FEIRA DO LIVRO ANARQUISTA de LISBOA
25, 26 e 27 de Maio
Local:
Faculdade de Belas Artes de Lisboa
Largo da Academia Nacional de Belas Artes, Lisboa
Metro: Baixa/Chiado
Como chegar:
http://g.co/maps/8xcqd
Faculdade de Belas Artes de Lisboa
Largo da Academia Nacional de Belas Artes, Lisboa
Metro: Baixa/Chiado
Como chegar:
http://g.co/maps/8xcqd
A 5ª Feira do Livro Anarquista terá lugar de 25 a
27 de Maio, em Lisboa, criando um espaço de debate, encontro e convívio, aberto
a todos.
O objectivo é aprofundar e
divulgar as ideias anarquistas, enquanto ataque real a esta sociedade
exploradora, autoritária e antropocêntrica, incentivando as publicações
independentes, criando espaços de discussão e de troca de ideias que
possibilitem projectos alternativos e modos autónomos de
vida.
Partindo de um inconformismo
face a todas as formas de dominação, continuamos a promover o pensamento
libertário e a rejeitar qualquer mediação política.
Acreditamos numa vivência que respeita a singularidade e
as diferenças entre cada indivíduo e grupo, numa relação pacífica com a
biosfera. Acreditamos que é possível pensar a realidade de uma outra forma e
actuar sobre ela.
Para poderes
reservar lugar para a tua banca envia mail para
PROGRAMA
Sexta-feira 25 de Maio
14h - Abertura da
Feira
16h – Filme “Fahrenheit 451”
François Truffaut,
1966, cor 112 min.
Fahrenheit 451 é um romance distópico de ficção
científica, escrito por Ray Bradbury e realizado por François Truffaut em
1966.
O filme apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos,
opiniões próprias são consideradas anti-sociais e hedonistas e o pensamento
crítico é suprimido, em prol de uma sociedade pacificada pela televisão e outros
instrumentos dissuasores. Num futuro hipotético, os livros e toda a forma de
escrita são proibidos por um regime totalitário, sob o argumento de que fazem as
pessoas infelizes e improdutivas.
O personagem central Guy Montag, trabalha
como bombeiro - o que na história significa “o que queima livros” - mas Montag
(Oskar Werner) começa a questionar tal linha de raciocínio, quando vê uma mulher
preferir ser queimada com a sua vasta biblioteca ao invés de abandonar o local.
O número 451 refere-se à temperatura (em Fahrenheit) em que o papel ou o livro
incendeia…
18h – Conversa sobre Autogestão
O que é a
Autogestão? Diferença entre Autogestão, Cooperativismo e Co-gestão; A
experiência autogestionária durante a Guerra Civil Espanhola; Empresas
autogestionadas na Argentina de 2001 até ao presente; Outros exemplos actuais em
vários países, nomeadamente Espanha e EUA.
Apresentação do documentário
“Argentina Turning Around”
Em 1990, a Argentina abraçou a globalização, a
qual, em vez de trazer um crescimento económico, provocou o colapso do país. O
documentário pretende averiguar como é que as pessoas, através do apoio mútuo e
da solidariedade, se organizaram sem patrões e sem partido – em
autogestão.
20h – Apresentação de Espaços:
Centro
de Cultura Libertária – Cacilhas, Almada
Biblioteca Observatório
dos Estragos da Sociedade Globalizada – Santos, Lisboa
22h –
Performance:
Título: Sem Altar
Autoras: Andrea Inocêncio e
Dani d'Emília
Sinopse: Deambulação performática a partir de uma selecção
especial de textos de carácter duvidoso
23h – Encerramento da
Feira
Sábado 26 de
Maio
10h – Abertura da
feira
10h30 – Oficina de Encadernação –
BOESG
Promovida pela Secção de Auto-Suficiência da Biblioteca
Observatório dos Estragos da Sociedade Globalizada, pretende-se transmitir aos
participantes conhecimentos que lhes permitam encadernar livros de forma
autónoma.
14h – Apresentação de publicações:
14h
– Boletim Anarco-Sindicalista
Existindo desde 1996, o Boletim
Anarco-Sindicalista é publicado pela Secção Portuguesa da Associação
Internacional dos Trabalhadores, a AIT-SP. Com especial enfoque no mundo do
trabalho, nele se poderão encontrar notícias, textos e análises sobre as
questões da actualidade a partir de uma perspectiva anarco-sindicalista e ficar
a conhecer melhor tanto a AIT-SP, como as suas organizações irmãs espalhadas um
pouco por todo o mundo.
14h30 – Raividições
"A
Raividições é um projecto editorial que surge em 2006. O desejo de dar vida a um
projecto assim nasce da vontade de ver em português alguns textos que sempre
considerámos essenciais para demonstrar aquilo que sentimos em relação à vida e
ao modo como a queremos viver, livremente. A introdução de determinados
conceitos num contexto que deles necessitava para se desenvolver
qualitativamente, assim como de perspectivas sobre esta sociedade e como a
tentarmos destruir, foi uma das razões principais para levarmos a cabo este
projecto, sendo que no contexto actual queremos continuar com textos que vão
mais além dessa introdução.
Ao traduzir textos que nasceram na e da luta
contra o existente, queremos tornar a sua divulgação o mais alargada possível
entre quem se sinta cúmplice, para que sobre eles se possa pensar e passar à
prática."
15h – Revista Alambique
Acaba de sair mais um
número (4º) da revista anarquista Alambique. Neste número é lançado o convite
para se falar em torno do “Alentejo Cigano”, assim como à volta de "Setúbal
Rebelde", ou o questionar do progresso e do desenvolvimento que é traçado para o
Alentejo. Revista editada pelo Colectivo Gonçalves Correia a partir do Baixo
Alentejo.
15h30 – Vacaciones en Polonia
Vacaciones en
Polonia é, aparentemente, uma publicação aperiódica sobre literaturas não
convencionais. A crítica literária, assim como o suicídio, a antropofagia, a
utopia ou a dinamite, pouco importa aos seus autores. No entanto, as suas
pequenas células dançam cada vez que, ao jogar-se com a linguagem ou com as
palavras dos outros, encontram flashes de luz casuais. Vacaciones en Polónia é a
resposta política a esses encontros.
16h – El Rapto – Grupo
Surrealista de Madrid
Já está nas bancas o novo El Rapto, um número
duplo especial dedicado não tanto aos acontecimentos e aos processos gerados
pelo chamado 15-M, mas a um movimento muito mais amplo e profundo de
resistência, contestação e (quem sabe) de insurgência revolucionária mundial, do
qual o 15-M é apenas mais um elemento sintomático. Desta forma, poderás
encontrar nas suas 16 páginas uma amostra completa e variada de panfletos,
declarações, manifestos, críticas, acções, posturas e análises que geraram a
revolta do 15-M entre distintos colectivos, sempre desde uma visão radical que
rejeita e deseja ir mais além, tanto das ficções e dos oásis reformistas dos
cidadanistas, como da apatia e da desconfiança sistemática e desencantada do
derrotismo ilustrado. Por outro lado, estes textos acompanham e integram-se nas
notícias do outro lado da subversão generalizada, de Grécia a Londres, de
Oakland ao Egipto, que ainda agora começou. É pelo menos isso que desejamos e é
essa a pretensão do El Rapto e de quem o edita.
17h – Apresentação
do Es.col.a
O Es.Col.A (Espaço Colectivo autogestionadas) é um
projecto de dinamização da antiga Escola Primária do Alto da Fontinha no Porto
que se encontrava ao abandono há 5 anos.
Contando com o apoio popular, o
Es.Col.A. conseguiu recuperar o edifício e durante mais de um ano trazer vida e
alegria a um espaço devoluto, seguindo os princípios da autogestão e do consenso
e rejeitando todas as formas de hierarquia. Este projecto “nascido no bairro e
para o bairro da Fontinha” abrange diversas actividades: apoio educativo às
crianças; oficinas de música, teatro e trabalhos manuais; círculos de estudos
artísticos; yoga; xadrez; jantares populares; capoeira; aulas de
línguas…
Apesar do violento despejo a 19 de Abril ordenado pela Câmara
Municipal do Porto, o Es.Col.A não desistiu de devolver este espaço à comunidade
e continua a realizar agora no Largo da Fontinha as suas actividades e
assembleias, anunciadas no blog:
http://escoladafontinha.blogspot.pt/.
18h – Encerramento da
Feira
20h – Jantar no Espaço DA BARBUDA*
22h –
Concertos no Espaço DA BARBUDA
Xoto
Mentis Afro
*
Largo da Severa nº8 - Lisboa
Email: severafeliz@gmail.com
Metro: Martim
Moniz
Domingo 27 de
Maio
10h – Abertura da
feira
10h30 – SOLIDARIEDADE é prática, não somente
palavras...
A repressão sobre os meios anarquistas na Grécia é
brutal. Com o objectivo de atingir as Organizações Revolucionárias, Luta
Revolucionária e Conspiração das Células de Fogo, têm sido efectuadas detenções
em massa, mantendo os/as companheiros/as em prisão preventiva por longo tempo,
são forjadas provas...
A Grécia tornou-se o laboratório do totalitarismo
económico. O aumento da actividade da extrema-direita, a demonização da expansão
da migração e o canibalismo social. Campos de detenção de imigrantes. Os
anarquistas na luta contra a “Aurora Dourada”, organização fascista grega em
franca expansão.
Luta social na Grécia... a auto-defesa das populações
foi acompanhada pela consciencialização em relação ao papel do estado, dos
sindicatos burocratas, dos partidos? Um ano de luta em Keratea.
Ser-se
solidário significa fazer ecoar sem parar as lutas de todas as partes do mundo…
os casos da CONTRA INFO e da A.N.A. Agência de Notícias
Anarquistas.
Visionamento de vídeos alusivos aos temas tratados na
actividade.
12h – Apresentação do texto “Para que a insurreição
tenha êxito, temos primeiro de nos destruir a nós próprios” de Alex Trocchi.
Um debate sobre questões de identidade.
“Para que a insurreição tenha
êxito, temos primeiro de nos destruir a nós próprios” é um texto que põe em
questão a utilização de uma identidade declaradamente anarquista num contexto
insurreccional. Baseado na experiência grega de Dezembro de 2008 a Maio de 2010,
ele foca a pertinência de uma idiossincrasia de cariz anarquista, com as suas
diversas nuances, dentro de um contexto social dissolvido em diferentes
identidades que reflectem uma falsa liberdade subsumida pelo capital. Será que a
destruição das nossas identidades revolucionárias não trará uma maior
cumplicidade entre aqueles e aquelas que desejam uma outra forma de vida? Este
debate andará em volta desta e de outras questões, procurando estabelecer pontes
entre a experiência grega e a nossa própria experiência.
14h –
Apresentação de livros
A Biblioteca Terra Livre de São Paulo
apresenta:
Escritos Sobre Educação e Geografia
Autores: Élisée
Reclus e Piotr Kropotkin
Editora: Biblioteca Terra Livre
No “O ensino
de geografia”, Reclus nos faz um alerta, “para aprender, tratemos antes de
compreender” e recorre ao método científico para que isso se dê forma livre e
divertida, pronunciando sobre o malefício para a verdadeira aprendizagem o fato
de já naquela época as escolas parecerem mais com uma prisão do que um lugar
convidativo a descoberta. Aliás, para Reclus, a verdadeira descoberta se daria
fora dos muros das escolas, tendo em vista que aprender se trata de conhecer a
vida em suas infinitas dimensões, e essas dimensões seriam incapazes de serem
apreendidas entre quatro paredes.
14h30 – Cinema e
Anarquia
Exibição de filmes mudos realizados pela cooperativa
anarquista de cinema Cinéma do Peuple na década de 1910 em França.
A
Comuna (La Commune)
França, 1914, 35mm, preto e branco, 22min
Cinéma
du Peuple; de Armand Guerra
As Misérias Da Agulha (Les misères de
l’aiguille)
França, 1914, 35mm, preto e branco, 13min
Cinéma du Peuple; de
Raphäel Clamour, Jeanne Roques, Lina Clamour, Gaget, Michelet, Armand
Guerra
O Velho Doqueiro (Le Vieux docker)
França, 1914, 35mm,
preto e branco, 5min
Cinéma du Peuple; de Armand Guerra, Yves-Marie Bidamant
e Charles Marck.
Também serão exibidos dois filmes realizados por grandes
estúdios de cinema comerciais do início do século XX que criticam e combatem o
anarquismo.
Assassinato do Ministro Plehve - Grão Duque Serge
(Assassinat du ministre Plehve – grand duc Serge)
França, 1904, 35mm, preto e
branco, 1min16
Pathé; de Lucien Nonguet
A Terrorista (La
Terroriste)
França, 1907, 35mm, tingido, 11min20
Gaumont
16h
– Conversa sobre Decrescimento
O relacionamento dos anarquistas com a
economia. Prevalência do marxismo e do keynesianismo como correntes do
pensamento económico actual em oposição à vaga dominante neo-liberal. Porque é
que os modelos de desenvolvimento defendidos por estas correntes e baseados no
crescimento económico estão errados. Relação entre a actual fase do capitalismo
e as causas da chamada “crise”. Porquê defender o decrescimento? Breve
apresentação de propostas alternativas à globalização e ao neo-liberalismo.
Tendo como ponto de partida as teorias do Primitivismo e do Anti-desarrollismo,
pretende-se gerar um debate sobre a crítica ao progresso e à civilização actual,
onde possam surgir algumas premissas que sustentem uma luta real e local contra
o avanço do capitalismo.
18h – Encerramento da
Feira