4 DE JULHO - Aniversário do Atentado ao Salazar
Domingo,4 de Julho- 19.00 horas na sede da TERRA VIVA
Domingo,4 de Julho- 19.00 horas na sede da TERRA VIVA
R.Caldeireiros,213 -Porto (à Cordoaria)
COM LEITURA E DISCUSSÃO DE EXCERTOS DO LIVRO "HISTÓRIA DE UM ATENTADO" , de Emídio Santana
COM LEITURA E DISCUSSÃO DE EXCERTOS DO LIVRO "HISTÓRIA DE UM ATENTADO" , de Emídio Santana
seguido de "performance" na rua
A 4 de Julho de 1937 um punhado de homens, entre eles o jovem anarco-sindicalista (da CGT/AIT) Emídio Santana, levava a efeito contra Oliveira Salazar, o único atentado contra o ditador ,de toda a história da resistência ao fascismo luso.
Falhado o seu resultado,havia de se manter o regime fascista durante mais 38 anos -com o apoio de Franco, Hitler e Mussolini, primeiro, depois com o das "democracias ocidentais" - até ao 25 de Abril de 1974.
Mas o que tinha estado na origem da decisão desse atentado? Seriam "loucos","esquerdistas", seriam "inconscientes" ou "psicopatas" aqueles que se envolveram no plano do atentado?... É de Emídio Santana, um dos intervenientes, a explicação dos motivos para a decisão do atentado:
"O atentado resulta dum clima de desespero colectivo, num momento histórico grave, exactamente quando não se antevia qualquer saída ou hipótese e a sociedade portuguesa se apresentava vencida e dominada. A Espanha vizinha iniciara uma guerra civil que decidiria o seu destino, e esse destino consumaria o nosso, que estava à vista.Era a nova Contra Reforma, a noite reaccionária para a Ibéria . (...) Era preciso desencadear um esperança, uma oportunidade de luta e de reacção; mostrar as debilidades dos Golias; para tanto só havia David. Pois seria David que atacaria Golias. (...)
(excerto do livro de E.Santana "História de um atentado"- publicações Forum-1976)
PARA QUE NÃO SE APAGUEM AS MEMÓRIAS LIBERTÁRIAS!
QUEM NÃO PESQUISA O PASSADO, NÃO SABERÁ ENFRENTAR O PRESENTE!
Mas o que tinha estado na origem da decisão desse atentado? Seriam "loucos","esquerdistas", seriam "inconscientes" ou "psicopatas" aqueles que se envolveram no plano do atentado?... É de Emídio Santana, um dos intervenientes, a explicação dos motivos para a decisão do atentado:
"O atentado resulta dum clima de desespero colectivo, num momento histórico grave, exactamente quando não se antevia qualquer saída ou hipótese e a sociedade portuguesa se apresentava vencida e dominada. A Espanha vizinha iniciara uma guerra civil que decidiria o seu destino, e esse destino consumaria o nosso, que estava à vista.Era a nova Contra Reforma, a noite reaccionária para a Ibéria . (...) Era preciso desencadear um esperança, uma oportunidade de luta e de reacção; mostrar as debilidades dos Golias; para tanto só havia David. Pois seria David que atacaria Golias. (...)
(excerto do livro de E.Santana "História de um atentado"- publicações Forum-1976)
PARA QUE NÃO SE APAGUEM AS MEMÓRIAS LIBERTÁRIAS!
QUEM NÃO PESQUISA O PASSADO, NÃO SABERÁ ENFRENTAR O PRESENTE!
Emídio Santana (Lisboa, 4 de Julho de 1906 — Lisboa, 16 de Outubro de 1988) foi um dos mais importantes militantes portugueses do anarco-sindicalismo. Foi autor de diversos artigos e ensaios sobre o anarco-sindicalismo e o mutualismo.
Emídio Santana militou nas Juventudes Sindicalistas e foi membro do Sindicato Nacional dos Metalúrgicos, filiado na antiga Confederação Geral do Trabalho (CGT) portuguesa.No seguimento do golpe militar fascista de 28 de Maio de 1926, desenvolveu uma actividade de resistência contra a ditadura e actividade sindical clandestina.
Em 1936, representou a CGT portuguesa no congresso da Confederação Geral do Trabalho de Espanha.
Em 4 de Julho de 1937 foi um dos autores do atentado a Salazar quando este se deslocava à capela particular do seu amigo Josué Trocado, na Avenida Barbosa du Bocage, em Lisboa, para assistir à missa. Na sequência do atentado, Emídio Santana é procurado pela PIDE e foge para o Reino Unido, onde a polícia inglesa o prende e envia para Portugal onde é condenado a 16 anos de prisão.
A partir do fim da ditadura1974, Emídio Santana retoma a vida militante activa, nomeadamente como director do jornal A Batalha.Em 1985, Emídio Santana escreveu Memórias de um militante anarcossindicalista, livro onde recorda momentos importantes da sua vida de militância política