17.10.06

Rivoli está ocupado. Precisam-se urgentemente de voluntários para fazer vigília no exterior




URGENTE: é preciso gente junto do Rivoli.

É preciso voluntários para a vigília desta noite junto do Rivoli.


Desde ontem que actores e público ocupam o Rivoli, no Porto, protestando contra a entrega a privados do teatro municipal da cidade.

É preciso voluntários para acompanharem do lado de fora do Rivoli a vigília desta noite.

Solidariedade para com os ocupantes do Rivoli


RIVOLIVRE


O RIVOLI é nosso

Solidariza-te

Aparece
.
RIVÓLIÇÃO

Cerca de 200 manifestantes solidarizam-se com os 40 barricados que se encontram dentro do Rivoli, teatro municipal da cidade do Porto.
Recorde-se que cerca de 40 pessoas estão há mais de 20 horas no interior do Teatro Rivoli, no Porto. Recusam-se a abandonar o edifício em protesto contra a decisão da Câmara Municipal de concessionar a gestão do teatro a empresas privadas.
Ao longo da tarde, cerca de 200 pessoas juntaram-se ao protesto, concentrando-se em frente do edifício.
Quarenta pessoas, entre actores, encenadores e público da Companhia Teatro Plástico decidiram ficar na sala do Rivoli após o fim da apresentação da peça "Curto Circuito", por volta da meia-noite de domingo.
Cerca de 200 pessoas concentraram-se a partir das 18h00 de hoje frente ao Rivoli, no Porto, em solidariedade com os actores e espectadores da Companhia de Teatro Plástico que há cerca de 20 horas ocupam o edifício.
O presidente da Plateia - Associação de Artes Cénicas, Alda Silva, o actor António Capelo e os políticos Jorge Machado (PCP) e José de Castro (BE) foram algumas das pessoas que compareceram na manifestação, convocada pelo movimento "Pelo Porto - Juntos no Rivoli".
A decisão de privatizar a gestão do Rivoli foi tomada no dia 25 de Julho passado pela maioria PSD/CDS-PP na Câmara Municipal do Porto. "A receita do Rivoli cobre seis por cento da despesa", justificou o presidente da autarquia, Rui Rio, afirmando que a câmara canaliza 7.500 euros por dia para o teatro. Cinco empresas concorreram à gestão do Rivoli e até ao final de Outubro será conhecido o nome daquela que vai gerir o teatro.


A manifestação iniciou-se depois da exibição da peça «Curto-Circuito», da companhia Teatro Plástico, no pequeno auditório, entre espectadores e artistas, num protesto convocado pela companhia.
A autora da Peça, Regina Guimarães, que também se juntou ao protesto, explicou à Lusa que o objectivo, além de protestar contra a intenção da Câmara liderada por Rui Rio (PSD), é também evitar que o cenário se repita em outras zonas de Portugal.
«Se não fizermos isto, outras autarquias acabarão por fazer o mesmo com equipamentos similares», disse.

Entre os espectadores circulava hoje um documento com críticas ao presidente da Câmara, por defender «uma ideia de um teatro regido por critérios de rentabilidade», atitude que os autores do manifesto consideram «assaz curiosa para quem esbanja dinheiros públicos em corridas de automóveis».
O texto refere-se à reedição, no ano passado, do Grande Prémio do Porto, no Circuito da Boavista, um evento que não se realizava desde os anos 60.
O documento pede garantias de que «o teatro não seja gerido e programado em função da maior ou menor rentabilidade», de que «os núcleos de produção da cidade do Porto, em todos os domínios da criação, tenham acesso e lugar no seu teatro municipal» e de que «a direcção do teatro pugnará pela formação contínua do público».