18.11.06

Contra as (J)aulas de substituição

Realizaram-se em todo o país manifestações e foram fechadas várias escolas contra as (J)aulas de substituição

Convocada nova Manifestação de estudantes no Porto
(para a Avenida dos Aliados às 9.30 h.do próximo dia 22 de Nov.

Circulou por todo o país um SMS com esta mensagem: «Greve de alunos 16 de Novembro contra as substituições. Mensagem a rodar.Passem.».
O resultado deste apelo que circulava desde o início do mês foi o encerramento de várias escolas a cadeado ( em Vale de Cambra, em Portalegre, em duas escolas de Lisboa, e noutros pontos do país com particular incidência no Alentejo e Algarve, onde centenas de alunos faltaram às aulas e se manifestaram nas ruas). A acção desencadeada teve larga repercussão o que obrigou o Ministério da Educação a ordenar aos Conselhos Executivos das Escolas a chamarem de imediato a polícia e a tentarem identificar os seus autores.

Em Lisboa, cerca de 400 estudantes manifestaram-se frente ao Ministério da Educação, onde decorre a vigília dos professores, gritando na rua pela demissão da ministra.Na zona da capital, as escolas secundárias Fonseca Benevides e Braancamp Freire foram encerradas a cadeado, tendo-se ainda registado desacatos na Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos Gonçalves Crespo, na Pontinha, onde os alunos impediram a entrada dos professores

A repercussão dos protestos teve grande impacto no Alentejo, onde a participação rondou os 80 a 90 por cento na secundária São Lourenço, em Portalegre, e cerca de 50 por cento na secundária Diogo de Gouveia, em Beja. Em Évora, os alunos bloquearam com pregos as entradas da secundária Gabriel Pereira, enquanto no litoral alentejano mais de duas centenas de estudantes protestaram nas ruas de Alcácer do Sal, com a greve a fazer-se sentir igualmente nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém.
No Algarve, cerca de 200 estudantes manifestaram-se nas ruas de Faro, tendo sido recebidos pelo governador Civil da cidade, a quem entregaram uma moção com as suas reivindicações.
Também na Madeira houve participantes no protesto, contrariamente aos Açores, onde não houve qualquer tipo de protestos pelos alunos do ensino secundário.

Cerca de 200 alunos das duas Escolas Secundárias da cidade de Beja, Diogo de Gouveia e D. Manuel 1.º, manifestaram-se hoje, junto do Governo Civil de Beja, contra as aulas de substituição.
André Rosa, aluno da Escola Secundária Diogo de Gouveia, disse à Voz da Planície que "os alunos sairam à rua para protestar contra a maneira como as aulas de substituição são feitas e contra os exames de 9º. ano".
O protesto começou junto ao Governo Civil de Beja e terminou nas instalações da Escola Secundária Diogo de Gouveia.


Várias centenas de alunos da Escola Secundária de Vale de Cambra boicotaram, na manhã de ontem, a ida às aulas em protesto pelas aulas de substituição e manifestaram-se em frente à autarquia. O estabelecimento de ensino esteve encerrado durante as primeiras horas da manhã com um cadeado, mas os alunos acabaram por permitir a entrada de professores e auxiliares de acção educativa. Alguns dos alunos contestatários consideram que as aulas de substituição não têm utilidade prática para o ensino e não representam uma mais-valia


Convocatória para uma manifestação dos estudantes do Básico e Secundário das escolas do distrito do Porto para o próximo dia 22 de Novembro (4ª feita)

Entretanto foi convocada para o próximo dia 22 de Novembro ( 4ª feira) uma manifestação dos alunos do Básico e do Secundário das escolas do distrito do Porto a fim de ser divulgado um caderno reivindicativo, onde se exige o fim das (J)aulas de substituição e a introdução da disciplina de educação sexual no currículo escolar.