2.4.06

Há 30 anos atrás os fascistas assassinavam o padre Max e Maria de Lurdes


Maximino Barbosa de Sousa (conhecido por Padre Max) tinha 32 anos. Maria de Lurdes Pereira 19. O primeiro, era padre, professor do liceu e candidato independente a deputado nas listas da União Democrática Popular (UDP). A segunda, uma aluna e apoiante do candidato. No dia 2 de Abril de 1976, o carro em que ambos viajavam – na localidade de Cumieira para Vila Real – foi alvo de um ataque bombista, matando-os.

Depois de várias peripécias judiciais os alegados autores do assassinato, conhecidos membros do movimento fascista MDLP, responsável junto com o ELP, de uma criminosa campanha contra-revolucionaria em 1975 e 1976, foram ilibados pelos tribunais, apesar de todas as evidências.

Trinta anos depois o padre que aceitou ser candidato para “fazer chegar a sua voz aos mais humildes” aguarda Justiça na campa 1240 do cemitério de Santa Iria, em Vila Real.