Transcrição de um artigo de Manuel António Pina sob o título de «Conselhos aos docentes» e publicado no JN de 6 de Abril:
Até ao fim do 2º período, ou seja, em 121 dias de aula, foram agredidos 157 professores nas escolas portuguesas, mais de um por dia. E, no período de avaliações e notas anterior às férias da Páscoa, a média disparou para dois por dia. Os números são da Linha SOS Professor, mas a ministra continua a dizer que se trata de casos "pontuais" (e, na verdade, muitos professores acabaram no hospital, tendo sido suturados com número indeterminado de "pontos").
A culpa é, obviamente, dos próprios professores, que, apesar das instruções do Ministério para que se acabe com o insucesso escolar, continuam a dar más notas. E, pior, a dar os programas.
Fossem eles tão avisados como os seus colegas ingleses, que (veio agora no "Daily Mail", citando um estudo governamental) deixaram de falar do Holocausto e das Cruzadas nas aulas com medo dos alunos muçulmanos, e adaptariam os programas aos interesses dominantes de grande parte dos alunos das nossas escolas públicas futebol e toques de telemóvel.
A Matemática, o Português, a História, a Física, etc., seriam dados só em colégios privados. Para que é que um futuro desempregado precisa de saber Matemática ou Física?
Se vier mais tarde a precisar de um diploma, poderá depois obtê-lo na Universidade Independente.