A Clara Pinto Correia, figura pública, professora universitária com uma carreira académica reconhecida, expõe fotos suas em pleno orgasmo numa galeria de exposições lisboeta, e nada lhe acontece
A Bruna Real, transmontana de 27 anos feitos, professora do ensino básico em Torre de D. Chama, posa despida em revista da especialidade, e cai-lhe em cima a Vereadora e a Autarquia de Mirandela, e é expulsa do seu emprego de professora sob a acusação de causar alarmismo social.
Situações análogas recebem tratamentos diferentes.
E porquê?
Provavelmente porque o erotismo do povo é muito mais subversivo que o erotismo das elites…
No primeiro caso, o erotismo popular é perigoso e ameaça a moral, constituindo um potencial motivo de subversão libidinosa popular que pode desviar as «massas» para caminhos que não são os desejados pela cultura dominante.
No segundo caso, o erotismo das elites já passa por socialmente aceitável, e até é convertido em arte.
Melhor objecto de estudo para a sociologia não poderia haver ...