8.3.07

A nossa acção de solidariedade para com Ungdomshuset

Boicotem TUBORG, CARLSBERG, LURPAK, LEGO,...

Boicotem todos os produtos dinamarqueses como forma de solidariedade para os activistas jovens do centro social Ungdomshuset, de Copenhaga!


Mostremos a nossa solidariedade para com os activistas sociais e alternativos de Copenhaga que defenderam enquanto puderam e de forma heróica o seu centro social alternativo face ao poder desmedido da polícia ao serviço do governo direitista e à Câmara social-democrata da capital da Dinamarca.

Na sequência do despejo e demolição do centro social foi lançado um apelo a nível internacional para boicotarmos os produtos de origem dinamarquesa como forma de contestar a arbitrariedade cometida pelos poderes políticos contra os jovens alternativos de Copenhaga e que levou à expulsão dos antigos utentes e subsequente demolição do centro social da juventude Ungdomshuset, assim como denunciar a detenção indiscriminada e abusiva de centenas de jovens activistas e manifestantes nas ruas da cidade de Copenhaga.
Os espaços auto-geridos autónomos de Copenhaga e arredores pertencem a toda a juventude insurgente e arternativa da Europa.


Recorde-se que no edifício que agora foi demolido, e que era o centro da juventude alternativa de Copenhaga, nesse mesmo local realizou-se em 1910 a Conferência Internacional das Mulheres Socialistas com a presença de Clara Zetkin onde se propôs que o dia 8 de Março fosse declarado o Dia internacional da mulher.
De facto, três anos antes que Emily Davison tentasse travar o cavalo do rei Jorge em Epson, tornando-se na primeira mulher mártir da luta pelo sufragismo (1913) e dois anos depois que 129 trabalhadores da fábrica Cotton Textile Factory de Nueva York, sendo a maior parte delas emigrantes, morreram num incêndio quando reivindicavam melhores condições de vida e de trabalho ( «Bread and Roses», 1908), Clara Zetkin cruzou as portas de entrada do edifício Ungdomhus empunhando um sombrero e perante mais de 100 companheiras chagadas de 17 países lhes propôs o estabelecimento do Dia Internacional da Mulher para o dia 8 de Março.

Ironicamente foi esse mesmo edifício com toda essa simbologia histórica, e verdadeiro património histórico da humanidade que a Câmara social-democrata de Copenhaga resolveu demolir depois de ter despejado os activistas que ocupavam o seu centro social.

Com a demolição o que se pretendeu foi acabar como o mal exemplo, a administração colectiva e autogestionária, quantas vezes sem recursos e com grande ânimo e voluntarismo, abafar os projectos, as oficinas, os concertos, a autoconsciência crítica e não remunerada, o antagonismo prática à «cidade-supermercado» a que nos querem condenar