Depois do ataque aos salários, às convenções colectivas de trabalho e dos direitos em geral, começam a surgir com frequência, casos de repressão e perseguição aos Dirigentes e Delegados Sindicais, no sentido de anular a resistência organizada dos trabalhadores, contra os desmandos do patronato.
O que se está a passar na empresa corticeira Corks Ribas, na Feira, na Rebelde e na ExporPlás no Concelho de Ovar, é elucidativo:
A Corks Ribas, instaurou um processo disciplinar com intenção de despedimento ao Delegado Sindical, por no exercício das sua funções e por via do Sindicato, ter solicitado a intervenção da ACT sobre questões relacionadas com a Higiene e Segurança no Trabalho, não obstante ter feito orelhas moucas às queixas dos trabalhadores.
Entretanto e ainda não satisfeitos, instaurou também processos disciplinares a quatro trabalhadores que são testemunhas do Delegado, três dos quais permanecem, com este à porta da empresa..
A Rebelde, comunicou à Dirigente Sindical da empresa, que estava impedida de fazer trabalho extraordinário, pelo facto de esta ter exercido o direito legal de explicar ás colegas, os mecanismo da bolsa de horas;
A ExporPlás deixou de actualizar os salários a uma trabalhadora depois de esta ter assumido a função de Dirigente Sindical, recusou-se a pagar os quatros dias para o exercício da actividade sindical como determina o Código de Trabalho, pressionou a para rescindir o contrato por o mútuo acordo e finalmente instaurou um processo disciplinar com intenção de despedimento.
Já depois do processo, o patrão insultou descaradamente a Dirigente Sindical quando esta distribuía um comunicado à porta da empresa. Foi apresentada queixa-crime no posto da GNR, em Esmoriz.
Este é o resultado da crescente subordinação do poder político face ao capital, que está a gerar nas empresas um clima de impunidade, que é preciso travar.
Nota à imprensa da Direcção da União dos Sindicatos de Aveiro