Casa Amarela é um laboratório criativo pluridisciplinar e interdisciplinar independente, projecto experimental de fixação do Colectivo Artístico GALERIA NÓMADA na cidade do Porto.
A Casa Amarela tem funcionado como residência artistica num formato de ateliers abertos que ocupam o 2º e o 3º andar do edificio.
Situada no centro histórico da cidade, na zona do antigo Convento das Carmelitas, onde após a sua desactivação se sucederam os mais diversos usos ao longo dos tempos até que em 1903 vem a ser aberta a Rua da Galeria de Paris, com o projecto original de uma cobertura envidraçada de influencia parisiense, nunca concluída. Foi nessa altura ocupada por grandes armazéns de tecidos, ao que se seguiu um período de decadência, tornando-se zona de prostituição, local triste, degradado e pouco habitado.
Com reocupação recente, voltando a sua actividade para restaurantes e bares, esta rua faz actualmente parte do roteiro de lazer da cidade, crescendo enquanto pólo cultural.
È no numero 34, num edifício Arte Nova património da cidade, que surge agora a Casa Amarela, transformando uma antiga pensão numa residência artística e centro cultural de portas abertas para a cidade.
O visitante pode tomar contacto com o ambiente dos diversos ateliers ocupados temporariamente por artistas e criativos das mais diversas áreas e origens (Artes Plásticas, Arquitectura, Fotografia, entre outros), num contexto de criação livre e partilha humana á semelhança de outras estruturas já existentes noutros países do mundo e com as quais este projecto funciona já em parceria, procurando criar e consolidar uma rede de intercambio cultural e artístico internacional.
Paralelamente à residencia, é ainda criada uma programação de eventos regulares onde se poderá assistir a Performances, Concertos, projecções de Cinema e Vídeo, Exposições, etc., realizadas por artistas residentes e convidados, estendendo-se estes também à ocupação do espaço publico da rua.
Num formato de work in progress, experimentam-se novas formas de estar criativas e de vivencia colectiva em que cada individuo que nele participa é parte fundamental. Procuramos a oportunidade para a criação de uma alternativa sustentável para a produção artística e criativa independente, com base no desenvolvimento de um trabalho e pesquisa pessoal, num espaço de liberdade criativa e auto-gestão que consideramos privilegiado para a experimentação e investigação.
O crescimento e a aprendizagem artística e humana fazem-se de forma permanente através da partilha e troca de experiencias individuais e de co-criação, e conhecimentos entre os diferentes criativos, fomentando a discussão e a critica aberta construtiva como veiculo de evolução artístico, numa atitude participativa e activa perante o colectivo e a sociedade em que a única regra é a do respeito e compreensão por si próprio e pelo outro, como forma de potenciação e definição do próprio processo individual, assim como este é acrescento ao processo colectivo e social.
Num processo de trabalho aberto, obra aberta, a arte tornasse acessível a todos no fomentar de uma relação de proximidade entre os artistas e o publico, tornando possível um dialogo e comunicação directa e sem intermediários do trabalho artístico, dos seus processos e pressupostos.
Não sendo uma estrutura isolada, pretende-se o expandir do conceito e a criação de pontes, ligações e simbioses entre criativos, diferentes áreas artísticas, publico e sociedade, entre o edifício e a cidade, com outras estruturas culturais locais e nacionais que connosco queiram funcionar em parceria, inserido na criação e expansão de uma rede internacional que una espaços, estruturas e criativos com características e ideais idênticos, numa ligação planetária que fomenta e facilita intercâmbios entre os diferentes lugares e pessoas.
O Colectivo GN continuará responsável pela gestão do espaço até Dezembro, (ao que se seguirá um novo projecto no edicio com nóvos intervenientes -ainda em definição) e seguirá depois caminho rumo a novos projectos.