O médico inglês Malcolm Kendall-Smith, da Força Aérea Britânica (RAF), foi condenado nesta quinta-feira por um tribunal militar a oito meses de prisão por se ter recusado a servir o exército inglês no Iraque.
O tenente Kendall-Smith, que também foi exonerado da RAF, alegou inocência, dizendo que a guerra é ilegal e comparando as acções das forças norte-americanas às da Alemanha nazista.
Chris Nineham, líder da organização contra a guerra Stop the War, chamou a decisão de “caricatura de justiça”, dizendo que Kendall-Smith tomou uma posição “muito corajosa” e “pagou um preço pessoal muito alto pelas mentiras de Tony Blair e do seu governo”.
Kendall-Smith foi considerado culpado pelas cinco acusações de desobediência de ordens da Força Aérea. Recorde-se que ele recebeu ordens para voltar ao seu posto em Basra, no sul do Iraque, onde já esteve por duas vezes, mas negou-se a cumprir tais ordens.
Um porta-voz da RAF disse que a Força Aérea está “a operar no Iraque com a anuência das Nações Unidas e por convite do governo iraquiano”.
Kendall-Smith, que também tem nacionalidade neo-zelandesa, diz ter concluído que a invasão do Iraque é ilegal depois de estudar o caso.
Além da prisão, Kendall-Smith foi condenado a pagar 20 mil libras relativas às custas do processo.
Os advogados do médico disseram que pretendem apelar.
Fonte:BBC