As emissões de gases com efeito de estufa em Portugal vão ultrapassar entre oito e 14 por cento a meta nacional estabelecida no Protocolo de Quioto para 2008-2012, segundo as estimativas do projecto MISP apresentadas em Lisboa.
Esta é uma das conclusões do projecto Estratégias de Mitigação das Alterações Climáticas (MISP, na sigla em inglês), que projecta as trajectórias da procura e do consumo de energia e das emissões de gases com efeito de estufa em Portugal até 2070. As conclusões são baseadas nos quatro panoramas mundiais projectados este ano pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU e aplicam-se, entre outros, aos edifícios residenciais e de serviços, transportes, indústria, agricultura, pecuária, resíduos, centrais termoeléctricas a combustíveis fósseis, centrais nucleares e energias renováveis.
De acordo com as estimativas hoje apresentadas, Portugal vai emitir até 2012 entre 4,8 a 8,5 mega toneladas de dióxido de carbono (Co2), ou seja, entre 35 e 41 por cento mais do que as emissões em 1990 (ano de referência para o cumprimento deste acordo), ultrapassando assim a meta de 27 por cento estabelecida pelo Protocolo de Quioto para 2008-2012.
Quioto impõe à União Europeia (UE) uma redução das emissões em oito por cento em relação a 1990. Para Portugal, no entanto, é permitido um aumento de 27 por cento devido a um acordo de partilha de responsabilidades.
Porém, falando na apresentação do MISP, Ricardo Aguiar, co-autor do estudo e investigador do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, lembrou que estas previsões “excluem as florestas, o uso do solo e suas alterações [FAUS], que poderão reduzir este excesso para algo entre três e cinco mega toneladas de C02”. O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, disse que estas estimativas mostram que o Programa Nacional para as Alterações Climáticas de 2006 é “demasiado optimista em relação às previsões de curto e médio prazo [2008-2102]” e que é “urgente pôr em prática mais mecanismos do Protocolo de Quioto”.
“As previsões do MISP apontam para que a meta nacional de Quioto 2008-2012 seja ultrapassada. Isto quer dizer que nos vai sair mais caro, uma vez que o Fundo de Carbono terá de ir além dos 350 milhões de euros decididos pelo Governo”, frisou.
No entanto, o estudo também indica que Portugal vai deixar de aumentar as suas emissões de gases com efeito de estufa por volta de 2010, passando a partir daí a uma fase de redução até 2070, que será mais significativa até 2050. “Todos os cenários mostram que por volta de 2010 vamos inflectir e reduzir as emissões e isto mantém-se até 2050.
Nos vinte anos seguintes o ritmo de redução vai ser mais brando”, explicou Ricardo Aguiar. De acordo com o especialista, essa redução de emissões vai acontecer naturalmente devido “à maturidade do desenvolvimento das infra-estruturas, ao parque automóvel [em estagnação e mais preocupado com o ambiente], à redução da população portuguesa e aos fluxos entre zonas rurais e cidades, que estão prestes a terminar”.
Os dados mais recentes indicam que em 2005 as emissões de gases com efeito de estufa estavam 18 por cento acima das metas impostas pelo protocolo de Quioto e 45 por cento acima dos níveis emitidos em 1990. As estimativas do MIPS prevêem ainda que as emissões em Portugal caiam “na ordem de um por cento por ano até 2050”, o que significa que em 2020 o excesso relativamente a 1990 “andaria entre 19 por cento e 31 por cento”.
Esta é uma das conclusões do projecto Estratégias de Mitigação das Alterações Climáticas (MISP, na sigla em inglês), que projecta as trajectórias da procura e do consumo de energia e das emissões de gases com efeito de estufa em Portugal até 2070. As conclusões são baseadas nos quatro panoramas mundiais projectados este ano pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU e aplicam-se, entre outros, aos edifícios residenciais e de serviços, transportes, indústria, agricultura, pecuária, resíduos, centrais termoeléctricas a combustíveis fósseis, centrais nucleares e energias renováveis.
De acordo com as estimativas hoje apresentadas, Portugal vai emitir até 2012 entre 4,8 a 8,5 mega toneladas de dióxido de carbono (Co2), ou seja, entre 35 e 41 por cento mais do que as emissões em 1990 (ano de referência para o cumprimento deste acordo), ultrapassando assim a meta de 27 por cento estabelecida pelo Protocolo de Quioto para 2008-2012.
Quioto impõe à União Europeia (UE) uma redução das emissões em oito por cento em relação a 1990. Para Portugal, no entanto, é permitido um aumento de 27 por cento devido a um acordo de partilha de responsabilidades.
Porém, falando na apresentação do MISP, Ricardo Aguiar, co-autor do estudo e investigador do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, lembrou que estas previsões “excluem as florestas, o uso do solo e suas alterações [FAUS], que poderão reduzir este excesso para algo entre três e cinco mega toneladas de C02”. O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, disse que estas estimativas mostram que o Programa Nacional para as Alterações Climáticas de 2006 é “demasiado optimista em relação às previsões de curto e médio prazo [2008-2102]” e que é “urgente pôr em prática mais mecanismos do Protocolo de Quioto”.
“As previsões do MISP apontam para que a meta nacional de Quioto 2008-2012 seja ultrapassada. Isto quer dizer que nos vai sair mais caro, uma vez que o Fundo de Carbono terá de ir além dos 350 milhões de euros decididos pelo Governo”, frisou.
No entanto, o estudo também indica que Portugal vai deixar de aumentar as suas emissões de gases com efeito de estufa por volta de 2010, passando a partir daí a uma fase de redução até 2070, que será mais significativa até 2050. “Todos os cenários mostram que por volta de 2010 vamos inflectir e reduzir as emissões e isto mantém-se até 2050.
Nos vinte anos seguintes o ritmo de redução vai ser mais brando”, explicou Ricardo Aguiar. De acordo com o especialista, essa redução de emissões vai acontecer naturalmente devido “à maturidade do desenvolvimento das infra-estruturas, ao parque automóvel [em estagnação e mais preocupado com o ambiente], à redução da população portuguesa e aos fluxos entre zonas rurais e cidades, que estão prestes a terminar”.
Os dados mais recentes indicam que em 2005 as emissões de gases com efeito de estufa estavam 18 por cento acima das metas impostas pelo protocolo de Quioto e 45 por cento acima dos níveis emitidos em 1990. As estimativas do MIPS prevêem ainda que as emissões em Portugal caiam “na ordem de um por cento por ano até 2050”, o que significa que em 2020 o excesso relativamente a 1990 “andaria entre 19 por cento e 31 por cento”.
Fonte: jornal O Primeiro de Janeiro