O 18 de Maio será uma data histórica
A Associação Galega da Língua (AGAL), por ocasião do Dia das Letras, vai realizar uma manifestação no próximo dia 18 de Maio pelas 12h em Santiago de Compostela e cujo objectivo é a defesa dos direitos linguísticos individuais e colectivos dos falantes do galego, defesa que passa pelo reconhecimento do galego como parte integrante da lusofonia, ao mesmo tempo que se pretende denunciar as políticas de normalização linguística desenvolvidas pelo Estado espanhol a favor do castelhano.
Apesar do processo autonómico e político que levou a uma espécie de oficialização da língua galega, a verdade é que o modelo linguístico que é imposto nas escolas e na comunicação social é o castelhano, passando os mais jovens a considerar o português como uma língua estrangeira. Os dados estatísticos indicam que "90 por cento dos galegos, com mais de 65 anos, falam português da Galiza, mas essa percentagem é muito reduzida entre os que têm menos de 20 anos".
Ora o galaico-português nasceu, e manteve-se ao longo dos séculos, desde o século IX, como a língua falada no Norte de Portugal e a Galiza, entre as cidades do Porto e Santiago de Compostela.
Por isso foi lançada a convocatória para todos os cidadãos, mesmo para aqueles que não falam habitualmente o galego, a manifestarem-se no dia 18 de Maio, a fim de reivindicar o uso do galego, como único idioma natural de Galiza.
A manifestação percorrerá as ruas de Santiago de Compostela sob o lema «Polo dereito a vivirmos en galego»
MANIFESTO «A NOSSA LÌNGUA É INTERNACIONAL»
A Associação Galega da Língua (AGAL) lançou entretanto um Manifesto sob o título «A nossa língua é internacional» que pode ser subscrita por todos os interessado aderentes em todo o mundo, e cujo conteúdo é o seguinte:
1.- Denunciar as políticas de substituiçom lingüística que levaai decorrermos sofrendo durante os últimos 25 anos, disfarçadas de falsa normalizaçom lingüística.
2.- Exigir o reconhecimento da condiçom internacional da nossa Língua, que com a variedade própria das línguas internacionais é falada por centos de milhões de pessoas no mundo, quer como língua nativa, como é o caso dos galegos, quer como língua oficial de oito Estados, ou como língua cada vez mais estudada em todo o mundo polas vantagens das línguas internacionais.
3.- Denunciar as autoridades e administrações públicas que, em vez de garantirem os direitos lingüísticos e democráticos do Povo galego, discriminam e perseguem aqueles que nom aceitam a deriva de substituiçom lingüística e dialectizaçom castelhanizadora do Galego que o torna desnecessário no seu próprio país.
4.- Apoiar a iniciativa aprovada no Parlamento por unanimidade reclamando a recepçom das rádios e televisões portuguesas na Galiza, que pedimos que se efective desde já e que nom fique numha simples declaraçom sem vontade real de a levar a cabo.
5.- Denunciar também os grupos extremistas que, protegidos por certos sectores políticos, atacam o direito e a liberdade de vivermos na Galiza em galego.
6.- Finalmente, apelamos a toda a sociedade para exigir umha mudança das políticas que tornam a Língua desnecessária e dialectal, como forma de impor o uso do castelhano, por políticas que garantam os nossos direitos lingüísticos individuais e colectivos, assegurando que o Galego continue a ser a língua própria dos galegos e galegas, e umha língua extensa e útil.
Para assinar o Manifesto:
http://www.agal-gz.org/manifesto08/index.php
Para mais informações, consultar:
http://www.agal-gz.org/
http://mdl-galiza.org/index.php
http://www.amesanl.org/noticias/index.asp
http://www.agal-gz.org/blogues/index.php?blog=27
http://galego.org/contidos.html
http://www.causaencantada.org/
http://afoucedeouro.blogspot.com/
Existe já uma rede de blogues em defesa da língua galaico-portuguesa:
http://www.bloguespolalingua.org/