Acabou de ser divulgado o último Relatório do Estado do Ambiente em Portugal (REA) relativo ao ano de 2004 onde é feito uma análise ambiental com base em 29 indicadores distribuídos por 7 categorias:
a) Caracterização geral
b) Alterações climáricas
c) Poluição atmosférica
d) Utilização e poluição da água
e) Ocupação do território e degradação do solo
f) Resíduos
g) Ruído
Desses 29 indicadores, dez tiveram nota negativa, 11 mostram um nível medíocre ( sinal amarelo),e só oitos deles é que registam uma avaliação positiva. A área analisada que recebeu claramente uma avaliação negativa foi o ordenamento do território ( «ocupação e degradação do solo»). Com efeito, e segundo as conclusões do estudo, a população continua a tendência imparável de se concentrar no litoral ( entre Braga e Setúbal), verifica-se que subsistem áreas protegidas sem qualquer plano de ordenamento, que os incêndios continuam a dizimar a floresta, e que a erosão costeira já afecta mais de um quarto do litoral ( 28,5%). Fica-se também a saber que entre 1985 e 2000 a superfície artificializada aumentou em 42%, ao passo que a área de vegetação natural encolheu 9%
Quanto à poluição atmosférica o panorama também é desolador, porquanto as emissões dos gases com efeito de estufa mantiveram-se altos demais, bastante acima dos limites que Portugal se tinha comprometido a cumprir até 2010. O número de dias com excesso de ozono no ar também aumentou em 2004, com claro prejuízo para a saúde os portugueses.
O referido Relatório é da responsabilidade do Ministério do Ambiente, por via do Instituto do Ambiente.