrise já não era de qualquer utilidade. Para a Greenpeace, sim.
A vida do Arctic Sunrise junto à Greenpeace começou com a campanha para o fim do descarte de instalações petrolíferas no mar. Lançados do navio, activistas da organização ocuparam a reserva de petróleo Brent Spar, localizada no Mar do Norte, para evitar que a instalação de 14.500 toneladas fosse afundada. A acção, que integrava a campanha para a eliminação do descarte oceânico, colocou a Greenpeace contra as forças do governo britânico e da maior empresa de petróleo do mundo à época.
Desde sua acção inaugural, o Arctic Sunrise tem lutado em muitas campanhas. Já investigou a poluição de plataformas de petróleo no Mar do Norte, perseguiu embarcações piratas que pescavam ilegalmente no Oceano Índico, confrontou poluidores no Mediterrâneo, e no Pacífico colocou-se na rota de um míssil que estava a ser testado para o “Guerra das Estrelas”, sistema de defesa dos EUA.
Durante o outono passado, no oceano Antárctico, o Arctic Sunrise foi deliberadamente atacado e danificado pelo Nisshin Maru, o navio-fábrica da frota baleeira japonesa, duas vezes mais longo e seis vezes mais pesado que o navio da Greenpeace. O impacto deixou o Sunrise abalado e danificado, mas felizmente nenhum membro da tripulação ficou ferido.
Fazendo jus ao nome, o Arctic Sunrise tem passado muito tempo a navegar nas regiões polares. Fez diversas viagens ao Mar de Beaufort, no Oceano Árctico, para confrontar os testes para a criação de novas reservas de petróleo, e documentou as alterações climáticas tanto no Alasca quanto na Groelândia.
Em 1997, tornou-se o primeiro navio a circunavegar a Ilha James Ross, na Antárctica, no que fora uma jornada impossível até que um bloco de gelo de 200 metros de espessura, que ligava a ilha ao continente Antárctico, veio abaixo. Mais um sinal das alterações climáticas que o Arctic Sunrise ajudou a documentar.
Agora, após quase três meses no Mediterrâneo a denunciar actividades destructivas e a documentar as áreas marinhas que necessitam de protecção, o Arctic Sunrise está a aproximar-se de águas portuguesas. Em breve, este navio que já fez tanto por nossas campanhas, estará aqui para divulgar a campanha de mercado de peixe da Greenpeace em Portugal, em mais uma luta para ajudar a salvar os nossos oceanos.
http://www.greenpeace.org/portugal/
A webcam do navio: aqui