«Nem, Camenas, também cuideis que cante
Quem, com hábito honesto e grave, veio,
Por contentar ao Rei no oficio novo,
a despir e roubar o pobre povo»
«Nem quem acha que é justo e que é direito
Guardar-se a lei do Rei severamente
E não acha que é justo e bom respeito
Que se pague o suor da servil gente»
(versos extraídos do Canto VII dos Lusíadas)
«Vê que aqueles que devem à pobreza
Amor divino e ao povo caridade
Amam somente mandos e riqueza,
Simulando justiça e integridade;
Da feia tirania e de aspereza
Fazem direito e vã severidade:
Leis em favor do Rei se estabelecem,
As em favor do povo só perecem
(versos extraídos do Canto IX dos Lusíadas)