14.4.06

Para um anarquismo sem dogmas, um novo livro de Tomás Ibáñez


Porquê o A ?
Fragmentos dispersos para un anarquismo sin dogmas.
Livro de Tomás Ibáñez
Anthropos editorial


«Podem criar-se condições de vida nas quais não exista dominação? Pergunta sem resposta segura, mas da qual decorre sem dúvida a ideia de que lá onde haja dominação sempre estará em aberto um espaço para a reinvenção do anarquismo.
Insubmissão radical da sensibilidade e do pensamento face a qualquer forma de dominação,o anarquismo é tão polimorfo e tão variável como podem ser as próprias formas de dominação.. É assim porque ele brota contínua e directamente das infinitas redes de poder que condicionam as nossas condições de vida, pelo que não se pode aprender o ainarquismo nos livros, ou encerra-lo em fórmulas definitivas, pois o que há a fazer é inventá-lo incessantemente, a partir do anatagonismo social e a partir das práticas de resistência.
Fluído e tumultuoso, o anarquismo corre os mais riscos quando se imobiliza, quando se petrifica, e quando esquece de se questionar a si mesmo. »


Este é o texto que se pode encontrar na contracapa do novo livro em castelhano, acabado de ser lançado pelas edições Anthropos, de Tomáz Ibáñez Gracia (n. Zaragoza, 1944), militante libertário de há longa data, que residiu em França entre 1947 até 1973, tendo participado em várias acções o grupos anarquistas ao longo desse tempo. É apontado geralmente como o autor da ideia do «A-em-círculo», no início dos anos 60, que rapidamente se difundiu ao ponto de ser hoje o símbolo característico dos anarquistas. Participou também activamente na revolta de Maio de 68 em Paris, assim como na luta antifranquista. Hoje em dia é professor catedrático da Universidade Autónoma de Barcelona, e autor de inúmeras obras e artigos quer sobre Psicologia e Ciências Humanas, quer sobre as ideias libertárias e a sua prática actualizada. Muitos dos seus textos encontram-se na imprensa libertária europeia.