Literatura Tradicional / Oral / Popular
Realizou-se em Miranda do Douro no dias 26 e 27 de Maio um encontro sobre literatura tradicional de raiz popular por iniciativa do Centro de Estudos António Maria Mourinho em parceria com o Instituto de literatura oral, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Para além do programa dos encontros, aproveitamos para reproduzir a seguir o texto que fomos buscar à página www.ielt.org/pagina/inicio.html (instituto da literatura tradicional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e que recomendamos não só pelo seu cáracter informativo como ainda por poder constituir um óptimo ponto de partida nos estudos e na leitura sobre Cultura Popular e/ou Oral.
Iniciámo-nos (O Instituto da Literatura Tradicional) por finais dos anos 70 – e na esteira de preocupações relacionadas com o universo da literatura e das artes performativas, teatro, dança, oralidade literária (Pierre Jakez Hélias) – naquilo a que María Zambrano chama a “modesta vida do folclore”. Dito de outro modo, iniciámo-nos na humildade de uma disciplina à partida pouco formatada para a Universidade, a “arte folclórica”, “saber do povo”, segundo Le Corbusier, “aquilo que não é oficial”, “a ciência do maior número” oposta à “arte de corte”, “a arte da classe dominante”.
Falamos de um saber plasmado sobre a vida, colaborando assiduamente no quotidiano mais ou menos sofrido: cantigas de desabafo ou desafio, cantos desatando o amor por conquistar ou o trabalho esforçado, laços, enredos, tramas de superstições e histórias, muitas histórias.
Estamos perante uma metáfora de destino fugidio, paralela, con- ou divergente em relação à grande e consagrada metáfora da “luz intelectual”5; perante matéria por excelência sustentada pela passagem do tempo, sujeita à registência (capacidade de resistir registando-se, de registar resistindo6) da areia e da ampulheta.
María Zambrano escreve sobre o saber dos não letrados, essa forma de escrita na areia do tempo:
Nada mais parecido com a areia devoradora da água, que a passagem do tempo que, às vezes, parece encobrir muitas coisas que morreram e que continuam a sua vida secretamente, quase clandestinamente, com uma continuidade que poderíamos chamar infra-histórica. Durante épocas inteiras não alcançam o nível visível do histórico; se se recordam, podem parecer ecos arcaicos, curiosidades, arqueologia.
Se ecos dessa fala (não letrada, porventura analfabeta7) aparecerem “ao vivo” – continua María Zambrano em 1944 – “é com a modesta vida do folclore, forma de existência anónima, dispersa e não sistemática, em períodos como este da cultura ocidental, em que o visível é tão esmagador que some na sombra mais opaca o que com ela não concorda.”8
Convenhamos. Passaram quase sessenta anos desde a escrita de Zambrano e o folclore já faz, mesmo em Portugal, parte dos curricula universitários e chama-se, na sua variante textual, literatura tradicional, de transmissão oral, oratura, etnoliteratura, oralidade literária, tradições populares. Seja.
Um notável folclorista americano, Alan Dundes, preocupava-se nos anos 60 em definir exactamente esta área de estudos fundamental para o estudo da visão do mundo, projecto que continua ainda hoje a desenvolver:
The term ‘folk’ can refer to any group of people whatsoever who share at least one common factor. It does not matter what the linking factor is – it could be a common occupation, language or religion – but what is important is that a group formed for whatever reason will have some traditions which it calls its own. In theory a group must consist of at least two persons, but generally most groups consist of many individuals. A member of the group may not know all other members, but he will probably know the common core of traditions belonging to the group, traditions which help the group have a sense group identity 9.
Valerá a pena acentuar que, através desta tão flexível definição de folclore, um grupo pode ser tão extenso quanto uma nação e tão restrito quanto uma família ou um grupo profissional. Esta definição irradica do conceito qualquer restrição ao mundo camponês e pressupõe que tanto possa ser considerado folclore aquilo que é tradicionalmente transmitido quanto o material emergente nas sociedades contemporâneas. O espaço do folclore é, pois, amplo e extremamente abrangente. Não é um espaço secundário embora tenha sido recorrentemente secundarizado pela cultura dominante. Funciona porventura como humilde caroço de um fruto cultural apetecível. Aparentando ser resto ou dejecto age subterraneamente como cerne de uma planta visível e reconhecida (veja-se mais adiante o projecto nº 9: OS RESPIGADORES E A RESPIGADORA).
Segundo carta de recomendação da UNESCO (Paris, 1989) a Literatura Tradicional/ Oral/ Popular faz parte do património universal da humanidade sendo por excelência veículo de afirmação da identidade e, simultaneamente, de aproximação entre os povos. Mais de dez anos depois, importa ressalvar que conceitos como identidade, tradição e nação são “entidades construídas, o mais das vezes sob a forma de oposições binárias que se traduzem quase inevitavelmente sob a forma de atitudes hostis em relação ao Outro”, palavras de José Augusto Mourão numa abordagem ao “caos cultural da mundialização – entre as águas insondáveis da tradição e da modernidade”. Importa acentuar, desde o princípio: projectos destes correm riscos de tocar algum fundamentalismo: o de visar – sem cobro – “a reabilitação da identidade”, “a reabilitação da tradição”, “a autenticidade”, “o apego às raízes”. Que risco? Inteiramente de acordo: o de projectar sobre o passado um “futuro radioso” fabricado pela ideologia.
As palavras do sociólogo Manuel Lisboa no projecto (nº 1) deste Instituto, FALAS DA TERRA – NATUREZA E AMBIENTE NA TRADIÇÃO POPULAR PORTUGUESA (Lisboa, Colibri/ Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, 2004) dão voz aos nossos objectivos tendo em conta recomendações e riscos:
Num tempo em que os limites da técnica e da ciência nos remetem para a necessidade de redescobrir novas fórmulas de vida numa escala mais humana, a literatura tradicional oral pode ser uma fonte inesgotável para a Sociologia: enquanto campo de observação para a análise do tecido social e como fonte inspiradora de estudos comparativos sobre as práticas e as aspirações sociais. [...];
Falas da Terra contém os sinais desse tempo longo, de um conhecimento profundo, acumulado ao longo de milénios pela prática de agentes sociais diferenciados, quase sempre sem voz, mas que marcam os ritmos do presente. Sinais, cuja interpretação nos permite compreender melhor as dinâmicas sociais actuais, nos seus avanços e resistências à mudança, ao nível do material, do social, do político e do cultural. [...] O conhecimento milenar inscrito na literatura tradicional decorre de uma prática, reflectida a partir da acção na procura de soluções concretas para problemas. Poder-lhes-á faltar a reflexividade cartesiana, mas sobra-lhe a civilização material do quotidiano. [...]
O confronto com este mundo menos tecnicista, que hoje nos parece mais à escala humana, ajuda-nos a reflectir comparativamente o presente e leva-nos a questionar se, por vezes, não temos sido excessivamente cúmplices com alguns mitos da modernidade, deixando que nos tirem o que, mesmo arcaico, foi aperfeiçoado ao longo de milénios para nos servir, sem que os substitutos estejam devidamente testados. [...] Não creio que se construa o amanhã recuando para o passado, mas talvez possamos reaprender com os antigos a sabedoria do equilíbrio com a natureza, que é, sem dúvida, um valor do futuro.
Além do mais, situando-se – segundo designação da F.C.T. – na área da PROMOÇÃO GERAL DOS CONHECIMENTOS, visa este Instituto entusiasmar para a reflexão sobre o ensino desta disciplina a nível escolar e universitário (veja-se o projecto nº 15 sobre A PROBLEMÁTICA DO ENSINO DA LITERATURA E DA CULTURA NO ENSINO SECUNDÁRIO) bem como dinamizar acções de valorização da cultura popular, local, eventualmente subversiva, nomeadamente quando, perante produtos da cultura de massa, imposta e homogeneizante, a passa a usar como partitura ou fermento de novas criações.
Segundo John Fiske:
The study of popular culture requires the study not only of the cultural commodities out of which it is made, but also of the ways that people use them. The latter are are far more creative and varied than the former10.
Acentua-se, desde logo, a vastidão do âmbito uma vez que não se deverá ter em conta apenas as culturas de comunidades rurais mas também as do meio urbano e suburbano onde diversos indivíduos, grupos profissionais e instituições praticam e documentam aspectos particulares das culturas populares no seu sentido mais lato. Em 2001-2002 foram realizadas pesquisas sobre, por exemplo, a comunidade de Chelas, sobre rap, hip-hop e fado; veja-se também o trabalho realizado e a ser prosseguido nas cadeias e hospitais (nº 19).
O projecto nº 9: OS RESPIGADORES E A RESPIGADORA joga com um pressuposto mais subtil: a disciplina de literatura tradicional leccionada cria o próprio resto, uma vez que inverte o processo de desvalorização e esquecimento destes saberes (restos) oriundos de um lugar silenciado, lamuriado ou infame (a ambiguidade da expressão: “santa terrinha”). As próprias sessões lectivas acabam por resultar numa situação de recobro onde o património (em geral, sem cisões entre cultural, ambiental, monumental ou textual) convalesce aliviando o conflito intergeracional. Acontecem trabalhos de recolha junto de pais e avós tal com acontece voltarem à escola as terceiras, inúteis (e frequentemente analfabetas) gerações mais velhas. Veja-se a este respeito alguns aspectos do projecto nº 14, o qual também contempla a entrada dos jovens adolescentes nas instituições universitárias ‘ensinando’ a doutores, editores, professores, estudantes e pais questões relacionadas com a escrita para jovens (carência de literatura para adolescentes em Portugal, aspecto assinalado por jovens numa mesa redonda em Maio de 2001), com a comunicação electrónica e mediática: a carta, o registo escrito sobrevivente em msn e mensagem de telemóvel, hoje espaço de aforismos, anedotário, citações. Recorde-se a reflexão em torno destas questões na sessão “Cartas Nossas” durante a 3ª Maratona de Leitura na Culturgest. Veja-se ainda Ana Paula Guimarães, Um Balde de Água Fria – Episódios de Vida e de Conto (Lisboa, Apenas Livros, 2003), uma reflexão sobre instrumentos do maravilhoso (Todorov) desde a varinha de condão ao telemóvel.
Tenta-se assim, por várias vias, encorajar o respeito pela especificidade da cultura tradicional/popular (da qual os estudantes da licenciatura parecem inicialmente distantes e envergonhados; a qual sintomaticamente começa a atrair investigadores, interessados em pós graduação e mestrado), vendo nela um vasto campo de acção não apenas a nível da recolha e museificação mas também do tratamento de dados com vista a conhecer rigorosamente o material preservado de forma a produzir sobre ele outros objectos culturais (dissertações académicas, publicações em livro e vídeo, instalações, eventos) que alterem a perspectiva marginal(izada) que actualmente ainda detêm não só aos olhos do grande público mas também ao nível da comunidade científica (de notar a falta de doutorados nesta área de estudos).
Nesta perspectiva foi, no ano lectivo (2002-3), criado na F.C.S.H. um ‘minor’ em LITERATURA TRADICIONAL E PATRIMÓNIO que conta com a colaboração (graciosa nos anos lectivos de 2002-3, 2003-4) de membros do Instituto. A disciplina de Herança Tradicional na Literatura Infanto-Juvenil foi inteiramente assegurada por Fátima Ribeiro de Medeiros (professora do ensino secundário em Setúbal) no ano de 2002-3. Os membros do IELT participam, aliás, frequentemente no trabalho lectivo dos seminários de licenciatura e mestrado.
Acrescente-se que, por motivos de saúde, as sessões a cargo de Ana Paula Guimarães no 2º semestre do ano lectivo 2002-3 (seminário de licenciatura e mestrado) foram inteiramente asseguradas por membros do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional dando continuidade – por generosidade e empenho nesta área de estudos – ao trabalho iniciado no 1º semestre pela professora da cadeira.
Também o grupo Cramol (mulheres de origem urbana que retomam cantos tradicionais, polifonias «a capella», com acompanhamento do adufe, por exemplo) tem, desde há anos e sempre graciosamente, colaborado em inúmeras ‘performances’ relacionadas com os projectos desenvolvidos.
A partir da parceria com a Câmara Municipal de Mora (2003-4) contamos também com a colaboração de Joaninha d’Almeida, contadora de histórias, frequentando nesta data o seminário de mestrado de Literatura Tradicional.
Outros intercâmbios e parcerias nacionais e internacionais: Universidade Nova de Lisboa – Instituto de Estudos Medievais, Instituto de Estudos sobre o Romanceiro Velho, Instituto de Estudos sobre o Modernismo; Universidade de Lisboa – Centro de Tradições Populares Portuguesas Prof. Manuel Viegas Guerreiro; Universidade de Évora – Centro de História de Arte (Projecto: Os Bonecos de Santo Aleixo na Historiografia do Teatro de Marionetas em Portugal – apoiado pela FCT); Universidade do Algarve – Departamento de Ciências Exactas (Luís Cancela da Fonseca); Escolas Superiores de Educação (Beja, Leiria, Castelo Branco); Museu de Ciência da Universidade de Lisboa; Biblioteca de Beja; Sociedade de Ética Ambiental; SociNova (Manuel Lisboa); Casa Museu Verdades Faria – Museu da Música; Escola da Ponte (Vila das Aves); St Julian’s School de Carcavelos, Escola Matilde Rosa Araújo (Matarraque); Culturgest; Câmara Municipal de Mora, Universidade de Extremadura (Eloy Martos Nunez); Universidade de Murcia (Amando Lopez, Eduardo Encabo); Institut International Charles Perrault (Jean Perrot); University of Berkeley – Hispanic Department (Candace Slater); Universidade de Paris-Nanterre (Idelette Muzart, José Esteves); Universidade Nacional de Timor – Lorosae; Faces de Eva e Estudos sobre a Mulher (F.C.S.H.); Centro de Estudos de Etnologia Portuguesa (FCSH); Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA).
Sic-Notícias - Ana Paula Guimarães entrevistada por Baptista Bastos em "Cara a cara" (Junho de 2001); RTP África e RTP Internacional - entrevista sobre IELT com Ana Paula Guimarães em "Entre Nós" (Setembro de 2002); TSF, Março de 2003 (Dia Mundial da Água), Maria Teresa Meireles entrevistada por Manuel Acácio; RDP2, Dezembro de 2003, Maria Teresa Meireles entrevistada por Luís Caetano; RDP2 - Ana Paula Guimarães entrevistada por Inês Pedrosa; T.S.F. - Ana Paula Guimarães e Luísa de Medeiros entrevistadas em "Portugueses Excelentíssimos" de Fernando Alves (Novembro de 2003); SIC- Mulher - Ana Paula Guimarães e Luísa de Medeiros entrevistadas em "Elas em Marte" (Fevereiro de 2004); RPL - Ana Paula Guimarães entrevistada por Paula Moura Pinheiro em "Três à Quarta" (Junho de 2004); Sic Mulher -- Ana Paula Guimarães entrevistada por Carlos Vaz Marques em "Encontro Marcado" (Dezembro 2004); RTP2 -- Maria Teresa Meireles entrevistada em "Entre Nós" (Janeiro 2005), T.S.F. -- Lucília José Justino entrevistada por Fernando Alves em "Portugueses Excelentíssimos" (Fevereiro 2005); RTP Internacional, RTP África e RTP2 -- Maria Natividade Pires entrevistada em "Entre Nós" (Abril 2005) -- Lucília José Justino e Ana Paula Guimarães entrevistadas por Francisco José Viegas em "Livro Aberto" - RTPn, e RTP2 (2005); Ana Paula Guimarães entrevistada em "Universidade" - RTP2 (Dezembro 2005); RDP -- Escrita em Dia -- Francisco José Viegas entrevista Lucília José Justino (30 de Novembro 2005) -- RTP2, RTP África e RTP Internacional - entrevista de Raquel Santos com Ana Paula Guimarães em "Entre Nós" (Fevereiro 2006)
Retirado de:
http://www.ielt.org/pagina/inicio.html
1 Pierre Jakez Hélias, Le Quêteur de mémoire. Quarante ans de recherches sur les mythes et la civilisation bretonne. Paris, Plon, 1990.
2 María Zambrano, A Metáfora do Coração. Lisboa, Assírio e Alvim, 1993, p.20 (subl. nosso).
3 A folclorística ter-se-á institucionalizado apenas no século XIX embora se lhe possa encontrar precursores: Herder (Stimmen der Völker in Liedern, 1778-79), irmãos Grimm (Kinder und Hausmärchen, 1812) e finalmente para a cunhagem do termo, William Thoms em 1846.
4 Maneira de Pensar o Urbanismo. Lisboa, Publicações Europa América, 1969, pp. 197-8.
5 María Zambrano, Ibidem.
6 Proposta de Ana Paula Guimarães, Olhos, Coração e Mãos no Cancioneiro popular Português. Lisboa, Círculo de Leitores, 1992.
7 Segundo a quadra, a escrita imediatamente se desfaz a si própria como que para permanecer secreta: “Pus-me a fazer na areia/ O retrato do meu bem/ Escrevi, apaguei logo/ Com medo que visse alguém.” A palavra dita é inapagável tanto enquanto sentença oriental (“Uma palavra é um pássaro que se solta de uma gaiola”) como em inúmeras situações da nossa tradição: “O meu amor já me disse/ Já me deu toda a palavra” (José Leite de Vasconcellos, Cancioneiro Popular Português, vol. I. Coimbra, Universidade, 1975).
8 María Zambrano, Ibidem.
9 Citado por Alan Dundes, Interpreting Folklore. Bloomington, Indiana University Press, 1980, p.7 (o segundo sublinhado é nosso).
10 Understanding Popular Culture. London, Routledge, p.15.
Miranda do Douro: Encontro sobre literatura tradicional:cantos, contos e outras tradições
Sexta, 26 de Maio
09:00 – Recepção e inscrição dos participantes
10:00 – Sessão de Abertura
Presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Director do Centro de Estudos António Maria Mourinho (CEAMM), Presidente do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT) da F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa
11:00 – ComunicaçõesTeresa
Rita Lopes (F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa) – Estórias recontadas
Lurdes Cameirão (Escola Superior de Educação de Bragança –IELT) – Cantos e dizeres do povo mirandês
Ana Freitas (Universidade Nova de Lisboa – IELT) – Más mulheres, boas meninas
12:00 – Debate
13:00 – Almoço
15:00 – Comunicações
Alberto Carvalho (Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa) – O ciclo do lobo e do chibinho (em Cabo Verde)
Helena Mendes (Universidade de Aveiro) – Cães, formigas e outros animais nos romances de José Saramago: gente como nós…
Manuela Parreira (Universidade Nova de Lisboa – IELT) – B.I. do cavalo
16:00 – Debate
16:30 – Pausa
17:00 – Comunicações
António Bárbolo Alves (Director do CEAMM) – “Fuge que t’agarro”: os animais nos contos da literatura oral mirandesa
Luísa Medeiros (Universidade Nova de Lisboa – IELT) – B.I do burro
Domingos Morais (Instituto Politécnico de Lisboa - IELT) – Os sons que nos constroem
18:00 – Debate
18:30 – Pausa
19:00 – Apresentação do livro Plantas e Saberes. No limiar da Etnobotânica em Portugal, de Amélia Frazão-Moreira e Manuel Miranda Fernandes
Sábado, 27 de Maio
10:00 – Visita guiada à cidade (Museu; Rua da Costanilha; Catedral; Convento dos Frades Trinos; Centro de Estudos António Maria Mourinho)
12:00 – Almoço
15:00 – Visita ao concelho
21:00 – Serão de cantos, contos e outras tradições
Apresentação da peça de teatro “À hora do pássaros” (texto de Luísa Monteiro), pelo Grupo de teatro “Os guizos”, de Albufeira (Algarve).
Local : Picote (Salão da Casa do Povo – Entrada livre)
Informações
Centro de Estudos António Maria Mourinho
ttt://ceamm.no.sapo.pt